Melhor é pra frente

A jornada da preparação para concursos é uma transformação contínua, um processo de evolução ininterrupta.

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1 de Abril3 min. de leitura

Na jornada singular de construção de uma vida melhor, somos convidados a nos tornar peregrinos do futuro, viajantes de um caminho que se desdobra não apenas sob nossos pés, mas dentro de nós. Nessa peregrinação, o mantra “Melhor é pra frente” ressoa não como uma simples orientação, mas como um convite à transformação profunda, guiando-nos através de territórios inexplorados do conhecimento e do ser.

Para isso, o peregrino precisa primeiro aceitar que qualquer avanço demandará algum sacrifício, além de resiliência.  O filósofo antigo Heráclito nos ensinou que a vida é um rio em constante mudança, uma verdade que nos ensina a fluir com as águas do tempo, abraçando cada nova corrente com coragem e abertura. Nietzsche, com sua ideia “eterno retorno”, desafia-nos a amar nossa vida a ponto de desejar viver cada momento novamente, um conceito que nos impulsiona a nos debuçarmos sobre as videoaulas, PDFs e conteúdos de estudos com intensidade e propósito, encontrando beleza na transformação contínua de si mesmo, na construção diária de uma nova versão que está sempre a caminho, nunca completamente acabada, mas sempre mais rica e profunda.

Pois saiba que há meios de mitigar o esgotamento que a condição de concurseiro costuma impor especialmente depois dos primeiros – e quase inevitáveis – insucessos. A psicologia positiva, por exemplo, com a noção de “flow” cunhada por Mihaly Csikszentmihalyi, destaca a importância do engajamento total num dado projeto, da absoluta imersão nas atividades assumidas para si. Trata-se de mergulhar de cabeça nelas. É entregar-se por inteiro ao próximo dia de estudos e sentir-se verdadeiramente recompensado ao ver mais uma meta cumprida. E é encontrar satisfação na experiência, por mais árdua que aparente ser. 

Esse estado de fluxo, de evolução em curso, permite converter os desafios em fonte de prazer e realização. Isso é crucial para quem, como você, se prepara para concursos públicos, pois reforça a ideia de que a verdadeira satisfação não vem com a vitória, mas com a percepção do próprio esforço e capacidade de superação. A almejada aprovação, nesse sentido, será mera consequência e chegará quando for a hora.

Há uma analogia, da qual gosto muito, que compara o processo de aprendizado humano com o de fotossíntese realizado pelas plantas. Ela descreve as semelhanças que existem entre a nossa transformação pessoal e o processo de transmutação que ocorre na natureza. Se as plantas capturam a luz do sol para converter CO2 e água em glicose, seu principal alimento, nós convertemos informações, conceitos e teorias em conhecimento aplicável, insights valiosos e habilidades práticas. O paralelo revela uma verdade fundamental acerca da natureza do aprendizado: ele é um processo orgânico de transição no qual toda energia investida não é perdida, e sim metamorfoseada em alimento para sustentar nosso enriquecimento intelectual e emocional.

Avançar nesse processo requer, porém, o talento de não se prender ao passado. Como Einstein dizia, a vida é como andar de bicicleta: para manter o equilíbrio, é preciso continuar se movendo. No contexto dos concursos, é essa capacidade de manter o equilíbrio emocional e seguir em frente, apesar dos erros e das frustrações, que pavimenta o caminho para um futuro mais promissor. O que ficou para trás deve servir de fonte de aprendizado, jamais de âncora que nos impeça de prosseguir. As lições do passado devem embasar a nossa evolução, nunca obstruir o nosso progresso.

Em resumo, assim como as plantas precisam de luz nova a cada dia para fazer a fotossíntese, nós necessitamos de novas perspectivas e desafios para fomentar o nosso desenvolvimento. Apegar-se ao que já foi, seja por medo do desconhecido, seja por gosto pelo que é familiar, seria o mesmo que uma planta se recusar a abrir as folhas para o sol da manhã. Sem essa exposição, o processo vital de conversão de energia simplesmente não pode ocorrer.

Note que hoje, em nossa conversa, abordei de conceitos filosóficos como os de Heráclito e Nietzsche até os preceitos da psicologia positiva de Csikszentmihalyi e a ciência envolvida no processo de fotossíntese, tudo para estabelecer a tese de que a preparação para concursos públicos se revela uma jornada rica e multifacetada. Nela está em jogo não só o acúmulo de conhecimento como também o desenvolvimento de um modelo mental que abrace o futuro com otimismo, determinação e disposição para o crescimento contínuo. 

Com essa mentalidade, o concurseiro, enquanto peregrino do futuro, avança com a certeza de que sua jornada é sagrada, um rito de passagem que o molda e prepara para o mundo melhor que o espera logo ali, após aquela curva. Nesse contexto, cada página de PDF lida, cada videoaula vista, cada fórmula aprendida; cada hora dedicada aos estudos, enfim, representa um voto de confiança nesse amanhã em construção.

Mas veja bem: a construção desse amanhã se dá para a frente, não para trás; para cima, não para baixo. Não me canso de repetir que é o futuro, não o passado, que lhe reserva coisas magníficas. Então avance em direção a ele, numa escalada firme e resoluta; como eternizou a poetisa Veronica Shoffstall, “com a cabeça erguida e os olhos adiante”. Sempre.

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