Minha história em concursos até aqui!

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Minhas experiências com provas do CESPE/UnB (atual CEBRASPE) começaram muito cedo. Ainda com 15 anos de idade, realizei a minha primeira prova do CESPE, a 1ª etapa do PAS (Programa de Avaliação Seriada), em substituição ao Vestibular, para conseguir a tão sonhada vaga na UnB. Do mesmo modo, nos anos seguintes, foram realizadas a 2ª e 3ª etapa. Com a dedicação necessária, logrei êxito e consegui uma vaga no curso de Ciências Contábeis.

Com 17 anos, iniciei a minha graduação e, desde então, já sonhava com uma vaga no serviço público. Nos primeiros meses do ano de 2009, ainda com 17 anos, fiz a minha primeira seleção para concurso público, voltada para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) – Cargo Técnico Administrativo. Embora eu já tivesse uma boa base de estudos, eu era 100% sonho e 0% de preparação, mas o resultado foi de 58 pontos na prova de 120 itens.

O meu primeiro aprendizado estudando para concurso foi o de que não basta sonhar, pois a preparação para cada concurso é essencial para a aprovação. Dessa forma, cada tropeço vale uma lição, um aprendizado, além do que, quanto mais você se familiarizar com a banca, mais facilidade terá na realização das próximas provas.

Após isso, segui cursando meu primeiro semestre da graduação e resolvi fazer um curso preparatório para o concurso do Ministério da Integração Nacional – Cargo Assistente Técnico-Administrativo. Assim, em meados do ano 2009, já com 18 anos de idade, fiz essa prova e acertei cerca de 70 pontos (no total de 120 itens), sendo mais uma experiência com a banca CESPE. Contudo, ainda não havia sido daquela vez.

Ao final do primeiro semestre, em julho/2009, consegui o primeiro estágio e fui trabalhar na SEDEST (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda). Naquela circunstância, eu tive certeza de que eu precisava passar em um concurso público. Notei que havia sido lançado o edital para o Hospital das Forças Armadas (HFA) – Cargo Assistente Técnico-Administrativo cobrando conteúdo semelhante ao estudado para o concurso do MI, então fiz logo minha inscrição.

No mesmo período, também havia sido lançado o edital Seplag/Educação – Cargo Apoio Administrativo (CESPE/UnB) e também me inscrevi. Como resultado, no HFA eu fui classificado, mas fiquei no cadastro reserva e não fui nomeado. Por outro lado, no concurso da Secretaria de Educação, passei na colocação 278º em um total de mais de 40 mil inscritos. Dessa forma, um ano depois, no dia 15/12/2010, fui nomeado e, com 19 anos de idade, consegui realizar o sonho de me tornar servidor público.

Durante o ano de espera, entre a prova da Secretaria de Educação e a nomeação, eu já estava em outro estágio na iniciativa privada e tentei outras seleções, mas acabei perdendo um pouco do foco, pois estava ansioso por aquela nomeação. No início do ano de 2010, fiz algumas provas para o cargo de Agente Administrativo de órgãos como o Ministério dos Transportes e o Ministério da Cultura. Todavia, não consegui aprovação em nenhuma dessas provas, como resultado de minha ansiedade pela nomeação e o consequente descuido com os estudos nesse período.

Logo após a nomeação, tentei somente mais um concurso, qual seja o da Secretaria de Estado de Administração Pública – Cargo Apoio Administrativo, porém eu já estava desmotivado com novas seleções devido à nomeação naquele concurso. Ainda estava com 19 anos, recém-nomeado, estava trabalhando e dava continuidade à minha graduação, por isso optei por me dedicar àqueles projetos e deixei de estudar para concursos temporariamente.

Desse modo, consegui concluir minha graduação, após quatro anos, no 2º/2012, o que me fez voltar a ter tempo livre, e voltei novamente minha atenção para os concursos. Nesse momento, como eu já possuía minha graduação, eu poderia optar por novos concursos, e uma excelente oportunidade seria o concurso para a Polícia Civil, que estava prestes a ser lançado.

Ouvi de muitas pessoas próximas a mim para não tentar essa carreira, para me dedicar a outras áreas. No entanto, esse sempre foi o meu sonho de criança, e foi isso que me motivou a prosseguir. Em concursos públicos, a motivação e a força de vontade fazem total diferença.

Para alcançar meu sonho de infância, comecei um curso preparatório para o concurso da Polícia Civil, com o foco inicial para o cargo de Agente. Todavia, Deus quis que minha aprovação fosse para o cargo de Escrivão de Polícia. Quando comecei o curso preparatório, precisei conciliar a minha rotina de trabalho. Eu tinha aula de segunda a sexta, à noite, e no final de semana, geralmente, pela manhã e à tarde. Além disso, eu precisava revisar a matéria e fazer exercícios.

Eu não perdia nenhuma aula e sempre revisava a matéria dada em sala de aula no dia seguinte. Ao longo da preparação para a Polícia Civil, surgiu o concurso para o Ministério Público da União – Cargo de Analista (Especialidade: Contabilidade). Eu não podia desviar o foco e estudar o conteúdo de Contabilidade, que eu havia visto na graduação, mas aproveitei os conhecimentos acumulados para realizar a parte geral, já que havia matérias similares às que seriam cobradas na prova da polícia.

Realizei o concurso do MPU e consegui aprovação. Classificado em 70º, fiquei no cadastro reserva, mas tive a convicção de que estava alcançando um bom nível de acúmulo de conhecimento. Mantive-me focado e realizei as duas provas da Polícia Civil, de Escrivão e Agente, conseguindo aprovação na prova de Escrivão.

Todas essas conquistas foram no ano de 2013. Com meus 22 anos de idade, consegui realizar o meu sonho de criança, fui aprovado na Polícia Civil do Distrito Federal, e, após ingressar na carreira de Escrivão, novas metas e novos sonhos estão surgindo.

No momento, estou cursando minha segunda graduação e empenhado em alcançar novas aprovações e lugares mais altos. Não deixem suas frustrações te impedirem de prosseguir.


Micael Portela – Escrivão de Polícia na PCDF. 27 anos. Graduado em Ciências Contábeis (UnB). Graduando em Direito. Especialista em Perícia Contábil. Aprovado no Concurso para Técnico Administrativo do HFA (C.R.). Aprovado no Concurso para Apoio Administrativo da Secretaria de Educação (no cargo de 2011 a 2016). Aprovado no Concurso para Analista do MPU (C.R.). Aprovado no Concurso de PCDF/Escrivão (no cargo de 2016 até a presente data).


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