Anatomia da criança: conhecer para saber responder!

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07 de outubro2 min. de leitura

Caros colegas concurseiros,

Eis um tema de alta relevância para concursos públicos!!! Sabem aquela questão bem específica que cai na prova e poucos sabem responder? Pois bem, há grandes chances dessa questão ser do tema “anatomia da criança”.

Por que estudar esse assunto? Além de cair na prova de cargos específicos da área de pediatria, pode também ser cobrado em qualquer prova, afinal o tema “ANATOMIA” tem sido bem constante nos concursos públicos de nível médio e superior.

Conhecer a anatomia da criança também ajuda a responder questões que não sejam diretamente de anatomia, mas de trauma, violência, amamentação, triagem neonatal, crescimento e desenvolvimento, dentre tantos outros.

Este artigo traz um apanhado geral do que é mais importante para se elencar dentro do tema proposto. Faremos as observação de modo cefalopodal, pois isso facilita o entendimento.

Primeiro ponto: a cabeça da criança. Questão comum de prova é saber sobre as fontanelas, as populares “moleiras”. O recém-nascido deve apresentar 2 fontanelas principais, anterior e posterior, ou bregmática e lambdoide, conforme Figura 1.

Em média, a fontanela lambdoide se fecha, formando a sutura chamada lambda, por volta dos 6 meses de idade, enquanto na bregmática isso ocorre até os dois anos de idade, podendo se estender até os 4 anos!!! Ressalte-se que a presença das fontanelas é essencial para a passagem do feto pelo canal de parto natural.

Ainda na cabeça, lembremos que há uma proporção diferente entre esta e o corpo do bebê. Enquanto no adulto a cabeça representa 1/12 do corpo, ela chega a ser 1/4 (25%) do corpo do recém-nascido. Então imaginem a importância dessa porção do corpo para essa idade, em especial quando tratamos de traumas e queimaduras.

E com os dentes, como acontece? Por volta dos 6 meses de idade, aparecem (irrupção dentária) os primeiros dentes decíduos (de leite), comumente os incisivos. Já a troca pelos dentes permanentes se dá por volta dos 8 anos de idade.

Vocês sabiam que há uma relação peculiar entre alimentação e irrupção dentária? Quanto melhor a alimentação, mais tardiamente há a troca de dentes. Bebês que estão em aleitamento exclusivo têm a primeira irrupção mais tardiamente do que os bebês que já se alimentam com leite artificial.

Descendo mais um pouco, chegamos à laringe. Na criança, a epiglote está em posição mais alta que no adulto, aproximadamente alinhada com o áxis. Ao longo do crescimento, a epiglote desce e alcança um espaço entre C3 e C6. Esse conhecimento é importante para saber, por exemplo, que a intubação traqueal se torna mais fácil com as lâminas retas.

No tórax, encontramos um coração proporcionalmente grande e globoso (diferente do adulto, que tem um coração pontudo), com peso aproximado de 25 g ao nascer e em posição mais alta: entre o 2º e o 3º espaço intercostais.

Já no abdome, existe um fígado também proporcionalmente grande, ocupando 40% da cavidade abdominal e com uma borda facilmente palpável. Comparativamente, o fígado do recém-nascido é o dobro do fígado do adulto.

A cavidade pélvica da criança é curta e rasa, com a bexiga então mais vulnerável a traumas. Somente na puberdade que a bexiga alcança um local de proteção dentro da pelve. Por falar em pelve, lembremos da coluna vertebral. A forma inicial da coluna lembra um “C”. O neonato não possui as curvaturas secundárias. A primeira que se forma é a cervical, por volta dos 4 meses, e a lombar se formará por volta dos 9 meses. Vocês conseguem associar a formatura destas curvaturas com algum marco do desenvolvimento infantil? Pois há: o sustentar do pescoço e o sentar-se sozinho, respectivamente (Figura 2)! Interessante, não?

 

Então é isso, colegas! Esses foram os principais pontos que eu poderia trazer para vocês.

Estou à disposição para maiores esclarecimentos. Bons estudos!!! Sucesso para todos!!!

Lincoln Vitor Santos

Consultor Técnico-Legislativo da CLDF. Enfermeiro graduado pela Universidade Federal de Sergipe, com Mestrado em Biologia Parasitária/UFS. Especialista em Gestão em Saúde/Fiocruz e em Direito Sanitário/Uninassau. Aprovado em mais de 15 cargos públicos, tendo atuado como Enfermeiro do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, Enfermeiro Emergencista da Prefeitura Municipal de Aracaju e Enfermeiro de Saúde da Família em São Cristóvão e Itabaiana, dentre outros.

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