“Eu jamais vou conseguir passar em um concurso público”.
“Isso não é pra mim”.
“Eu não dou conta”.
“Eu não tenho tempo”.
“Se a minha família me ajudasse, eu conseguiria”.
Você já ouviu ou sentiu vontade de dizer alguma dessas frases? Alguma situação parecida já aconteceu com você? Então, eu te convido a embarcar nesta leitura. Ao final, a mudança que você espera poderá acontecer.
Em meados da década de 80, uma criança parte, junto com os seus pais, do interior de Minas Gerais para buscar oportunidades no Distrito Federal. Uma família muito humilde desembarca em terras desconhecidas e que lançavam um desafio a cada novo sonhador que em seu solo pisava.
Assim como a maioria das pessoas, essa família queria um pouco mais de sorte na vida. Nada de luxo, mas um lugar para morar e algo para comer já bastariam. Contudo, as coisas não saíram como planejado.
O brilho no olhar daquela criança ao ver a capital deu lugar a um olhar marejado. O baixo grau de instrução de seus pais não lhes permitiu nada além de uma vassoura e um rodo. Para piorar, um dos maiores destruidores de lar resolveu se instalar nessa família: o alcoolismo.
Desde cedo, o nosso pequeno amigo teve de aprender a conviver com as brigas e constante violência dentro do seu lar, ainda que fosse um simples barraco de fundos na Ceilândia, mas era o seu lar.
Aquele que deveria ser o provedor se entregou ao álcool e não conseguia manter-se em nenhum emprego. A paz havia ido embora daquele lugar.
Para ajudar a sua mãe, que trabalhava como faxineira, aquela criança com apenas 11 anos começou a trabalhar. O primeiro emprego? Vendedor de cheiro-verde. Isso mesmo! Empurrando um carrinho de mão pelas ruas da Ceilândia, ele tentava de alguma forma ajudar sua mãe no sustento da casa.
Desde então, esse jovem nunca mais deixou de trabalhar. Os momentos de lazer com os amigos não faziam parte da sua rotina. O pouco tempo que tinha fora da escola pública e do trabalho era dedicado a servir a Deus. E era, em suas orações, que ele depositava toda a sua esperança de uma vida melhor.
Ao completar 18 anos, uma surpresa: sua mãe engravidou. A responsabilidade dele não era mais restrita ao seu pai e a sua mãe apenas. Ele agora precisava cuidar de suas irmãzinhas gêmeas que acabaram de nascer.
Um emprego já não bastava. Então, ele precisou ter dois empregos. O seu tempo passou a ser dividido da seguinte forma: durante a noite, ele trabalhava em uma farmácia. Madrugada a dentro, em intermináveis plantões limpando e organizando o estabelecimento. Ao sair, por volta das 7h da manhã, o seu destino era certo: trabalhar como servente de pedreiro em obras da nossa cidade.
Certo dia, ele, cavando uma fossa, perguntou-se: “meu Deus, não estou reclamando, pois sou grato pela vida e saúde que o senhor me deu, mas eu quero ter e dar uma vida melhor aos meus familiares. Será que um dia eu irei conseguir?”. Ele não sabia o que fazer. A sua hora ainda não havia chegado.
Tempos depois, ouviu um conselho: ESTUDA!!!
Mas como?
Ele não tinha uma família estruturada;
Não tinha condições financeiras;
Não tinha uma boa base educacional;
Ele trabalhava muito e… Não tinha tempo.
Mas tinha coisas boas para usar. E foi nelas que ele se agarrou fortemente para mudar a sua vida para sempre: uma forte determinação e, principalmente, a fé em Deus.
Com uma apostila debaixo do braço, seus hábitos foram mudando. O horário de almoço passou a minutos de almoço. O deslocamento poderia render boas páginas de leitura e aprendizado. Ele não tinha nenhum método de estudo mirabolante, não dispunha de todos esses fatores facilitadores que hoje existem, mas que, à época, eram estranhos ao seu mundo. Mas o principal ele tinha. É o que chamamos hoje de “SANGUE NO OLHO”! Era muita vontade e necessidade de uma vida melhor.
A aprovação não veio na primeira tentativa. Tampouco na segunda. Mas ele não desistiu! Ele não parou! E, quando chegou o seu momento, ele foi abençoado com a aprovação. Não apenas uma, mas várias.
Com a segurança financeira que passou a ter, realizou seus sonhos e o sonho de seus familiares, dentre eles o de dar uma casa própria para a sua mãe.
Estamos chegando ao final de nossa leitura e, talvez, você ache essa história legal para ser contada, mas difícil de existir realmente. Se foi esse o seu pensamento, você está enganado, pois esse jovem superou todas essas e muitas outras dificuldades para poder estar hoje aqui, no Gran Cursos Online, contando parte da vida dele para você. Prazer, eu sou o Marco.
Marco Soares – Especialista em Direito Público e Docência do Ensino Superior. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Brasília. Aprovado em diversos concursos, possui ampla experiência como docente, principalmente na preparação de candidatos a cargos públicos. Já foi membro da Ordem dos Advogados do Brasil e advogado-colaborador da Defensoria Pública do Distrito Federal. Autor do livro “LEI ORGÂNICA DO DF PARA CONCURSOS”.
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