Como estudar no pré-edital

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13 de Novembro de 2020

Acho que já perdi a conta da quantidade de vezes que dei broncas em alunos que querem começar a estudar depois de lançado o edital. Não que seja impossível passar dessa forma, mas te garanto que suas chances são, no mínimo, péssimas! Mas sempre existem aqueles que dizem que conhecem alguém ou tem um primo que estudou uns três meses antes da prova e passou. É igual ao Dreamcast ou um NeoGeo (videogames famosos, para quem é da década de 90) – você sempre ouvia falar que alguém tinha um, mas dificilmente conhecia a pessoa para poder jogar. Conseguir passar em um concurso tendo começado a estudar no pós-edital é assim, a mesma coisa de um NeoGeo: vai ouvir falar dele, mas dificilmente encontrará um.

Só que, como fazer para estudar antes de haver um edital, já que é ele que diz o que se deve estudar? Afinal de contas, o edital é a lei do concurso: nele estão contidos o conteúdo programático, as matérias e disciplinas que cairão em sua prova, a quantidade de questões etc. Então, como estudar sem ter essas informações?

Eu gosto de dividir o começo dos estudos em quatro fases, para que os processos fiquem didáticos e cada um possa seguir cada uma de maneira correta. Vamos por partes (como diria Jack Estripador):

A primeira etapa é definir qual concurso você deseja. Qual concurso irá prestar? Saber isso é essencial, porque será o ponto de partida o qual definirá o norte que te guiará por toda sua jornada. Sabendo o concurso, você já consegue definir as matérias principais da sua prova, e por quais deve iniciar os seus estudos. Exemplo: vamos pensar no concurso para Delegado de Polícia.

Qualquer concurso para o cargo de Delegado de Polícia, em qualquer um dos estados da Federação, e até mesmo para o concurso de Delegado de Polícia Federal, terá presente em sua prova as seguintes disciplinas: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal e Processo Penal. Sempre você verá essas disciplinas. Faça esse teste agora: escolha um estado e baixe o edital desse concurso. Essas quatro disciplinas são chamadas de coluna vertebral da seleção para Delegado.

Através da coluna vertebral, você sabe por onde começar. Deve estudar Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal e Processo Penal. Lembrando que Direito Penal inclui todo o rol de legislação extravagante, ou seja, com essa quantidade de disciplinas, já dá para definir cinco tarefas diárias de estudo.

Mas é claro que, na prova para Delegado de Polícia, existem bem mais do que cinco disciplinas. É por isso que nós entramos na fase dois de sua preparação, que é: conhecer o concurso (bancas, provas) e fazer provas anteriores para conhecer o tipo de prova.

Se eu fosse tentar fazer a prova para Delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e olhasse os últimos certames, poderia notar alguns padrões:

  1. A instituição organizadora costuma ser a FUNCAB;
  2. Sempre se cobrou Medicina Legal;
  3. Além disso, costumam repetir outras disciplinas que são sempre exigidas;
  4. Exigência de mínimo de acerto por disciplina.

O mesmo ocorre se você for prestar concurso em São Paulo, cuja tradicionalidade é pela banca VUNESP, que tem costuma cobrar texto de lei seca. Mas, como eu sei disso? Não é premonição, e sim um hábito que tenho de conhecer meu inimigo antes de enfrentá-lo.

Na fase três, entra o autoconhecimento: saiba identificar suas limitações e restrições.

Montar o seu cronograma de estudos começa por montar sua agenda. Não adianta simplesmente querer estudar seis horas diárias sendo que você só possui quatro horas livres. Não dá para comprar horas extras no seu dia (acredite, eu já tentei). Além disso, muito embora você tenha quatros horas livres destinadas ao estudo, isso não significa que você estudará durante essas horas de maneira cheia, porque: a) você contabilizou seu tempo livre, e não as horas líquidas de estudos. As horas de estudos também envolvem o intervalo para descanso; b) nem sempre você aguenta estudar quatro horas de uma vez.

É um fato que nem todos possuem hábito de estudar ou a concentração necessária para ficar mais de 15 minutos sentado e estudando em uma cadeira. Nosso cérebro é igual a um músculo e deve ser tratado dessa forma. O estudo é algo que leva um tempo e exige prática. À medida que aumentarem sua repetição e persistência, você conquistará a força necessária para estudar. Mas primeiro, deve reconhecer suas fraquezas.

E por última, na fase 4, o candidato deve definir suas atividades e estabelecer uma agenda.

A agenda e a estipulação de metas são altamente importantes para o seu desenvolvimento. Eu já disse algumas vezes, mas não custa repetir: nada de estabelecer metas impossíveis! Suas metas devem ser concretas e baseadas em sua realidade, portanto, PARE DE SE MEDIR COM A RÉGUA DE OUTROS! Não é porque você tem um colega que passa 10 horas em uma biblioteca que você também deve fazer isso. O seu tempo de estudo adequado será o tempo que tiver disponível, e este será bem trabalhado, de forma que você aproveite o máximo daquele período. Por isso sua agenda é crucial. É nela que você verificará seu tempo de fato.

Para estabelecer uma agenda, é simples. Escreva em um pedaço de papel sua rotina. Coloque tudo que você precisa fazer ao longo do dia, já com os horários pré-determinados para aquelas que já possuem hora certa, e estabeleça horários para as tarefas as quais podem ser feitas em qualquer hora. Veja onde está o “buraco” em sua agenda e preencha-o com seu tempo de estudo.

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13 de Novembro de 2020