Resumo e questões comentadas: Determinantes Sociais da Saúde (DSS) – Concurso EBSERH

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1 de Dezembro de 2016

Determinantes Sociais da SaúdeCONCEITO

Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde-CNDSS (2006), os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.

O ESTUDO DOS DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE

Nas últimas décadas, tanto na literatura nacional, como internacional, observa-se um extraordinário avanço no estudo das relações entre a maneira como se organiza e se desenvolve uma determinada sociedade e a situação de saúde de sua população. Esse avanço é particularmente marcante no estudo das iniquidades em saúde.

iniquidades

O principal desafio dos estudos sobre as relações entre determinantes sociais e saúde consiste em estabelecer uma hierarquia de determinações entre os fatores mais gerais de natureza social, econômica, política e as mediações através das quais esses fatores incidem sobre a situação de saúde de grupos e pessoas, já que a relação de determinação não é uma simples relação direta de causa-efeito.

É através do conhecimento deste complexo de mediações que se pode entender, por exemplo, por que não há uma correlação constante entre os macros indicadores de riqueza de uma sociedade, como o PIB, com os indicadores de saúde.

O estudo dessa cadeia de mediações permite também identificar onde e como devem ser feitas as intervenções, com o objetivo de reduzir as iniquidades de saúde, ou seja, os pontos mais sensíveis onde tais intervenções podem provocar maior impacto.

Outro desafio importante em termos conceituais e metodológicos se refere à distinção entre os determinantes de saúde dos indivíduos e os de grupos e populações, pois alguns fatores que são importantes para explicar as diferenças no estado de saúde dos indivíduos não explicam as diferenças entre grupos de uma sociedade ou entre sociedades diversas.

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VAMOS TREINAR?

  1. (IADES-2014-BAHIA) considerando que, no Brasil, a esperança de vida ao nascer é um dos índices usados para avaliar o quadro geral de saúde da população, é correto afirmar que ela

(A) é praticamente a mesma em todas as regiões do País, ou seja, em torno de 76 anos de idade.

(B) teve um ganho de mais de 20 anos, entre 1960 e 2006, para o Brasil como um todo.

(C) teve um ganho exemplar nos últimos 10 anos e ficou com valor superior ao do Japão.

(D) é de 80 anos de idade para os homens e de 85 anos de idade para as mulheres.

(E) é maior no Nordeste do que no Sul.

Comentários: Podemos observar que esta questão necessita um conhecimento acerca dos DSS, porém mais que isso, necessita está sintonizado com a atualidade.

A evolução da mortalidade pode ser avaliada através da esperança de vida, em especial a esperança de vida ao nascer, que constitui um indicador síntese do nível da mortalidade. As probabilidades de morte por idade, outra função derivada da Tábua de Vida, também fornecem indicativos no nível da mortalidade, além de descrever os padrões da mortalidade por sexo e idade.

Em 2010, a esperança de vida ao nascer no Brasil, para a população de ambos os sexos, alcançou 73,76 anos (73 anos 9 meses e 3 dias). Como em 1980, a expectativa de vida foi de 62,52 anos, houve, neste período, um acréscimo de 11,24 anos (11 anos, 2 meses e 27 dias).

De acordo com institutos de pesquisa, a esperança de vida ao nascer dos brasileiros tem aumentado nos últimos anos, mas há uma disparidade grande, seja por sexo ou entre as unidades da federação.

Nas últimas décadas houve no Brasil uma evolução positiva dos indicadores sociais do país, sendo que a esperança de vida após o nascimento relaciona-se a índices como saúde, educação, situação socioeconômica, criminalidade e poluiçãoO Distrito Federal, por exemplo, é a unidade federativa com a maior porcentagem de acesso à rede de esgoto do país (100%) e possui a segunda menor incidência de pobreza do país (com 1,9% da população vivendo abaixo da linha de pobreza), atrás de Santa Catarina (1,7%), o estado com menor incidência do país. Por outro lado, Alagoas tem a terceira maior incidência de pobreza extrema (20,5%), cujo ranking é liderado pelo Maranhão (26,3%), e ainda é o primeiro colocado dentre os estados brasileiros por taxa de analfabetismo (com 22,52% da população sendo analfabeta), sendo que Distrito Federal (3,25%) e Santa Catarina (3,86%) ocupam as menores posições.

Ainda segundo o IBGE, a região nordeste se mantém como a que tem menor esperança de vida.

A esperança de vida no Japão é a maior do mundo!

  • Observando esses pequenos textos podemos afirmar que a assertiva que mais se aproxima da realidade brasileira, dentro de nossas iniquidades sociais e desenvolvimento a passos curtos, é a letra B.
  • Aconselho que você acesse o site do IBGE observem as tábuas de mortalidade.

Fonte:ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Abreviadas_de_Mortalidade/2010/tabuas_abreviadas_publicacao_2010.pdf

GABARITO B.

  1. (IADES-2014-BAHIA)Os indicadores de mortalidade infantil fornecem elementos de suma importância no conhecimento dos níveis de saúde da população. Com relação a esse tema, assinale a alternativa correta.

(A) Nos últimos 20 anos, os índices de mortalidade infantil têm crescido ligeiramente no Brasil.

(B) Apesar de ter um território bastante extenso, não são verificados contrastes regionais no Brasil quanto aos índices de mortalidade infantil.

(C) A agricultura de subsistência garante que a Região Norte tenha o índice de mortalidade infantil mais baixo do País.

(D) Os hábitos alimentares da população e o forte êxodo rural agravaram a situação da mortalidade infantil no Centro-Oeste brasileiro, nos últimos 20 anos.

(E) De acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde, a Região Sudeste já se enquadra na categoria de baixa mortalidade (índice de 19,2% em 2005, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE).

Comentários: essa questão é basicamente a mesma anterior, basta ler os comentários e o mais importante:

Eu sempre peço para que meus alunos na hora da prova pensem no SUS como deveria ser e não como o que temos na prática. Nesse assunto específico (DSS), eu peço que você pense na realidade, em coisas que vivenciamos e verificamos no cotidiano, nos veículos de comunicação, etc.

  1. Apesar de ser a passos curtos, os índices de mortalidade infantil no BRASIL têm diminuído e não aumentado, principalmente pelo aumento das coberturas vacinais;
  2. Há uma variação nos índices de mortalidade infantil, tanto por sexo quanto por região;
  3. A região Norte ainda tem uma das maiores taxas de mortalidade infantil do país;
  4. O êxodo rural, não pode aumentar os índices de mortalidade. Apesar do SUS ser universal e igualitário, a população urbana tem maior acesso à saúde (falando de proximidade das unidades), além disso a região centro-oeste ainda hoje é basicamente voltada para o desenvolvimento agrícola, então como poderia haver êxodo rural?
  1. Logo a resposta dentro da realidade brasileira é a letra E.

GABARITO E.

ABRAÇOS E SUCESSO PARA TODOS!

Professora Natale Souza


Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS. Servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador. Coach, Mentory, Consultora e Professora na área de Concursos Públicos e Residências. Graduada pela UEFS em 1998, pós-graduada em Gestão em Saúde, Saúde Pública, Urgência e Emergência, Auditoria de Sistemas, Enfermagem do Trabalho e Direito Sanitário. Autora de 02 livros – e mais 03 em processo de revisão: – Legislação do SUS – vídeo livro ( Editora Concursos Psi); Legislação do SUS – Comentada e esquematizada ( Editora Sanar). Aprovada em 16 concurso e seleções públicas (nacionais e internacionais) dentre elas: – Programa de Interiorização dos Profissionais de Saúde – MS – lotada em MG; – Consultora do Programa Nacional de Controle da Dengue (OPAS), lotada em Brasília; – Consultora Internacional do Programa Melhoria da Qualidade em Saúde pelo Banco Mundial, lotada em Brasília; – Governo do estado da Bahia – SESAB – urgência e emergência; – Prefeitura Municipal de Aracaju; – Prefeitura Municipal de Salvador; – Professora da Universidade Federal de Sergipe UFS; – Governo do Estado de Sergipe (SAMU); – Educadora em Saúde mental /FIOCRUZ- lotada Rio de Janeiro.


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1 de Dezembro de 2016

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