Estabilidade em um mundo instável.

É por isso que milhões de brasileiros enxergam no serviço público um caminho para melhorar de vida. Para eles, a tão sonhada estabilidade conquistada via concurso não representa apenas um contracheque garantido no fim do mês, mas liberdade para construir uma carreira sólida e previsibilidade para poder planejar o futuro com independência e propósito.

No serviço público, a estabilidade é a garantia, prevista no artigo 41 da Constituição Federal, de que, após o estágio probatório, o servidor não poderá ser demitido sem justa causa. Essa proteção tem um sentido muito claro: blindar o bom servidor contra interferências políticas e pressões indevidas. Ela não foi criada para acomodar ninguém; foi pensada para proteger quem faz o que é certo.

Sim, existe o estereótipo do servidor acomodado. E é verdade que em qualquer setor há quem se aproveite das brechas do sistema. Mas usar a exceção para invalidar a regra é injusto. A verdadeira função da estabilidade é permitir que o servidor aja com ética, sem medo de retaliações, colocando o interesse público acima dos interesses particulares. E isso é essencial para que o Estado funcione bem mesmo quando tudo ao redor parece ruir.

Pense comigo: se a cada troca de governo os quadros técnicos da administração pública fossem substituídos por indicações políticas, o maior prejudicado seria o cidadão. É a estabilidade que garante continuidade, memória institucional e, principalmente, imparcialidade no serviço público. Um servidor estável tem condições de dizer “não” a ordens absurdas e “sim” ao que é certo, mesmo que isso contrarie a vontade de gente muito, muito poderosa.

Ou seja, estabilidade não é só proteção. É também responsabilidade.

Passar num concurso não pode ser visto como o fim da linha. Ao contrário: é o ponto de partida de uma nova e grandiosa missão. A missão de ser referência. De ser exemplo. De mostrar, todos os dias, que valeu a pena confiar em você. Isso exige atualização constante, compromisso com resultados e, sobretudo, consciência de que servir é um privilégio, no sentido mais nobre da palavra.

Você que está no meio da caminhada sabe melhor do que ninguém o preço dessa conquista. Cada PDF estudado, cada simulado feito no Gran Questões, cada final de semana em que você escolhe estudar em vez de descansar é uma aposta corajosa no seu futuro. E o mais bonito disso tudo é que essa aposta, quando der certo – e ela vai dar –, terá efeitos que, hoje, você talvez nem imagine. Além de transformar a sua vida e a da sua família, ela vai impactar a realidade das milhares de pessoas que você atenderá no novo cargo. Isso, é claro, se você se dispuser a servi-las com a excelência e a ética esperadas do servidor público ideal.

Em um mundo instável como o nosso, a estabilidade funciona como uma âncora: não evita as tempestades, mas mantém você firme para atravessá-las com serenidade, clareza e direcionamento. E isso, convenhamos, faz toda a diferença quando tudo à volta parece ruir.

Então siga firme. A jornada exige muito – disciplina, renúncia, resiliência –, mas a recompensa está à altura do sacrifício. E não falo apenas do salário garantido ao fim do mês, mas da possibilidade real de exercer um papel transformador. De ocupar, com todo o mérito, um lugar de destaque na engrenagem que move o país e ali trabalhar por justiça e dignidade. De se tornar, enfim, o servidor público que o Brasil precisa e merece.

Quando esse dia chegar, que você nunca esqueça: estabilidade não é um troféu que se pendura na parede. É um alicerce. Uma plataforma. Use-a para ir além. Para crescer, aprender, inovar. Para deixar sua marca – não por status, mas por compromisso com as pessoas que confiaram e confiarão em você. Porque, no fim das contas, é isto que dá sentido à conquista: a chance de transformar vidas. Inclusive, mas não principalmente, a sua.

Vivemos tempos de instabilidade crônica. Crises econômicas, guerras, pandemias, transformações tecnológicas disruptivas e até as mudanças climáticas parecem disputar qual fator vai nos tirar o chão primeiro. Nesse cenário caótico, a busca por alguma estabilidade nada mais é que uma manifestação do instinto de sobrevivência.

Ou seja, estabilidade não é só proteção. É também responsabilidade.

Gabriel Granjeiro – CEO e sócio-fundador do Gran. Reitor e professor da Gran Faculdade. Acompanha de perto o universo dos concursos desde muito cedo. Ingressou nele, profissionalmente, aos 14 anos. Desde 2016, escreve artigos semanalmente para o blog do Gran. Formou-se em Administração e Marketing pela New York University Stern School of Business. Em 2021, foi incluído na prestigiada lista da Forbes Under 30. Autor de 4 livros que figuraram entre os best-seller da Amazon Kindle.

Participe do meu Canal no Whatsapp e do Canal do Imparável no Telegram e tenha acesso em primeira mão ao artigo da semana e ao áudio do artigo com a voz do autor, além de muitos outros conteúdos para inspirar você, mesmo em dias difíceis!

P.S.: Siga-me (moderadamente, é claro) em meu perfil no Instagram . Lá, postarei pequenos textos de conteúdo motivacional. Serão dicas bem objetivas, mas, ainda assim, capazes de ajudá-lo em sua jornada rumo ao serviço público.