Velha novidade: a moda do uso de óleos essenciais

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Existe uma tendência cada vez maior de utilização por parte da população de tratamentos alternativos e os mais visados são aqueles baseados em produtos de origem natural. Muitos desses indivíduos usam produtos com reconhecido valor científico e com presença marcada há tempos com ares de novidade, é o caso por exemplo dos óleos essenciais. Esses produtos são os “bons e velhos” óleos voláteis que estudamos em Farmacognosia.

Fundamentalmente, são misturas complexas derivadas de vegetais com característica lipofílica, odorífera e volátil. O fato do aroma ser bem intenso e agradável, os óleos voláteis são também chamados de essências e justamente devido a essas propriedades, a indústria química desenvolveu os óleos sintéticos que imitam as características dos essenciais. Porém, o único reconhecido como tal pela farmacopeia é o de baunilha (que possui vanilina em sua composição). Quimicamente, os óleos essenciais constituem-se de terpenóides ou fenilpropanoides.

…Ok, até aí tudo bem, mas quais são as funções que essas substâncias desempenham para ganharem tanta fama assim? Ora, como eles são produtos do metabolismo de plantas, claro que eles tem um papel importante para elas, mas também para os seres humanos.

Vamos relembrar essas funções?

IMPORTÂNCIA PARA AS PLANTAS

Eles ajudam na proteção contra herbívoros, defesa contra patógenos, atração de polinizadores, evita perda de água, protege contra estresse oxidativo, efeito alelopático e muitas outras funções.

PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS

Atividade antimicrobiana: os óleos do cravo-da-índia, eucalipto e alecrim por exemplo, quando são utilizados como princípios ativos de cremes, loções e géis dispensam o uso de conservantes na formulação por possuírem o efeitos protetores contra fungos e bactérias.

Atividade Rubefaciante: Aplicados na pele provocam sensações subjetivas como calor, queimação, prurido e outras sensações úteis para fins terapêuticos. Podem fazer parte de preparações farmacêuticas para tratamento de contusões, distensões, mialgias, reumatismo, lesões esportivas e outras.

Atividade expectorante: Eucalipto, tomilho, Hortelã-pimenta, alecrim e terebitina produzem óleos com ação expectorante. Dependendo da dose, eles tem o poder de fluidificar e diminuir o muco, mas cuidado! Dependendo da dose podem também aumentar a secreção brônquica e traqueal. O interessante é que como alguns desses também acumulam a função antibacteriana, quando a infecção se trata desse microrganismo o uso dos mesmos contribui muito para a melhora.

Atividade irritante no Trato Gastro Intestinal: Nesse sentido os óleos são utilizados como estimulantes de apetite, além de estimular as secreções gástricas, biliar e pancreática

Enfim, muitas são as razões para que a indústria farmacêutica explore as propriedades dos óleos essenciais. Porém, uma coisa tem que ficar clara para todos, especialmente para o público leigo: Nem sempre o “natural não faz mal”. Todo uso de substâncias para fins terapêuticos deve ser orientado e acompanhado por um profissional de saúde… e claro, para nós, do mundo dos concursos…além de uma alternativa terapêutica “ÓLEO VOLÁTIL” é item frequente em provas de concurso, então vale a pena aprofundar o conhecimento de mais esse tópico nos nossos cursos de específicas da área de Farmácia.

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Pollyana Lyra.

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