As grandes falhas do candidato (parte 2)

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Continuando nosso texto anterior sobre as grandes falhas dos candidatos, nós finalizaremos esse assunto falando sobre os últimos vieses que podem prejudicar a sua trajetória de estudos.

 

  1. A falha do ponto cego

 

Não reconhecer seus próprios erros é um grande erro em si mesmo. As pessoas são capazes de perceber erros cognitivos muito mais nos outros do que em si mesmas. Acreditamos que somos menos propensos ao comportamento tendencioso do que as outras pessoas. É muito mais fácil apontar do que refletir. Reconhecer o próprio erro é visto, de forma perversa, como uma fraqueza, quando na verdade se trata justamente do contrário.

Ao analisar suas próprias falhas, você caminha lado a lado com a sabedoria. Essa é a trilha de um verdadeiro aprendizado. Todo erro é uma semente para um sucesso posterior, desde que você seja capaz de aprender com ele.

 

  1. A falha de suporte à escolha

 

A falha de suporte à escolha ocorre quando destacamos apenas os aspectos positivos de nossa decisão. Da mesma forma, quando tomamos uma decisão de rejeição, tendemos a destacar apenas os pontos negativos dela. Em ambos os casos, ajudamos a fortalecer nossa decisão tomada.

Além disso, temos a tendência de, ao analisar uma decisão tomada no passado, atribuir mais racionalidade ao processo de escolha do que ele verdadeiramente apresentava. Sendo assim, tendemos a nos lembrar de nossas escolhas como melhores do que elas realmente foram.

É o que chamo de “visão em túnel”. Colocamos uma venda em nossos olhos e enxergamos o mundo à nossa volta de maneira monocular e unidirecional, tentando apenas (em vão) justificar as nossas ações. Buscamos legitimadores para os nossos atos, e não racionalidade. De fato, nós nos fechamos à racionalidade. Quantas vezes permanecemos em um caminho errado simplesmente porque temos a parca justificativa de que “pensei direito lá atrás”?

 

  1. Ilusão do agrupamento

 

Essa falha é vista como a tendência de ver padrões em eventos aleatórios. Um exemplo clássico são as famosas superstições. O horóscopo mesmo serve como exemplo. A gente tenta se projetar em análises feitas de forma geral. Justificamos nossas ações dizendo que “isso é bem do meu signo”. Mas você já parou para pensar que isso pode ser apenas o reconhecimento de uma característica individual em meio a tantas outras que possui?

Os leitores a frio ganham a vida com esse tipo de embuste. A ilusão do agrupamento é uma falha de nossa mente quando ela cria análises para encontrar padrões onde eles não existem. Na Segunda Guerra Mundial, enquanto os alemães bombardeavam a cidade de Londres, os ingleses desenharam um mapa com a descrição de onde cada bomba havia caído para identificar qual era o padrão utilizando nos ataques, visando a se proteger. O problema é que não existia nenhum padrão. A navegação dos foguetes na época era bem primitiva, portanto, imprecisa.

A ilusão do agrupamento é a explicação de várias falácias em jogos de azar. Quando jogamos cara ou coroa e nos deparamos com o mesmo resultado repetidamente, tendemos a apostar no oposto. Afinal, se a moeda já caiu “cara” tantas vezes, acreditamos que cairá “coroa” em breve – e esquecemos que a mesma porcentagem (cinquenta por cento) de dar “cara” existe a cada jogada. No basquete, isso se chama a falácia da mão boa.

 

  1. Falha da confirmação

 

Temos a tendência de ouvir e buscar apenas informações as quais confirmam nossas crenças e convicções, ignorando aquelas que nos contradizem. Ninguém quer ouvir que está errado, pelo contrário, as pessoas preferem ouvir que tudo que fizeram até ali está correto.

No mundo dos concursos, essa falha nos faz ter a tendência de atribuir importância maior às opiniões favoráveis à nossa estratégia de estudos. Consequentemente, ficamos mais propensos a culpar outras pessoas pelo nosso insucesso do que realmente assumir nossa parcela de culpa. Quando buscamos legitimação, ao mesmo tempo buscamos alguém para apontar o dedo quando cometemos algum erro. “Você não me avisou que era assim”. “Eu não sabia”. Várias desculpas existem para que as pessoas fujam de suas próprias responsabilidades.

 

  1. Falha do não planejamento

 

É comum as pessoas serem mais desorganizadas do que organizadas. Abraham Lincoln dizia: “Se eu tivesse apenas uma hora para cortar uma árvore, eu usaria os primeiros quarenta e cinco minutos afiando meu machado”. A maioria das pessoas prefere agir antes e pensar depois. O planejamento mal elaborado leva o candidato a uma dramática perda de tempo, e isso pode resultar em semanas, meses ou anos de estudos mal realizados.

Por isso é tão importante definir uma meta. Uma estratégia bem feita, combinada com a devida organização do tempo faz milagres. Isso eu falo por experiência própria. No Gran Cursos Online, nós temos um serviço único de coaching e acompanhamento que realiza toda essa organização para você.

 

  1. Falha da procrastinação

 

Essa, para mim, é a maior falha do estudante e do ser humano. Tendemos a sofrer pela procrastinação em tudo que fazemos. Ela está sempre ali, como um bichinho na maçã. Esse desejo de procrastinar é vencido apenas com muita disciplina e vontade.

Você pode ter a melhor tarefa ou a meta mais perfeita do mundo, mas o barulho da sedução de procrastinar vai buzinar em seus ouvidos, soando tão doce como mel. No mundo dos concursos, tudo é mais interessante do que estudar. Pode passar o pior filme do mundo, mas, se você se deixa morder pela procrastinação, ela te convence a largar os livros e ir para a frente da televisão. A única forma de vencer esse mal é com um propósito definido. Não ceder. Não se abalar. Manter o foco. Aos poucos, você vencerá esse mal e decolará em seus projetos.

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Confira: As grandes falhas do candidato (parte 1)

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