Entenda os benefícios da técnica da Fonte Própria de Estudos (FPE)

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Você pode já ter ouvido alguém falar numa expressão parecida com Fonte Própria de Estudos (FPE). Não é uma ideia tão recente, mas pode ser fundamental para acelerar sua jornada rumo ao cargo desejado.

Utilizar-se da Fonte Própria de Estudos (FPE) é um dos destaques das ferramentas que você pode aprender no processo de Mentoria & Coaching. Esse instrumento deve ser integrado na organização da sua rotina de estudos porque vem se mostrando como um poderoso recurso para a realização das suas revisões.

Não há como falar desse tema sem primeiro diferenciar os conceitos de fontes primárias e de fontes secundárias. Então, vamos a elas?

Primeiro, vamos falar das fontes primárias. São as fontes originais em razão do objeto de estudo e estão mais próximas da origem do assunto.

Por exemplo: uma lei, um decreto, um manual oficial.

Imagine você estudando o tema Redação Oficial. Qual é a primeira fonte de estudos que vem à mente? O Manual de Redação da Presidência da República. Fica difícil não estudar esse assunto sem ter, ao menos, essa fonte primária na sua coleção.

Já a fonte secundária se apresenta por meio de manuais, apostilas, livros que citam as fontes primárias, comentando-as ou construindo o atual entendimento baseado nelas.

Imagine-se estudando a Lei de Acesso à Informação (LAI). Lógico que você terá à mão a Lei n. 12.527/2011 (LAI), mas possuir somente essa fonte torna seu estudo menos completo.

As fontes secundárias preenchem esse vazio de só ter a lei seca à sua disposição. Elas servem para complementar seu entendimento.

As fontes secundárias são os cadernos, os cursos regulares em PDF de um professor de que você goste para aprofundar o assunto que está na lei, uma aula degravada, uma apostila interessante, um livro sobre o tema.

Percebeu que essas duas fontes são fundamentais?

Elas caminham juntas. São irmãs siamesas. Não há como estudar bem sem ter fontes primárias e secundárias ao seu dispor.

Você deve estar se perguntando: “Bruno, então, o que é e para que serve a Fonte Própria de Estudos (FPE) se os outros tipos já são tudo isso de bom?”

A FPE – Fonte Própria de Estudos – é fundamental para a sua memorização e aprendizado sobre os tópicos. Não significa nada mais do que VOCÊ colocar, da sua maneira, o aprendizado obtido e aprofundado das demais fontes de estudo.

É uma das ferramentas essenciais para você realizar o estudo ativo.

Chamo atenção porque, no momento em que você está assistindo a uma videoaula e possui uma apostila para acompanhá-la, você pode ter uma postura passiva ou ativa. Depende somente de você.

A postura passiva é a de você apenas assistir à aula e ver a apostila de acordo com o que o professor vai falando. É maçante e você tende a esquecer boa parte do conteúdo.

A postura ativa é aquela em que você pega as rédeas do ensino e, por meio do que vê e do que lê, você começa a criar, em um documento específico (digital ou no caderno físico), suas anotações, ou seja, você vai produzindo a sua Fonte Própria de Estudos (FPE).

Colocar em prática esse ensinamento significa um dos processos mais poderosos de conhecimento. Representa o processo de transformação do conhecimento com base nos estudos dos famosos Nonaka & Takeuchi.

Figura adaptada: Nonaka & Takeuchi (2008)

 

Segundo esses mestres dessa área, quando você transforma um conhecimento que está em outras fontes e constrói sua própria referência, você está no grau evolutivo da Combinação do Conhecimento.

A combinação proporciona que o conhecimento fique explícito e seja mais bem absorvido em conhecimento tácito quando você domina o assunto, ou seja, quando você acumula conhecimento em uma fonte de estudos que você mesmo adicionou ao cérebro, há a ação do que esses estudiosos chamam de Internalização do Conhecimento.

Internalizar é tudo que o concurseiro mais quer e precisa para desenvolver a sua espiral do conhecimento.

Fazer uma Fonte Própria de Estudos (FPE) proporciona um material poderoso em que você agrega os melhores momentos de cada uma das fontes (primária e secundária) que servem de apoio aos seus estudos.

É excelente para revisões e para que os assuntos não caiam no esquecimento rapidamente, pois, quando nós mesmos produzimos algo, há a tendência natural de acesso à memória de forma mais simples e rápida.

Aí, você pode me perguntar: “Pimentel, quanto mais fontes primárias e secundárias eu tiver no meu estudo, melhor será a minha fonte própria?”

A resposta é: não necessariamente.

Costumo dizer que você deve ter consciência para se abastecer com as fontes certas! É comum nos perdermos no processo achando que quantidade é sinônimo de qualidade.

Qualidade é preferível à quantidade.

Faça, utilize e refaça sua Fonte Própria de Estudos (FPE). Ela deve se atualizar de acordo com as necessidades da matéria e deve refletir também sua própria maturidade nos estudos, que acontece com o passar do tempo. Faça esse experimento sem pressa, adquirindo maturidade, que você verá como é poderoso.

Essa é apenas uma das ferramentas que ensinamos aqui na Mentoria & Coaching do GranXperts.

Ficou interessado nessa e em outras técnicas de estudos?

Então, fique de olho neste blog ou entre em contato pelo prof.brunopimentel@gmail.com para trocarmos ideias e conseguirmos indicar a melhor opção para otimizar seus estudos.

 

Bibliografia: NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Gestão do conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008.

 

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