Segurança em Camadas e Zero Trust

A Segurança em Camadas e o modelo Zero Trust oferecem proteção robusta, usando microssegmentação, IAM e automação avançada.

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Olá, querido (a) aluno(a)!

Neste artigo entenderemos conceitos importantes sobre a Segurança em Camadas e Zero Trust e como são cobrados em questões de concursos.

Arquitetura Zero Trust: Um Modelo de Segurança Inovador para Proteção de Dados

A arquitetura Zero Trust é um modelo de segurança que vem ganhando destaque no cenário da cibersegurança devido à sua abordagem inovadora para proteger informações sensíveis. Tradicionalmente, os sistemas de segurança eram projetados com base em perímetros de rede rígidos, assumindo que todos dentro do perímetro eram confiáveis. No entanto, com a crescente sofisticação dos ataques e o aumento do trabalho remoto, este modelo se mostrou vulnerável. A arquitetura Zero Trust (Confiança Zero) surge para preencher essas lacunas, oferecendo uma abordagem centrada em usuários, recursos e dados, e não em dispositivos ou redes específicas.

No modelo Zero Trust, a premissa fundamental é “nunca confie, sempre verifique”. Isso significa que, independentemente de onde o usuário ou dispositivo esteja localizado, a confiança não é automaticamente concedida. Todo acesso precisa ser validado, com a autenticação e autorização sendo requeridas constantemente. Esse conceito reduz a possibilidade de invasores se moverem lateralmente pela rede, limitando o impacto de possíveis ataques cibernéticos.

Uma característica central da arquitetura Zero Trust é a microssegmentação, que divide a rede em segmentos menores e mais seguros. Através da microssegmentação, é possível isolar aplicações, dados e dispositivos, restringindo o acesso aos recursos com base em políticas rigorosas. Esse controle granular reduz a superfície de ataque e limita o alcance de um atacante caso algum segmento da rede seja comprometido.

Outro aspecto fundamental do Zero Trust é o Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM – Identity and Access Management). Essa prática garante que apenas os usuários e dispositivos autenticados e autorizados tenham acesso aos recursos, e que o nível de acesso seja mínimo, com base nas necessidades específicas do usuário ou serviço. Isso é alcançado por meio de tecnologias avançadas de autenticação multifator (MFA), gestão de privilégios, e políticas de acesso baseadas em contexto.

A automação e orquestração são elementos críticos para o sucesso da implementação do Zero Trust. Com a automação, é possível monitorar e responder a eventos de segurança em tempo real, enquanto a orquestração permite que diferentes sistemas de segurança trabalhem juntos de forma integrada. Esses elementos ajudam a reduzir o tempo de resposta a incidentes e a melhorar a eficácia da defesa contra ameaças complexas e persistentes.

Além disso, a inteligência artificial (IA) e o machine learning (ML) têm um papel essencial no Zero Trust, especialmente na detecção e resposta a ameaças. Essas tecnologias analisam grandes volumes de dados, identificam padrões suspeitos e ajudam a prever ataques antes que eles ocorram. O uso de IA e ML na arquitetura Zero Trust melhora a capacidade de identificar atividades maliciosas e minimiza a necessidade de intervenção manual, tornando a segurança mais proativa.

A arquitetura Zero Trust também é eficaz na proteção contra ameaças internas, um problema comum em muitos ambientes corporativos. Como o modelo não pressupõe confiança em dispositivos ou usuários internos, todos os acessos são continuamente monitorados e avaliados. Isso significa que qualquer comportamento suspeito pode ser rapidamente detectado e tratado, reduzindo o risco de vazamento de dados ou sabotagem por usuários internos.

O conceito de “least privilege” (menor privilégio) é um dos pilares do Zero Trust, onde os usuários e dispositivos recebem apenas os privilégios necessários para realizar suas tarefas. Isso reduz a possibilidade de acesso não autorizado a dados sensíveis e limita os danos em caso de uma violação de segurança. A implementação do princípio de menor privilégio é especialmente importante em ambientes que utilizam dados confidenciais.

Por fim, o Zero Trust permite uma resposta rápida e eficiente a incidentes. Com a segmentação da rede e o controle granular de políticas, as equipes de segurança conseguem isolar áreas comprometidas rapidamente. Isso limita o impacto de um ataque e minimiza o tempo de inatividade da operação. Em um cenário onde os ciberataques estão se tornando mais frequentes e sofisticados, essa capacidade de resposta rápida é uma vantagem significativa.

Em resumo, a arquitetura Zero Trust representa uma mudança significativa na maneira como a segurança é abordada nas organizações modernas. Com seu foco em usuários, recursos e dados, ela oferece uma defesa robusta contra uma variedade de ameaças. A combinação de microssegmentação, IAM, automação, IA e machine learning torna o Zero Trust um modelo de segurança altamente eficaz e resiliente, ideal para proteger informações sensíveis em um mundo digital cada vez mais complexo.

Vamos ver como esse conteúdo pode ser cobrado em concursos públicos?

1) FGV – 2024 – Auditor de Contas Públicas (CGE PB)/Auditoria de Tecnologia da Informação

Arquitetura Zero Trust é o termo utilizado para um conjunto de paradigmas de cibersegurança em evolução que deslocam as defesas de perímetros estáticos baseados em rede, para se concentrarem nos utilizadores, bens e recursos. Logo, a Zero Trust se baseia na premissa de que o ambiente de segurança deve ser construído em torno dos dados e não dos dispositivos.

Dessa forma, mesmo que um dispositivo seja comprometido, o acesso aos dados sensíveis é limitado, reduzindo o impacto de um possível ataque.

Assim, o aspecto que caracteriza uma vantagem do uso da arquitetura Zero Trust para a segurança da informação é:

A) uso de novas tecnologias de implementação: utiliza microssegmentação, Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM), automação, orquestração, inteligência artificial e machine learning;

B) melhor detecção de ataques: a arquitetura Zero Trust possibilita uma melhor detecção de atividades maliciosas, uma vez que todo comportamento é tratado com cautela e investigado prontamente;

C) maior proteção contra ameaças externas: ao não presumir confiança cega em nenhum dispositivo ou usuário, a arquitetura Zero Trust reduz o risco de ataques internos acidentais ou intencionais;

D) maior superfície de ataque: com a implementação de controles rigorosos de acesso e autenticação, a superfície de ataque é reduzida, tornando mais difícil para os invasores explorarem vulnerabilidades;

E) resposta rápida a incidentes: a segmentação da rede e a aplicação de políticas agranulares permitem que as equipes de segurança isolem rapidamente áreas comprometidas, reduzindo o impacto de incidentes.

Gabarito: A.

Comentário: A alternativa correta para essa questão é a alternativa A, pois uma característica fundamental da arquitetura Zero Trust é o uso de tecnologias avançadas, como microssegmentação, Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM), automação, orquestração, inteligência artificial e machine learning. Esses elementos são essenciais para a implementação da Zero Trust, pois oferecem um controle granular do acesso e permitem que cada usuário e dispositivo seja continuamente verificado e autorizado antes de acessar os dados.

Essas tecnologias não apenas reduzem a possibilidade de movimentos laterais em caso de invasão, mas também possibilitam a identificação rápida de atividades suspeitas e uma resposta ágil a incidentes. Portanto, a alternativa A destaca com precisão os elementos tecnológicos que caracterizam e fortalecem a arquitetura Zero Trust, evidenciando sua vantagem na segurança da informação.

Então é isso! 

Bons estudos e até o nosso próximo artigo.

Prof. Jósis Alves

Analista de TI no Supremo Tribunal Federal


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