Você conhece a Eritroblastose Fetal? Ela pode cair na sua prova!

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23 de março2 min. de leitura

A Eritroblastose fetal, também conhecida como Doença Hemolítica do recém-nascido (DHRN) ou ainda ou Doença Hemolítica Perinatal (DHPN) é uma doença hemolítica causada pela incompatibilidade sanguínea referente ao Rh, entre mãe e feto.

Durante a primeira gestação em que uma mulher com fator Rh negativo gesta um feto com fator Rh positivo, não ocorre contato entre as hemácias do bebê e o sangue materno. Porém, normalmente no momento do parto, este contato acaba ocorrendo e a mãe é sensibilizada, ou seja, tem seu sistema imunológico estimulado a produzir anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh das hemácias do feto, consideradas “não-próprias” da mãe. Uma vez produzidos, esses anticorpos, da classe IgG, permanecem na corrente sanguínea da mãe.

Lembra-se de uma característica importante em relação aos anticorpos IgG? Eles possuem a capacidade de atravessar a placenta… Por esta razão, caso a mulher volte a engravidar de um bebê com Rh positivo, os anticorpos produzidos na gravidez anterior irão atravessar a placentar e atacar o antígeno Rh das hemácias do feto resultando em uma anemia hemolítica intrauterina que pode variar de leve à grave, chegando inclusive a causar um aborto espontâneo na gestação.

Confira um esquema muito didático na figura a seguir para facilitar ainda mais a sua compreensão:

Ficou fácil perceber que o primeiro filho, portanto, apresenta menos risco de desenvolver a doença do que os seguintes, porque a mãe Rh- ainda não foi sensibilizada, certo? Por isso, é essencial sabermos se uma mulher Rh negativo que já teve ao menos uma gestação, está sensibilizada. E isto é possível por meio de um exame laboratorial denominado Teste de Coombs Indireto, também conhecido como Teste da Antiglobulina Indireta (TAI) ou ainda Prova da Antiglobulina Indireta (PAI).

O Coombs Indireto detecta no sangue materno a presença de anticorpos anti-Rh, os quais irão se ligar a hemácias Rh+ do kit. Na sequência, o soro de Coombs (soro antiglobulina humana) é adicionado e se os anticorpos anti-Rh estavam presentes, haverá a formação de pontes entre eles e as moléculas de antiglobulina humana, com consequente aglutinação de hemácias no fundo do tubo.

Uma vez que uma mãe já sensibilizada tem uma próxima gestação, o recém-nascido portador da enfermidade costuma apresentar um quadro de icterícia caracterizado pela cor amarelada na pele e mucosas, porque a hemoglobina das hemácias destruídas é convertida em bilirrubina pelo fígado, a qual se acumula na corrente sanguínea. Para confirmarmos que se trata da DHRN realizamos no sangue do bebê o Teste de Coombs Direto, também conhecido como Teste da Antiglobulina Direta (TAD).

O Coombs Direto detecta que as hemácias do bebê estão revestidas por anticorpos anti-Rh de origem materna, os quais irão se ligar às moléculas de antiglobulina humana (o soro de Coombs), gerando a aglutinação de hemácias no fundo do tubo.

Porém vale destacar que existe uma medida bastante eficiente para evitar a DHRN que é justamente tentar evitar a sensibilização da mãe. Isso é feito administrando por via intramuscular, após 72 horas do parto do primeiro filho, um concentrado de anticorpos anti-Rh popularmente conhecido como “vacina” Rhogam, que combate os antígenos Rh do feto que estão circulando na mãe. Desse modo, a mãe não produzirá anticorpos anti-Rh e nas gestações seguintes, o feto não desenvolverá eritroblastose fetal.

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Um forte abraço e bons estudos!

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