Série Quebrando a banca FCC: questões comentadas sobre saúde da mulher – parte 2

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24 de Novembro de 2017

Olá, meus amigos concurseiros! Continuaremos a comentar as questões da banca FCC com a temática planejamento familiar. Continue firme em busca da aprovação dos seus sonhos com motivação e determinação.

1. (FCC/TRT – 7ª REGIÃO (CE)/2009) Planejamento familiar é o direito que toda pessoa tem à informação, à assistência especializada e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e conscientemente por ter ou não ter filhos. O número, o espaçamento entre eles e a escolha do método anticoncepcional mais adequado são opções que toda mulher deve ter, na escolha de forma livre e por meio da informação, sem discriminação, coerção ou violência. (MS)

Os métodos anticoncepcionais recomendados pelo Ministério da Saúde, nas ações de educação em saúde e orientações no planejamento familiar são

a) métodos comportamentais: Billings, Tabela, Temperatura, exceto o método Sintotérmico.

b) métodos de barreira: Camisinha masculina e feminina, Diafragma, exceto o uso de Espermaticida.

c) anticoncepcionais hormonais: orais (pílula) e injetáveis, exceto o uso de dispositivo intra-uterino (DIU).

d) métodos cirúrgicos: laqueadura e vasectomia utilizados para a esterilização definitiva.

e) métodos químicos: esponja vaginal, ducha e irrigação intra-vaginal.

Gabarito: letra D.

Comentários:

Letra A. Errado, o método sintotérmico está incluído como método comportamental.

Letra B. Errado, o uso de espermaticida também é de barreira.

Letra C. Errado, pois existe o DIU com hormônio.

Letra E. Errado. A esponja é um método de barreira e não químico. Vale ressaltar que os métodos de barreira usam obstáculos mecânicos ou químicos à penetração dos espermatozoides, mas, no Manual do MS, não se refere a um grupo de método químico como a alternativa nos mostra.

2. (FCC/AL-MS/2016) Com relação aos métodos contraceptivos, é correto afirmar:

a) A laqueadura tubária em gestantes primíparas é realizada, prioritariamente, durante o parto, pois trata-se de um método eficaz no controle da natalidade.

b) A vasectomia está contraindicada, por se tratar de um procedimento mais difícil e inseguro, em relação à esterilização feminina.

c) A anticoncepção oral de emergência é recomendada como método regular de uso diário, no caso de adolescentes que mantém relações sexuais desprotegidas.

d) A camisinha associada a outro método anticoncepcional fornece dupla proteção, incluindo as doenças sexualmente transmissíveis.

e) O DIU é um método indicado para as adolescentes com mais de um parceiro que não usam camisinha em toda relação sexual.

Gabarito: letra D.

Comentários:

Letra A. Errado. A laqueadura não pode ser feita em primíparas, pois precisa atender aos requisitos mínimos da lei.

Letra B. Errado. A vasectomia é mais fácil e segura que a laqueadura tubária, conforme o Ministério da Saúde. Segundo o CAB n. 26, a vasectomia é um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido. Consiste na ligadura dos ductos deferentes. Tem por objetivo interromper o fluxo de espermatozoides em direção à próstata e vesículas seminais para constituição do líquido seminal. Pode ser realizado em ambulatório, com anestesia local, desde que se observem os procedimentos adequados para a prevenção de infecções.

Letra C. Errado. Não pode ser substituído como método de rotina.

Letra E. O DIU não é indicado para adolescente com mais de um parceiro pelo risco de infecção.

3. (FCC/TRT 3ª REGIÃO/2015) Em um Programa de Saúde da Mulher, as orientações do Técnico de Enfermagem, quanto aos métodos contraceptivos incluem

a) abstenção de relações sexuais no período fértil, para maior eficácia no método Ogino Knaus.

b) desconsiderar o uso do preservativo masculino ou feminino, quando associar o método do muco cervical.

c) indicar a vasectomia e a ligadura de trompas, em homens e mulheres com capacidade civil plena, a partir de 18 anos de idade ou com pelo menos um filho vivo.

d) usar a pílula anticoncepcional de emergência, em até 10 dias após a relação sexual desprotegida.

e) considerar o diafragma como método eficiente, quando retirado da vagina, em até 30 minutos após a relação sexual.

Gabarito: letra A.

Comentários:

Letra A. Certo. O método Ogino Knaus ou tabelinha deve ser feito acompanhando o ciclo menstrual em 6 meses e para mulheres com ciclos regulares e, durante o período fértil identificado, deve ser usado método de barreiras ou deve-se evitar o ato sexual.

Letra B. Errado. O uso de preservativo deve sempre ser recomendado, pois atua na prevenção de infecção sexualmente transmissível.

Letra C. Errado. Os métodos definitivos – vasectomia e ligadura de trompas – serão indicados, em homens e mulheres com capacidade civil plena, a partir de 25 anos de idade ou com, pelo menos, dois filhos vivos.

Letra D. Errado. A anticoncepção de emergência será utilizada até 5 dias após o coito.

Letra E. Errado. O diafragma deve ser retirado da vagina 6 a 8 horas após o coito.

4. (FCC/MPU/2007) Uma mulher de 43 anos, fumante, diabética e com hipertensão arterial procura o serviço de planejamento familiar para ser ajudada na escolha do método anticoncepcional. Nesta situação clínica, contraindica-se

a) o método do muco cervical.

b) o método da determinação do período fértil.

c) a colocação do diafragma.

d) a colocação do DIU.

e) o uso da pílula combinada de estrogênio e progesterona.

Gabarito: letra E.

Comentários: Os anticoncepcionais combinados aumentam a pressão, e as fumantes, associadas ao uso desse método, aumentam as chances de complicações: acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e trombose venosa profunda.

Observe as contraindicações dos anticoncepcionais combinados:

5. (FCC/TRT 5ª REGIÃO/2013) Um enfermeiro orienta um grupo de mulheres sobre métodos contraceptivos, anticoncepção de emergência (AE) e prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)/HIV. Durante as orientações, surgem muitas dúvidas sobre a AE, para as quais o enfermeiro esclarece que

a) o mecanismo de ação principal da AE é invariável, dependendo, minimamente, do momento do ciclo menstrual em que a mesma é administrada.

b) a AE é considerada um método adicional de proteção para as DST/HIV.

c) o conceito de fecundação é sinônimo de gravidez, pois a fecundação ocorre imediatamente após a relação sexual.

d) a AE tem como meta principal atuar após a fecundação, impedindo a implantação do embrião.

e) a segurança da AE, para a mulher, é explicada, dentre outros, pela dose hormonal administrada.

Gabarito: letra E.

Comentários:

Letra A. Errado. O mecanismo de ação da AE depende do momento do ciclo em que é administrada, podendo inibir a ovulação ou impedir a subida do espermatozoide.

Letra B. Errado. Não faz a prevenção contra DST/AIDS.

Letra C. Errado. Nem toda fecundação vai gerar uma gravidez.

Letra D. Errado. Observe o que é relatado no CAB 26 sobre a AE:

“Vários estudos recentes indicaram que, quando a pílula anticoncepcional de emergência é tomada antes da ovulação, inibe ou atrasa a liberação do óvulo do ovário. Além disso, pode interferir na migração dos espermatozoides do colo uterino às trompas, ou com o processo de adesão e capacitação dos espermatozoides nas trompas. Por meio desses mecanismos, a PAE impede a fecundação. Se a fecundação já ocorreu quando a mulher toma a PAE, tem 50% de probabilidade de que o zigoto se implante e a gravidez ocorra, já que essa é a probabilidade espontânea de implantação. Na mulher, aproximadamente 50% dos zigotos são eliminados espontaneamente, antes que haja atraso menstrual.”

Finalizamos nosso artigo com questões comentadas. Se você gostou, deixe seus comentários, para que possamos continuar preparando materiais importantes na trajetória da sua aprovação. Confira nossos cursos com vídeos e pdf para contribuir de forma definitiva no seu projeto de SUCESSO.

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Fernanda Barboza é graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia e Pós-Graduada em Saúde Pública e Vigilância Sanitária. Atualmente, servidora do Tribunal Superior do Trabalho, cargo: Analista Judiciário- especialidade Enfermagem, Professora e Coach em concursos. Trabalhou 8 anos como enfermeira do Hospital Sarah. Nomeada nos seguintes concursos: 1º lugar para o Ministério da Justiça, 2º lugar no Hemocentro – DF, 1º lugar para fiscal sanitário da prefeitura de Salvador, 2º lugar no Superior Tribunal Militar (nomeada pelo TST). Além desses, foi nomeada duas vezes como enfermeira do Estado da Bahia e na SES-DF. Na área administrativa foi nomeada no CNJ, MPU, TRF 1ª região e INSS (2º lugar), dentre outras aprovações.

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