Adenovírus 41: conheça o provável “vilão” dos casos da “hepatite misteriosa” em crianças

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Olá meus queridos alunos do time Gran Cursos! Sejam bem vindos a mais um artigo em nosso Blog, no qual eu trarei para vocês os principais pontos envolvendo mais um vírus que está na moda atualmente e que pode ser tema de uma questão em sua prova, não é mesmo?

Trata-se de um vírus já bastante conhecido, pertencente ao grupo dos adenovírus, mais especificamente o Adenovirus 41 comumente responsável por quadros de gastroenterite aguda pediátrica, diarreia, vômitos e febre.

De forma surpreendente, recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a notificar diversos casos de uma hepatite aguda, de origem desconhecida, entre crianças de 1 mês a 16 anos de idade, em 35 paísesao redor do mundo. Já são pelo menos 1.010 casos registrados, sendo que 46 crianças precisaram de transplantes de fígado e 22 vieram a óbito.

Vale lembrar que o termo hepatite designa qualquer inflamação do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus A, B, C, D e E (sendo que os três primeiros são os mais frequentes no Brasil e nos EUA), bem como pelo abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios).

De modo geral, os vírus da hepatite A e E, transmitidos por água e alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas, causam quadros agudos da doença. Porém, nos casos infantis reportados pela OMS, os vírus A, B, C, D e E não foram detectados em nenhuma das amostras submetidas a testes laboratoriais, enquanto em cerca de 70% dos casos foi isolado o adenovírus 41.

Assim, considerando que em muitos casos, a infecção por adenovírus foi detectada nas crianças afetadas, a ligação entre os dois está sendo investigada como uma das hipóteses para a causa da doença.

Este vírus, de DNA de dupla hélice, se propaga por contato pessoal próximo, gotículas e fômites, razão pela qual a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomenda o uso de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar para prevenir infecções, que também podem proteger contra a transmissão do adenovírus.

Interessante pontuar que muito se falou sobre o fato de o adenovirus ser um vetor em ao menos uma das vacinas aprovadas para COVID-19, o que trouxe à tona a questão: seria a vacina a causa destes casos de “hepatite misteriosa”?

Porém, com base nas informações atuais, a grande maioria das crianças relatadas com a hepatite aguda não recebeu a vacina contra COVID-19, descartando uma ligação entre os casos e a vacinação neste momento. Em alguns casos relatados, foi detectada a presença do vírus SARS-CoV-2, e esta é uma das linhas de investigação em andamento.

No Brasil, até o momento, seis casos são considerados “inconclusivos”, dos quais três precisaram de transplante e uma criança morreu. Um outro caso é tratado como provável, segundo informe divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 14 de julho. A pasta tem acompanhado e monitorado a incidência de casos de hepatite aguda grave no Brasil em crianças e adolescentes. Ao todo, 44 casos seguem em análise como “suspeitos”.

Para analisar os casos, o Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação que conta com a participação de especialistas do próprio Ministério e também da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada, mas os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou vômito, e aos sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.

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Um forte abraço e bons estudos!

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