Um dia, eu quis voar,
mas não tinha asas de voo!
Um dia, eu quis amar,
mas não sabia o que era o amor!
Um dia, eu quis matar,
mas não sabia o que era a dor!
Fui forçado e sou forçado
a fazer algo que não sei
que não vi
que não há
Vocação que não existe, nem existirá
Quando encontrei minha vocação?
Achei no dia que tomei coragem
de encarar o espelho
de mergulhar na grande imensidão do nada
(no fundo do meu ser)
Então, qual é a minha vocação?
É ser… EU.
O autor do poema acima, depois convertido em canção, é o mais novo professor do Gran, o experiente Juiz do Trabalho e renomado autor Rodolfo Pamplona, a quem tive o privilégio de entrevistar no canal Imparável. Quando o ouvi recitar esses versos, logo percebi que aquilo era algo a ser compartilhado com todos que eu pudesse alcançar. Então aqui estou, pronto para conversar sobre isso e, quem sabe, ajudar a acalmar um pouco o coração de quem me lê.
Enxergo vários paralelos entre a angústia retratada no poema e a aflição de quem se prepara para concurso público, que muitas vezes se vê diante de desafios aparentemente insuperáveis. Para o concurseiro, cada dia é uma luta não só contra o vasto material de estudo como também contra as dúvidas silenciosas sobre a própria capacidade e, principalmente, sobre o que lhe reserva o destino. Felizmente, porém, a jornada para descobrir sua verdadeira vocação pode ser, assim como foi para o eu-lírico das linhas traçadas por Pamplona, tão tumultuada quanto reveladora.
O poema começa com uma série de anseios frustrados – voar sem asas, amar sem conhecer o amor, lutar sem entender a dor. Que concurseiro não se identificaria com um tal sentimento de desilusão? Logo ele, que vive fazendo de tudo para alcançar metas que parecem fora do seu alcance ou compreensão? A virada, no entanto, ocorre, quando o trovador confronta a própria imagem no espelho, decidido a mergulhar na “grande imensidão do nada”. Esse ato de coragem de encarar a si mesmo é o primeiro passo para a mudança definitiva.
Funciona assim com o concurseiro também, que precisa mergulhar nas profundezas do seu ser a fim de descobrir quem ele realmente é e o que verdadeiramente deseja. É abraçar o vazio como um espaço fértil para novas possibilidades, enxergando na autenticidade de suas paixões e de seus interesses e talentos únicos a trilha para a guinada.
Há, porém, uma enorme dificuldade: no mundo competitivo dos concursos públicos, é fácil cair na armadilha de se espelhar nas decisões dos outros ou ceder à pressão de expectativas alheias. Então, amigo leitor, desafio dado, desafio superado. Concentre-se em seu processo individual e único de autodescoberta, sendo leal apenas a si mesmo nessa busca. Em termos práticos, isso significa enfrentar os seus medos e incertezas, admitir e respeitar o seu ritmo e trabalhar melhor a sua resiliência.
Em síntese, estamos falando de uma experiência que, embora nada fácil, é incrivelmente gratificante. Cada etapa vencida nos fortalece e nos aproxima um pouco mais da pessoa que estamos destinados a ser. Todo conhecimento adquirido, junto a toda experiência acumulada, vai renovando nossa disposição e nos munindo de meios para avançar, mais determinados e seguros a cada dia.
A vida nada mais é que uma sucessão desses encontros e reencontros com nós mesmos, daí a importância de nos mantermos atentos aos sinais que nosso coração nos envia e receptivos à aprendizagem, inclusive aquela que vem do fracasso. Sim, até mesmo nossas frustrações, como sabiamente notou Pamplona, fazem parte dessa jornada rumo a uma versão nossa mais autêntica e realizada.
No fim, como o poeta ensina, somente você pode ser você mesmo. Encare esse desafio feito sob medida com coragem, determinação e, acima de tudo, a certeza de estar no caminho certo, aquele para o qual você está de fato vocacionado.
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