É fato: o Decreto Nº 6.583, de 29 de setembro de 2008 – também conhecido como O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa -, entrou em vigência plena em 1º de janeiro de 2016. Passamos SEIS ANOS nos adaptando às novas regras; o surpreendente é, todavia, ainda nos sentirmos desamparados quanto a esse assunto. O objetivo desse artigo é discutir alguns detalhes acerca desse dispositivo legal que tem tirado a paz daqueles que dependem da língua portuguesa em suas relações pessoais, profissionais ou estudantis (ou seja, todos nós)!
O objetivo do Novo Acordo Ortográfico é unificar a ortografia da maioria dos países integrantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Estão envolvidos Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A justificativa legal para a adoção dessa medida é dar maior prestígio e notoriedade à língua portuguesa, que é a sexta mais usada no mundo.
Contudo, cabe destacar que o Novo Acordo não é tão novo assim. Ele foi assinado pela primeira vez em 1990, mas já era problematizado na década de 70. Esse assunto ficou estagnado por anos! A má política do idioma adotada para a língua portuguesa fez com que esse assunto voltasse a ser discutido; e, então, fomos submetidos à implementação da nova ortografia.
Vejo, cotidianamente, pessoas desesperadas afirmarem “eu já não sabia português, e ainda criam uma nova regra”! A elas, digo que não há razão para tanto desespero! Apenas cerca de 0,5% da ortografia do português do Brasil foi afetado! Isso significa dizer que 99,5% dos vocábulos não foram alterados! Outro ponto que merece destaque: o acordo é só ortográfico; ou seja, afeta só a forma de escrever. Todas as pronúncias foram mantidas. Mas, para mim, como professor de português e linguista, o maior ganho do Novo Acordo foi este: voltamos a discutir como se ensina o português no Brasil.
A proposta de nova ortografia implementada está longe de ser perfeita. Há diversos pontos questionáveis (e até dispensáveis). Mas isso motivou em parte significativa da comunidade acadêmica uma discussão acerca dos métodos adotados no Brasil para ensinar formalmente a língua portuguesa. Já constatamos que meramente decorar preceitos gramaticais não é a chave; mas também presenciamos recentemente que apenas discutir o texto, sem dar atenção às suas unidades funcionais de composição, também é um modelo falho. A sociedade cobra medidas urgentes quanto a isso, pois o perfeito entendimento da língua dá ao usuário o pleno entendimento do mundo que o rodeia! Como as pessoas podem compreender tantos outros diversos assuntos, quando estes são expressos por meio do português? O brasileiro quer dominar a língua portuguesa, e o Novo Acordo é um microcosmo linguístico excelente para iniciarmos essa discussão.
Aos que estudam para concursos, Enem ou vestibulares, o domínio das novas regras é fundamental! Elas serão cobradas em provas objetivas e devem ser empregadas em provas discursivas. No entanto, o que se cobrará nas provas?
Por esse motivo, eu e o Gran Cursos Online promovemos, no dia 17 de junho, uma palestra ao vivo e gratuita sobre Novo Acordo Ortográfico e seus impactos cotidianos, em provas e redações. A transmissão foi transmitida ao vivo no canal do Gran Cursos Online, no YouTube! Confira abaixo:
Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de professor em vários colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramática, redação discursiva e interpretação de textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por esta razão, recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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