T.I em foco: MPS.BR

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Um assunto muito cobrado pelas diversas bancas para os cargos da área de tecnologia da informação é o de qualidade de software, em especial sobre o MPS.BR (Melhoria do Processo de Software Brasileiro), um modelo de maturidade de software baseado na avaliação de processos implantados e melhoria contínua. Neste artigo vamos explicar um pouco do seu funcionamento, bem como os principais aspectos desse modelo, como preparação para os concursos que estão na praça.

Introdução

Desenvolvido pelo SOFTEX[1], o MPS.BR é um modelo de maturidade de processo que tem como finalidade aperfeiçoar em níveis um processo de gestão e otimização de boas práticas para engenharia de software [1].

Com início em dezembro de 2003, o programa tem como objetivo melhorar a capacidade de desenvolvimento de software, serviços e as práticas de gestão de RH na indústria de TIC. O modelo MPS baseia-se nos conceitos de maturidade e capacidade de processo para avaliação e melhoria da qualidade e produtividade de software e serviços correlatos e também para a melhoria da qualidade e produtividade dos serviços prestados [2].

O MPS.BR passou a ser o modelo mais utilizado no mercado nacional devido ao seu menor custo, tornando-se mais viável para o mercado brasileiro, e por sua similaridade quanto ao tradicional modelo CMMI [De Fátima et al. [S.d.]]. À proporção que a empresa vai adquirindo mais experiência, a evolução desta se torna iminente perante os níveis do modelo brasileiro.[1]

Os processos são descritos em termos de propósito e de resultados esperados, sendo descritos e ordenados pelo nível de maturidade de forma crescente, sendo que cada nível inclui os processos do nível anterior.

O MPS.BR tem vários guias, mas, basicamente, para o ramo da engenharia de software, o guia a ser utilizado é o MR-MPS-SW (Modelo de Referência para Software). Os níveis de maturidade estabelecem patamares de evolução, caracterizando estágios de melhoria da implementação de processos na organização.

O nível de maturidade em que se encontra uma organização permite prever o seu desempenho futuro ao executar um ou mais processos. O MR-MPS-SW define sete níveis de maturidade, conforme Figura 1:

A (Em Otimização), B (Gerenciado Quantitativamente), C (Definido), D (Largamente Definido), E (Parcialmente Definido), F (Gerenciado) e G (Parcialmente Gerenciado).

[1]  Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – https://softex.br/

A capacidade do processo é representada por um conjunto de atributos de processo descrito em termos de resultados esperados. A capacidade do processo expressa o grau de refinamento e institucionalização com que o processo é executado na organização/unidade organizacional. No MR-MPS-SW, à medida que a organização/unidade organizacional evolui nos níveis de maturidade, um maior nível de capacidade para desempenhar o processo deve ser atingido conforme Figura 2.

Assim baseado em avaliações formais, se a empresa evidencia que segue os processos com seus propósitos e resultados esperados, o nível de maturidade da organização pode subir, demonstrando seu comprometimento na melhoria da qualidade de software.

Vamos ver algumas questões para nos aprofundarmos no entendimento desse modelo. A dica é que estudem com maior profundidade, pois se trata de um assunto extenso. Conforme veremos a seguir, as bancas gostam de cobrar a relação entre processos e níveis de maturidade.

1. (CESPE/CGE-CE/2019/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)

A respeito dos níveis de capacidade e maturidade do MPS.BR, assinale a opção correta.

a) Os níveis de capacidade dos processos são descritos por atributos de processo (AP) caracterizados pela habilidade de o processo alcançar os objetivos de negócio.

b) Os níveis de capacidade e de maturidade são descritos por meio de sete letras, do G ao A.

c) A organização deve escolher, entre os níveis de capacidade e de maturidade, qual estratégia adotar, pois não é possível combinar essas estratégias.

d) É possível atingir o nível de maturidade/capacidade E sem atingir os níveis F ou G.

e) Tanto os níveis de capacidade como os de maturidade são descritos por meio dos nove seguintes pares de números: 1.1, 2.1, 2.2, 3.1, 3.2, 4.1, 4.2, 5.1 e 5.2.

2. (FCC/SEMEF MANAUS-AM/2019/TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DA FAZENDA MUNICIPAL)

Um técnico, ao estudar o programa MPS.BR, mais especificamente o Guia Geral MPS de Software, constatou que esse guia define alguns níveis de maturidade, sendo que os níveis C e F correspondem, respectivamente, aos níveis

a) Definido e Gerenciado.

b) Em Otimização e Parcialmente Gerenciado.

c) Gerenciado Quantitativamente e Parcialmente Definido.

d) Largamente Definido e Definido.

e) Gerenciado e Em Otimização.

Referências

[1] Artigo – Implantação de gerência de projetos em fábricas de software com auxílio do MPS.BT Nível G.

[2] Guia MPS.BR 2016

GABARITO:

  1. a
  2. a

Professor Washington Almeida

Mestre em Engenharia de Software pelo Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife – C.E.S.A.R. Atualmente é Analista Judiciário na Justiça Federal (TRF1), Professor no Gran Cursos Online e na Universidade de Brasília – UnB, no Departamento de Ciência da Computação – CIC, Campus Darcy Ribeiro. Certificado ISF ISO/IEC 27002. Ocupou a Função de Diretor do Núcleo de Operação de Centros de Dados na Justiça Federal – TRF1. Exerceu o cargo de Coordenador-Geral de Sistemas (DAS 101.4) no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, servidor público ocupando o cargo de Analista em Tecnologia da Informação – ATI.

Aprovado em diversos concursos e seleções  para cargos de T.I, entre eles:

Agência Espacial Brasileira – Analista em Ciência e Tecnologia / Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Analista em Tecnologia da Informação / TRF 1ª Região – Analista Judiciário Especialidade Informática / Dataprev – Analista de Tecnologia da Informação / Codevasf – Analista em Desenvolvimento Regional – Informática / Ministério das Cidades – Analista de Sistemas / TRT 3ª Região – Técnico Judiciário – T.I / Eletrobrás Eletronorte – Analista de Sistemas / Governo do Distrito Federal – Professor Temporário – Informática / UnB – Professor Substituto – Departamento de Ciência da Computação.

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