Parte 2: As metodologias de estudo mais utilizadas pelos aprovados

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26 de novembro4 min. de leitura

Olá, futuro servidor público! Vamos voltar a falar sobre métodos de estudo? Você se lembra de que, no artigo passado, destacamos três técnicas de estudos? Não? Então, vamos lá:

 

  1. Técnica pomodoro: método em que se utiliza um cronômetro para dividir o tempo dedicado à tarefa em 25 minutos – esses 25 minutos são chamados de pomodoros.
  2. Estudo intercalado ou rotação de matérias: compreende a distribuição de várias matérias e assuntos em um mesmo período.
  3. Teste prático: técnica de realizar simulados e blocos de questões para analisar a absorção dos conteúdos. Assemelha-se com a situação do dia da prova por causa da contagem de tempo e da sua reação ao encontrar assuntos sobre os quais você não têm pleno domínio.

 

Meu amigo, após essa breve revisão (que também é uma forma de técnica de estudo), continuaremos aqui pincelando alguns métodos de estudo. Vamos desvendar um pouco mais sobre esse assunto.

 

  1. Mapas mentais

 

O método de realizar mapas mentais tem se mostrado bastante eficiente e é ideal para pessoas que têm mentes mais visuais, exatamente por investir em imagens, setas e cores.

 

Nos anos 70, o escritor inglês Tony Buzan concretizou o mapa mental que organiza matérias em um diagrama, elegendo um tema central. Em seguida, é preciso conectar esse assunto principal a tópicos paralelos – isso pode ser feito com balões ou desenhos que remetam aos assuntos.

 

Desse modo, com o mapa finalizado, fica mais fácil revisitar o conteúdo meses depois de estudado e lembrar rapidamente da conexão entre os assuntos. Essa é uma maneira de revisar conteúdos e suas interligações com outros temas.

 

  1. Autoexplicação

 

O método da autoexplicação tem um olhar diferente das outras técnicas estudadas até o momento, visto que o surgimento de ideias e de descobertas no mundo sempre veio de incertezas – ou seja, o mundo não vive somente de respostas; a dúvida também tem sua relevância. Foi com base nisso que a autoexplicação se tornou uma técnica reconhecida: ela valoriza as dúvidas que surgem durante a leitura.

 

Um estudo da Psychological Science in the Public Interest  revelou que a autoexplicação é extremamente útil durante a fase do aprendizado, mas não mostrou grandes resultado na fase prática. Também chamada de elaboração interrogativa, a técnica consiste em o estudante duvidar de tudo que lê, refletindo sobre cada informação. A autoexplicação ocorre quando, a partir de indagações, os estudantes tentam explicar os conteúdos para si mesmos. Para levantar (e solucionar) as perguntas, é comum grifar, rasurar, escrever, usar dicionários e até falar sozinho.

 

Uma maneira interessante de utilizar essa técnica é dar aula a si próprio, imaginando que existam alunos te ouvindo. Essa técnica funciona muito bem para conteúdos abstratos, principalmente para ver se você realmente entendeu. Portanto, esse método se apresenta com maior eficácia na primeira fase de estudos; enquanto você estiver aprendendo, use e abuse dessa técnica.

 

  1. Mnemônica

 

É uma técnica também muito utilizada – eu diria até que é uma das mais conhecidas. Nada mais é que criar frases para memorizar fórmulas, conceitos ou listas; muitas vezes, os professores utilizam essas fórmulas de maneira mais engraçada para que seus alunos memorizem o mnemônico.

 

Um estudo da Psychological Science in the Public Interest mostrou que os recursos mnemônicos somente funcionam quando as palavras são fáceis de lembrar e as palavras-chave são importantes. Então, ressalta-se que se deve utilizar essa técnica quando a situação permitir, mas ela não servirá para memorizar todo o conteúdo.

 

Inclusive, no meio dos concurseiros, há diversos mnemônicos, como: SoCiDiVaPlu (serve para decorar os Fundamentos da República do Brasil: SOberania; CIdadania DIgnidade da pessoa humana; VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; PLUralismo político); LIMPE (serve para lembrar os cincos princípios da Administração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência).

 

Dessa forma, o mnemônico tem como estrutura:

 

  • siglas em que cada letra lembre uma palavra ou um conceito;
  • frases que possam ser associadas a uma ordem;
  • sentenças em que cada inicial faça referência a assuntos dentro de um tema em comum (como Ana Tinha Calça Grande, para lembrar de Adenina, Timina, Guanina e Citosina – objetos de estudo da Biologia).

 

Nessa técnica, meu amigo, as palavras-chave que retomam assuntos mais complexos também entram no método mnemônico. Vale ressaltar: essa metodologia é mais bem direcionada para fixação em curto prazo – é uma boa pedida para revisões finais e para garantir alguns pontinhos a mais nas provas.

 

  1. Leitura e marcações

 

Agora falaremos de um dos métodos de estudo mais tradicionais. Afinal, a eficácia é comprovada se o aluno apresenta familiaridade e compatibilidade com a estratégia. Entre todas essas formas de estudo apresentadas, fazer resumos e destacar partes importantes do texto são ótimas opções para você aumentar o seu repertório e focar nas partes principais de cada tema.

 

Essa técnica é excelente para pessoas que retém conhecimento durante a leitura e que fazem questão de estar com um material impresso em mãos. A nossa dica é bem simples, mas pode te ajudar bastante. Enquanto você estiver lendo o texto, marque as partes que entender serem as mais importantes, preferencialmente com um marcador de texto amarelo (essa cor ajuda na memorização). Sempre que possível, também faça anotações, com lápis ou mesmo com caneta, daquilo que você acha relevante.

 

Porém, atenção: evite grifar em excesso ou fazer um resumo muito grande. O ideal é pontuar apenas os trechos mais importantes do texto e, para o resumo, explicar de maneira sucinta a ordem dos acontecimentos, a definição de conceitos e os elementos-chave que podem ser cobrados posteriormente. Além disso, tanto no resumo quanto no trecho destacado vale usar canetas coloridas, marcadores chamativos e itens que ajudam na visualização.

 

Por ser uma técnica simples e, de certa forma, introdutória, recomenda-se que o estudante utilize-a junto com outras formas de estudo. Durante a revisão, técnica que já detalhamos em artigo específico sobre o tema, essas marcações podem fazer você ganhar um bom tempo.

 

Pois bem, meu amigo, hoje encerro esse assunto sobre métodos de estudo. E aí, em qual técnica você se encaixa melhor? Lembre-se de que você, caríssimo estudante, pode mesclar essas técnicas de estudo, visto que, de acordo com a matéria ou o conteúdo, poderá achar um método mais eficaz.

 

Energia alta e acredite em você.

 

 

Um grande abraço e força em busca de suas vitórias.

Estamos juntos nessa caminhada.

Nelson Marangon  

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