A prisão do conhecido

A jornada de Moisés nos ensina sobre autoliderança, coragem diante do desconhecido e a transformação pessoal necessária.

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8 de Abril3 min. de leitura

Imagine estar preso em um ciclo interminável, talvez em um emprego que já não traz mais satisfação, um relacionamento que perdeu o brilho ou uma cidade que você não consegue mais chamar de lar. Você sabe que mudar é preciso, mas a ideia de deixar para trás o familiar assusta, certo? Sei bem como é e gostaria de conversar com você sobre isso. Inspirado na história de Moisés, que recentemente ganhou nova luz em uma série na Netflix (vale a pena conferir!), pensei em falar sobre a importância da autoliderança no propósito de lidar bem com o desconhecido. Deixando de lado qualquer viés religioso, o foco, aqui, são as lições atemporais legadas por esse que foi um dos maiores homens de todos os tempos. 

No coração do Egito antigo, um povo vivia em servidão fazia mais de 400 anos. Não se tratava só de opressão física; pesava mais a sensação de uma vida fadada à pobreza. Foi nesse contexto que surgiu Moisés, uma figura complexa, de trajetória marcada por reviravoltas dramáticas, começando pelo resgate das águas quando ainda bebê, passando pela adoção por uma princesa, até a ascensão como o relutante líder de uma nação.

Sua jornada começa com um ato impulsivo. Ao presenciar um egípcio maltratando um hebreu, Moisés acaba por matar o agressor. O gesto o obriga a fugir, ao mesmo tempo que planta nele as primeiras sementes de sua transformação, de foragido a libertador de todo um povo. Nos anos seguintes, o homem terá de lidar com as próprias falhas e inseguranças. Chegará a hora de desafiar inclusive o Faraó, aquele que personificava seus maiores temores. Mas eis que, num testemunho do poder da autoliderança de Moisés, a autoridade maior do Egito finalmente cede, assustada diante das pragas que assolaram a região, e o êxodo começa. 

A travessia pelo deserto que se sucederá vai representar para aquele grupo muito mais que uma simples viagem; será uma verdadeira odisseia espiritual. Mais de uma vez, os homens e mulheres manifestarão a vontade de retornar ao Egito, apesar de todo o sofrimento que tal decisão imporia. Nesse contexto, Moisés, resistindo à dúvida do seu povo e aos próprios medos, emerge como símbolo de fé inabalável na promessa de um futuro melhor.

A liderança de Moisés foi posta à prova repetidas vezes, não apenas nas negociações com o Faraó ou na travessia do Mar Vermelho, mas também na maneira como ele gerenciava as expectativas, as reclamações e as revoltas dos seus liderados. O profeta temia, e muito, o porvir, porém sabia que tinha de controlar esse temor e seguir em frente. O ensinamento que fica é: antes de dar o primeiro passo em direção à mudança, é preciso guiar a si mesmo através dos próprios desertos internos.

Para nós, um deserto vasto e inóspito como o transposto pelos hebreus pode ser interpretado como os momentos de transição em nossa jornada, aqueles pontos da viagem em que nos vemos tomados de incertezas. A vontade de retornar a um passado idealizado simboliza a nossa tendência de nos agarrarmos ao que conhecemos, mesmo que se trate de algo doloroso e opressivo.

O fato é que a mentalidade e o comportamento dos hebreus prolongaram a jornada pelo deserto, transformando 10 dias de viagem em 40 anos de peregrinação. Não adiantava chegarem ao destino se não tivessem sido transformados de dentro para fora, e foi esse o tempo necessário. Isso nos lembra da importância de aceitar mudanças e de ser perseverante. Como bem sabe quem estuda para concurso público, a hesitação e a falta de foco podem atrasar muito o alcance das metas. Simplesmente não há como avançar sempre olhando para trás.

A jornada de Moisés termina com um vislumbre da Terra Prometida, lugar que ele nunca veio a pisar. Tudo bem, porque sua maior vitória não foi chegar lá, e sim inspirar e transformar o seu povo, mostrando que a autoliderança produz impactos que transcendem a realização pessoal.

Moisés simboliza a coragem e a resiliência indispensáveis ao enfrentamento do desconhecido. Representa também a fé, tanto em uma força superior como na humanidade e no que ela pode alcançar. Tudo fruto da capacidade de guiar a si próprio nas horas mais difíceis. A autoliderança ilumina até o caminho mais escuro.

Então, quando você se encontrar em seu próprio deserto, tomado por dúvida e medo, pense na história de Moisés e lembre que a coragem de dar o primeiro passo, a resiliência para dar o segundo e a fé para continuar até o fim da estrada transformam tudo ao redor. Cuidado com a prisão do conhecido. O futuro pode ser muito melhor do que imaginamos, mas é preciso crer e seguir em frente para alcançá-lo.

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