Motivação: você tem fome de quê? Por: Juliana Gebrim

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26 de fevereiro4 min. de leitura

Cansada. Eu me sinto cansada. Agora, além de estudar, tenho que ter uma motivação acima da média, pois o meu caminho é de várias reprovações, para alcançar finalmente o meu êxito. Isso cansa. Cansa perder. Cansa esquecer as matérias. Cansa apanhar de banca. Cansa explicar isso para as pessoas. Cansa. Como me motivar por algo que nem sei se acontecerá?

Motivação tem a ver com a sua história, a sua sequência de frustrações na vida. Não tem como falar sem ver a sua vida. Um dia desses, conversando com uma paciente, falei: sabe aquilo que te desmotiva? O fato de ter chegado nesta fase de vida, sem emprego, relacionamento estável e entes queridos que se foram. A resposta foi: exato. Nunca esperava por isso. Cansa.

A motivação, assim como o dinheiro, não aguenta desaforo. Pés fincados na realidade. E na sinceridade. Você DEVE fazer tudo aquilo que puder para alcançar o seu objetivo. Caso contrário, é um AUTOENGANO. Base perfeita para não ter motivação, pois quando o crivo da realidade bate na porta, é fatal. E pior: você atrela um tesouro precioso, que é o seu MOTIVO, a algo que não existe. Muitas vezes, a base da falta de motivação é você associar vários momentos de frustração e se entregar. O que mais de ruim pode acontecer na minha vida? Cansa.

Não diga que estuda há 5 anos para concurso. Essa conta não bate. Essa frase mata qualquer vontade. Há 5 anos você estuda TODOS OS DIAS, pelo menos algumas horas? Não, Ju. Semana passada viajei para o carnaval, retrasada dei uma relaxada, mês que vem tenho que visitar uma tia que mora longe. Descortine essas realidades maquiadas. Achar a causa é a grande jogada da falta de motivação.

ASSUMA as suas emoções: tristeza é algo normal, inerente a concurso. O contrário de alegria é tristeza, o contrário da depressão é a falta de vitalidade, de MOTIVOS.

Nunca, em hipótese alguma, podemos falar de motivação sem caracterizar quadros biológicos e excluí-los. Esse é o princípio básico ao cuidarmos de pessoas. Uma pessoa deprimida não tem motivação para acordar pela manhã, uma pessoa ansiosa dispara tiros para todos os lados, até que finalmente para e paralisa. Sim. E tem Ph.D. em procrastinação. Caso você tenha um tipo de TDAH (não estou falando da banalização, parece que agora todo mundo tem TDAH), depressão, ansiedade, você irá fazer várias coisas e não terminará. A depressão não te motivará. Saiba que, se não encontrar a causa, nem BRAD PITT irá te ajudar nessa centelha.

Uma pessoa desmotivada sempre tem uma história. E atrelada a frustrações. Pode pensar que em algum momento você se esforçou muito em algo, pode ser uma matéria quando pequeno, um namoro, qualquer coisa, e não deu certo! Isso marca.

Além dessas questões, temos a cultura brasileira, atrelada à lei do menor esforço, o sofrimento nas conquistas e o famoso jeitinho brasileiro de deixar tudo para última hora.

Não realizar o objetivo origina frustração, alterações comportamentais, perda do controle, falta de sono, pessimismo, insegurança, depressão, ansiedade, pânico, dentre outras questões.

Motivar é uma questão individual. Cada pessoa tem um tipo de motivação. Não assistimos horas de videoaulas e passamos horas vendo Netflix. Até na zona de conforto, que não tem nada de confortável, a pessoa tem um MOTIVO para estar ali. Isso tem a ver com a banalização dos critérios da sociedade, que acha que é fácil. E não é.

Se algo externo for o seu motivador, tenho uma má notícia: você está vulnerável. E uma vulnerabilidade e motivação doada às pessoas que você não admira. Sua prima fofoqueira (ela vai ver quando passar), a vizinha que não estuda (ela vai ver quando passar) ou seu colega de trabalho que te critica (ele vai ver quando passar), todos terão a sua vontade nas mãos deles. Eles podem mudar a vida deles, e essa “motivação” irá passar e criar um vácuo. É CIRCUNSTANCIAL. Motivação deve ser consistente. Ter permanência. Endereço fixo. Analise a frio o seu passado. Não puxe para o presente o “saquinho” de frustrações, até mesmo porque todo mundo tem histórico de coisas que não deram certo.

O seu motivo deve ser interno. Aquele sonho real, aquela força ao acordar, suas construções, você deve ser uma pessoa com um só foco: EM VOCÊ. ACOLHA-SE. Dê as mãos a si mesmo. Ouça você. A raiva não motiva. Enfraquece.

Você tem fome de quê? Provar para os outros? Isso é um caminho sem volta, pois devemos resolver o problema na causa. CAUSA. Dessa forma você fará um erro crasso na sua autoestima, que é a sua intencionalidade. Sem intenções fortes, você mira o passado e anda de carro olhando só o retrovisor. Assim você bate o carro.

Jogue tudo fora que não te agrega. Livros, materiais ultrapassados, sujeira, mofos. Limpe. Limpe a sua cabeça, faça uma renovação. Procure saber aquilo que te desmotiva primeiro. Ligação com histórias de aprendizagens ruins ou fracasso de tentativas podem levar a um quadro que a psicologia chama de desamparo aprendido.

A desmotivação é aprendida. Boas notícias: também pode ser desaprendida.

Crianças? Sim, todos nós também já fomos. E existem duas características que diferem adultos de crianças: a criança quer tudo na hora, e não troca o objeto. Tem que ser aquele!!! Daquele jeito. Aqui temos a questão da maturidade emocional. Não posso ter atitudes de 3 anos de idade aos 30. E concurseiro de 3 não ingressa em concurso público. O edital te tira.

Motivação é algo seu. Igual gosto por comida e cor dos olhos. Gosto. A sua digital. Qual o seu desejo mais íntimo? Você tem fome de quê?


Juliana Gebrim

Psicóloga clínica e neuropsicóloga conhecida e reconhecida por seu trabalho e palestras em todo o Brasil. Inúmeras especializações. Psicóloga clínica (UNB – Universidade de Brasília). Mestrado (UNB). Trabalho de 2 anos com o gênio Luiz Pasquali (LABPAM-UNB). Neuropsicóloga (IPAF-Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal). Terapeuta com certificado internacional pelo Institute EMDRIA e EMDR Ibero-Americano-Francine Shapiro-(EUA). Terapeuta especialista em Brainspotting com David Grand(CA-EUA). Psicóloga perita(UNB-CEFTRU). Psicóloga especialista em Play of Life com CarlosRaimundo (Austrália). Terapeuta especialista em Barras de Access Conciousness com Jeffrey L. Fannin. Especialista em Thetahealing com Leonardo Codignoli(Brasília). Especialista em PMK(Psicodiagnóstico Miocinético). Experiência de 20 anos em psicoterapia,sendo 10 anos atuando em ambulatório e hospital-dia psiquiátrico(CAAP-VIDA). PRIMEIRA e ÚNICA psicóloga no BRASIL a fazer uma teoria usada em clínica , e patenteada em 5 esferas, sobre EQUILÍBRIO EMOCIONAL PARA CONCURSOS PÚBLICOS. Trabalho com dezenas de resultados e amplamente divulgado em todo o Brasil, pelos pacientes. Palestrante, professora de EQUILÍBRIO EMOCIONAL PARA CONCURSOS PÚBLICOS,em vários cursinhos preparatórios. Palestra já vista por mais de 20 mil pessoas. Programa na plataforma do Gran Cursos Online: Divã do Concurseiro.


 

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