Um estudo realizado por pesquisadores de quatro universidades dos Estados Unidos indica que resumir e grifar textos são técnicas com baixa utilidade para o aprendizado dos estudantes. Das dez práticas avaliadas pelo trabalho científico, outras três compõem a lista com pior avaliação: criação de palavras-chaves, uso de imagens para fixação de conceitos e releitura.
Fazer exercícios práticos e estudar aos poucos ao longo de todo o curso foram apontados como as melhores formas de aprendizagem por beneficiar diretamente alunos de diferentes idades e habilidades.
De acordo com a pesquisa — divulgada pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica do país, o resumo e as marcações nos textos como ferramentas de aprendizagem possuem benefícios limitados. A primeira técnica não é considerada tão eficiente, pois é necessário um treinamento extensivo para seu sucesso. Quanto à segunda prática, foi observado pouco aumento no desempenho dos estudantes.
O uso de perguntas elaboradas, de auto-explicação e de uma prática intercalada de estudo recebeu utilidade moderada dentro dos parâmetros da pesquisa.
Parâmetros
O trabalho avaliou os benefícios gerais levando em consideração quatro categorias de comparação: condições de aprendizagem, características do estudante, materiais e critérios das tarefas. As 10 técnicas analisadas foram selecionadas de acordo com a facilidade de utilização e preferência dos estudantes.
Condições de aprendizado:
inclui aspectos do ambiente de aprendizagem em que a técnica é implementada, sendo o estudo em grupo ou individual.
Características dos alunos:
incluem variáveis como idade, capacidade e nível de conhecimento prévio.
Materiais:
variam de conceitos simples para problemas matemáticos até textos científicos complicados.
Critério de tarefas:
incluem diferentes medidas de resultados que são relevantes para o desempenho do aluno, como os de memória, resolução de problemas e compreensão.
Técnicas de utilidade alta
O teste prático foi considerado uma das técnicas com maior utilidade no processo de aprendizado dos estudantes, uma vez que ele pode ser implementado com um mínimo de treinamento e ainda requer um tempo razoável para sua prática. Além disso, os testes possuem ampla aplicabilidade em relação aos tipos de materiais, idade dos alunos e intervalos de retenção do conteúdo. Os resultados foram apresentados em um estudo divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos
A prática distribuída de estudo também foi apontada como uma das melhores técnica para o aprendizado. Ela consiste na implementação de um cronograma que divide as atividades ao longo do tempo, ou seja, o aluno pode optar por estudar uma matéria por dia, por exemplo. Segundo o estudo, divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos, a técnica funciona com estudantes de diferentes idades e com uma ampla variedade de conteúdos. É de fácil de implementação – embora possa exigir alguma formação – e tem sido utilizada com sucesso numa série de estudos de sala de aula.
Técnicas de utilidade moderada
Com o objetivo de estimular o encontro de uma explicação sobre um conceito ou um fato explícito, a técnica de perguntas elaboradas foi classificada com utilidade moderada. O problema com ela é que alguns estudos mostraram que a prática possui menor eficiência entre os alunos mais jovens (jardim de infância ou primeira série). Outro fator é que o nível do conhecimento prévio interfere em sua utilidade. O conhecimento é um moderador na elaboração das perguntas. Sendo assim, os alunos com baixos níveis de conhecimento podem ter limitações ao utilizá-la. Os resultados foram apresentados em um estudo divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos.
Na técnica da auto-explicação o aluno deve refletir sobre como uma nova informação está relacionada com a informação conhecida ou explicar as medidas tomadas durante a resolução de determinados problemas. A estratégia foi classificada como de utilidade moderada. De acordo com o levantamento, divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos, é necessário um maior trabalho para explorar a extensão em que os efeitos da técnica dependem do conhecimento dos alunos ou nível de habilidade. Embora a maioria das pesquisas mostre que é necessário um mínimo de treino, alguns resultados sugerem que os efeitos podem ser reforçados se os alunos treinados para usar a técnica.
Na prática intercalada o estudante deve utilizar um cronograma de estudo, no qual, pode misturar diferentes tipos de conteúdos dentro de uma sessão de estudo, ou seja, ele não se limita a absorver o conteúdo de uma matéria específica naquele determinado período. No lado positivo, a prática intercalada tem demonstrado ter bons efeitos sobre a aprendizagem dos alunos em relação às habilidades matemáticas, mas não tem os mesmos efeitos com o conteúdo de literatura. O resultado está na pesquisa divulgada recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos.
Técnicas de utilidade baixa
A prática do resumo como ferramenta de estudo foi considerada uma das técnicas com menor utilidade, em comparação com as outras práticas citadas. O estudo, divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos, aponta que ele é uma estratégia eficaz de aprendizagem para os alunos que já estão qualificados na prática do resumo, No entanto, muitos precisam de treinamento extensivo para adotar a técnica adequadamente. Para a técnica ser eficaz é preciso que o resumo tenha qualidade. O fato do aluno não enfatizar os pontos principais de um texto ou incluir uma informação incorreta não beneficia o aprendizado e nem a retenção das informações apresentadas.
Grifar texto foi classificada como técnica de baixa utilidade. De acordo com a tese, na maioria das situações em que a técnica foi aplicada, foi observado pouco aumento no desempenho dos estudantes. Ela pode até ajudar quando os alunos têm o conhecimento necessário para destacar as informações de forma eficaz, mas não é um indicativo de alto nível de utilidade. A marcação no texto chama a atenção do leitor, mas este precisa refletir sobre o significado e como suas peças diferentes se relacionam entre si. Os resultados foram apresentados em um estudo divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos.
A técnica de palavra-chave mnemônica envolve a criação de imagens mentais associadas aos conteúdos apresentados. Apesar de resultados positivos, alguns aspectos implicam limitações em relação à utilidade da prática. Um deles é que o uso da palavra-chave mnemônica pode não resultar em uma retenção durável de conteúdo, ou seja, em longo prazo ela pode não ser tão eficaz dificultando o desempenho dos estudantes. Os resultados foram apresentados em um estudo divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos.
O uso de imagens como técnica de estudo implica na formação de imagens mentais de partes do texto durante a leitura ou escuta. De acordo com o levantamento, a técnica pode ser bastante limitada e não é sólida. Além disso, não há definição consistente em relação à quantidade de treinamento necessária para garantir que os alunos utilizem a técnica corretamente. Os resultados foram apresentados em um estudo divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos.
A releitura de um material após uma primeira leitura não foi considerada uma técnica de estudo eficaz. A relação do nível do conhecimento com os efeitos da técnica ainda é pouco explorada. Além disso, o estudo indica que quase nenhuma pesquisa sobre releitura envolveu alunos mais jovens que estudantes em idade universitária. Há uma insuficiente quantidade de pesquisas que examinaram a extensão em que os efeitos da técnica dependem de outras características do aluno, como o conhecimento ou habilidade. Os resultados foram apresentados em um estudo divulgado recentemente pelo jornal da Associação pela Ciência Psicológica dos Estados Unidos .
Fonte: colegiogenoma
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