Vontade de poder

Ter algum controle sobre o próprio destino é uma das maiores ambições do ser humano. Com esse propósito, e na falta de algo mais concreto, apostamos nos mais variados subterfúgios, como os chamados “pensamentos mágicos”. Quem nunca acreditou, por exemplo, que estar vestindo a camiseta do time é crucial para vitória dele na partida? Ou que entrar com o pé direito no local de prova será determinante para a aprovação no concurso? Isso, porém, não se confunde com outra prática bem comum, a repetição do mantra “eu consigo”. À primeira vista, a técnica pode soar como mero exercício de autoafirmação, mas, como a filosofia e a ciência têm demonstrado, não é bem por aí. É sobre isso que quero conversar com você hoje.

Atualmente, predomina o entendimento de que a repetição consciente da afirmação “eu consigo” atua como uma forma de reprogramação mental. A técnica é validada pela noção de neuroplasticidade, que sugere que o cérebro é capaz de formar novas conexões e caminhos neurais em resposta a experiências repetitivas. Na prática, substituímos dúvidas e inseguranças por uma crença fortalecida na própria capacidade de superação.

A relevância desse conceito se entrelaça, no campo da filosofia, com a ideia nietzschiana da “vontade de poder”, que postula a necessidade de vencer adversidades e de transcender as próprias limitações como algo que é da essência da vida. Nesse contexto, a fórmula “eu consigo” não apenas rejeita a inércia em face dos contratempos como também exalta a capacidade que todos temos de moldar o caos do mundo conforme nossas aspirações.

Se a filosofia já dava seu testemunho da importância de um modelo mental resiliente, a ciência do comportamento contemporânea veio contribuir para essa discussão com a noção de autoeficácia introduzida por Albert Bandura. Em poucas palavras, o psicólogo canadense sublinha a confiança como precursora da ação. O “eu consigo” nutre essa confiança, reforçando a autoeficácia e, por conseguinte, aumentando a probabilidade de persistência e superação dos obstáculos.

Como se vê, a adoção de mantras positivos como o “eu consigo” encontra amparo na fusão de percepções científicas e filosóficas sobre a natureza humana e o poder da mente. É o reconhecimento da capacidade de encarar os percalços da vida e emergir fortalecido, um processo de evolução pessoal lastreado na ciência e na reflexão filosófica.

No contexto do estudo para concursos públicos, um ambiente caracterizado pela natureza desafiadora e por vezes desgastante, um princípio orientador como o “eu consigo” assume a função de baluarte contra a erosão mental e emocional. Preparar-se para concursos, como você bem sabe, é uma empreitada de resistência e tenacidade, na qual a rejeição e o fracasso são riscos reais. Recorrer à ciência da neuroplasticidade e à filosofia da vontade de poder surge, então, como uma boa ideia para quem deseja persistir.

Assim, encarar cada videoaula ou PDF do GRAN, cada simulado e cada minuto de estudo como oportunidades para fortalecer as conexões neurais e reafirmar a própria capacidade de superação transforma essa fase em mais uma etapa de crescimento pessoal. Estamos falando de uma jornada de metamorfose interna, de consolidação da vontade e de fé inabalável no próprio potencial.

Para o concurseiro, “eu consigo” é mais que uma frase; é compromisso com o aprimoramento contínuo e prova de que, com a mentalidade correta, as possibilidades são mesmo ilimitadas. As inúmeras histórias de sucesso que acompanhamos aqui, no GRAN, dão o testemunho de que a capacidade de alcançar objetivos é inerente a todos nós. Pode ser difícil acreditar nisso em momentos de dúvida, mas a realidade é que, independentemente das circunstâncias, você também nasceu dotado da força necessária para triunfar em seus projetos.

Depois de ter entrevistado mais de 250 aprovados no canal Imparável, de todos os perfis e origens imagináveis, posso afirmar com toda a certeza: todo mundo pode, inclusive você.

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