Eu não sei em qual estágio da sua preparação para a tão sonhada aprovação você está. Mas posso te afirmar uma coisa: ela não continuará evoluindo na mesma velocidade após os nossos estudos sobre aprendizagem acelerada.
Se você achou audacioso o que eu acabei de te dizer, é hora de embarcar nesta leitura e dar um upgrade em seus estudos. A ideia aqui não é criar uma teoria mirabolante com nome rebuscado ou ombrear com os ícones da aprendizagem, mas trabalhar neste artigo como dar mais celeridade ao processo de aprendizagem para concursos públicos.
No mundo dos concursos, ou você já ouviu, ou ouvirá expressões típicas desse ambiente, como “quadro horário”, “horas líquidas” e tantas outras. Tudo isso para te levar a um único objetivo, que é encontrar a melhor forma para estudar.
Mas será que existe essa tal de melhor forma?
Já te adianto que, para mim, a melhor forma é aquela em que você aprende de maneira considerada apta para a média dos candidatos e, preferencialmente, acima da média deles. Ok? Não conseguiremos abordar algo que seja eficiente para todos, mas certamente atingiremos a maioria; até mesmo pelo fato de que cada etapa da preparação exigirá algo diferente de você.
Acho que é possível que sua imaginação já tenha lhe trazido memórias sobre algumas palavras-chave, tais como: mapas mentais, resumos, esquemas, exercícios etc. A grande sacada para se alcançar uma aprendizagem acelerada é sair do campo da especulação, das teorias, e colocar em prática o seu planejamento.
O contato que temos com o conteúdo de uma matéria com a finalidade de compreendê-lo, nós chamamos de estudo. Podemos dizer que será a absorção e, em alguns casos, quando necessário, o aprofundamento do que consumimos. É importantíssimo esclarecer que é normal não assimilar o quanto se esperava daquela matéria tendo contato apenas uma única vez com ela. Vários alunos ficam desesperados e me relatam a sensação de não conseguir aprender aquilo que está sendo estudado. Se isso já aconteceu com você, saiba que é algo normal, que acontece com vários alunos, inclusive comigo. Estudar um conteúdo mais de uma vez, para ter segurança do que o assunto trata, é normal. Às vezes, você até entendeu o que estudou, mas não aprendeu o suficiente para encarar uma prova.
Quando você tem essas ferramentas, ou seja, entrou em contato com a matéria estudada, é hora de avançar! Isso você faz aplicando o que acabou de estudar. Se você não aplicar, não saberá o seu nível de conhecimento acerca do que foi estudado. Isso pode ser feito de diversas formas. Eu gosto de indicar o seguinte.
FAÇA:
- resumos à feitos em tópicos curtos, com, no máximo, duas linhas;
- mapas mentais à partindo de uma informação principal que ficará ao centro e tendo suas ramificações com, no máximo, uma frase curta. O ideal seria utilizar de uma a cinco palavras em cada ramificação;
- exercícios à fazer muitos exercícios é importantíssimo, pois essa é uma das melhores formas de aplicação do conhecimento adquirido na primeira etapa dos estudos.
Seguindo para o próximo nível da aprendizagem acelerada, deparamo-nos com algo que é negligenciado por grande parte dos alunos: a revisão.
Imagine esta situação: um estudante de língua estrangeira que só frequenta as aulas, faz o exercício proposto pelo professor e depois não tem mais contato com o conteúdo. Ele, provavelmente, estudou, mas não tem condições de utilizar o vocabulário em uma conversa em língua estrangeira. Esse contato constante e contínuo com a matéria é importante para que possamos ter sucesso nas provas de concurso. Não existe estudo sem revisão! Me diga aí, para que serve estudar para concurso e não se lembrar do que estudou? Minimizar os efeitos da curva do esquecimento é potencializar a sua aprendizagem.
Esses três pilares que acabamos de conhecer, ainda que de forma sucinta, podem e devem ser revistos. Sua estrutura não é imutável. Você precisa entrar em campo e sentir esse clima, buscar a melhor posição para jogar, analisar o adversário e se posicionar na parte do campo em que você irá render mais. Um time tem vários atacantes, mas cada um tem uma característica e um posicionamento que o fazem render mais. Veja algumas perguntas que devem ser respondidas nessa fase:
- A duração da sessão de estudos é adequada?
- Você rende mais em qual período do dia?
- Você praticou o estudo ativo (produziu algo) durante o estudo de forma a criar um bom material de revisão?
- O número de questões respondidas deve ser alterado?
- Qual o seu percentual de acerto?
Feito isso, é agora de recomeçar. Tenha em mente que estamos diante de um processo. Compreender isso tornará as coisas mais leves para você.
Um grande abraço e bons estudos!
Vá e vença!
Marco Soares
Servidor público
Professor e GranXpert
@prof.marcosoares
Maravilha Professor! Dicas essenciais! Obrigado