Às vésperas das provas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, que compõem a Segunda Fase do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), bons CACDistas acabam se perdendo sem saber como se preparar e aproveitar bem os poucos dias disponíveis. Como muitos optam por estratégia equivocada, esses exames acabam sendo determinantes no resultado final do Concurso.
Ainda que não exista um único caminho para o sucesso, pode-se dizer, sem medo de errar, que a primeira e mais importante dica neste momento é escrever mais do que ler, exatamente o contrário do que normalmente se faz durante a preparação para o CACD. Isso parece simples, mas não é óbvio e exige dos candidatos uma mudança brusca de padrão de estudos.
As provas de Português e Inglês demandam, claro, conhecimento aprofundado de gramática e linguagem. Além disso, as redações necessitam expor conteúdo, ou seja, informações sobre o tema proposto. Para isso, sem dúvida, é necessário muita leitura. Por que, então, deixar de estudar? Não é essa a sugestão que dou, mas o sucesso em um concurso público depende de uma boa estratégia e, nesse sentido, as ações devem ser planejadas e ocorrer no momento certo.
A poucos dias das provas, não dá para aprender inglês no nível exigido, nem adquirir conhecimentos sólidos sobre assuntos complexos. Mesmo porque, as chances de se acertar os temas a serem cobrados são bastante reduzidas. Ler muito sobre o que se imagina que será cobrado é como dar tiros do escuro. Logo, o mais provável, ao se seguir essa estratégia, será o desperdício de um tempo precioso.
O que fazer, então? Sugiro preparar-se para saber expor, da forma mais clara e objetiva possível o que você já sabe, os conhecimentos de que já dispõe. Lembro-de de uma palestra que assisti do colunista da Folha de São Paulo Elio Gaspari, jornalista muito experiente, que contou ter sido procurado pela filha adolescente para lhe apresentar um trabalho da escola. Ao terminar a exposição, ele perguntou a ela o que quis dizer com seu texto, ao que ela respondeu com clareza a mensagem que pretendeu passar. Em seguida, ele a questionou: “se você queria dizer isso, por que não disse?”.
De nada adianta ter conteúdo e não o saber transmitir. Uma das principais qualidades de um bom diplomata é saber se comunicar bem por escrito. Isso o CACD avalia muito apropriadamente. E como o formato é bastante específico e o tempo, curto — não se iluda com as cinco horas, pois passam muito rapidamente, acredite! –, o treino torna-se imprescindível. Você não pode ser pego(a) de surpresa por detalhes previsíveis. Por exemplo: você sabe quantas palavras mais ou menos consegue escrever em uma linha? Pois saiba que essa informação, que parece boba, pode ser decisiva em seu resultado.
Neste momento, portanto, é fundamental que você pratique o máximo que puder, de acordo com o formato das provas que irá encarar. Aprenda a controlar seu tempo, inclusive levando em conta o que precisará para passar do rascunho ao texto final. O melhor modo de se fazer isso é simular as mesmas condições que enfrentará nos dias de prova. Procure, assim, repetir à exaustão o percurso que irá encontrar.
Faça as provas da Segunda Fase dos últimos CACDs no mesmo horário em que serão aplicadas. Claro que os temas dos exames anteriores não deverão ser repetidos, mas isso importa pouco neste momento. O que você precisa treinar é o formato. Por isso, saber o tamanho de sua letra e o espaço de que irá precisar para produzir textos dentro da extensão dobrada é essencial. Assim, não perderá precioso tempo na hora do exame contanto palavras.
Se pela manhã sente mais sono, acostume-se a acordar a tempo de estar bem despertada(o) no horário dos exames. Calcule o tempo necessário para encarar cada parte das provas, considerando o que será preciso para passar as versões de rascunho às definitivas. Saiba e treine um determinado número de parágrafos, preferencialmente de extensões similares e com adequada conexão e coerência entre eles. Escreva com letra legível, pois os examinadores não perderão tempo tentando decifrar garranchos. Se sua caligrafia não for adequada, você precisará de mais tempo para escrever de modo mais caprichado.
Claro que não adianta muito produzir esses textos e não receber avaliação adequada para melhorar. O curso para a Segunda Fase oferecido pelo Gran Cursos Online oferece ferramenta moderna, democrática e dinâmica para essa preparação. Nossos alunos dispõem de um pacote de produções textuais em português e inglês, com correções online e rápida de excelentes professores, de acordo com os critérios de correção dessas provas do CACD.
Além disso, semanalmente são propostos temas para exercícios desses exames e as correções são discutidas em aulas ao vivo para os alunos que escrevem dentro do prazo proposto. Com isso, os demais podem aprender também de acordo com erros e acertos dos concorrentes. Ou seja, acabou a necessidade de encontrar presencialmente um professor nos grandes centros. Qualquer um pode fazer isso de qualquer lugar e a um custo bastante razoável. Acabou a desculpa para não praticar para a Segunda Fase. Mãos à obra é boa sorte!
Prof.Jean Marcel Fernandes – Coordenador Científico
Nomeado Terceiro-Secretário na Carreira de Diplomata em 14/06/2000. Serviu na Embaixada do Brasil em Paris, entre 2001 e 2002. Concluiu o Curso de Formação do Instituto Rio Branco em julho de 2002. Lotado no Instituto Rio Branco, como Chefe da Secretaria, em julho de 2002. Serviu na Embaixada do Brasil em Buenos Aires – Setor Político, entre 2004 e 2007. Promovido a Segundo-Secretário em dezembro de 2004. Concluiu Mestrado em Diplomacia, pelo Instituto Rio Branco, em julho de 2005. Publicou o livro “A promoção da paz pelo Direito Internacional Humanitário”, Fabris Editor, Porto Alegre, em maio de 2006. Saiba +
Com o objetivo de preparar os candidatos para o concurso de Admissão à Carreira de Diplomata, um dos mais difíceis do país, o Gran Cursos Online lançou um novo curso de preparação para a 2ª fase do CACD 2017 e preparação extensiva para o CACD 2018, composto por teoria e exercícios. Nosso objetivo é ajudá-lo na consolidação de seu conhecimento e, consequentemente, na realização de uma excelente preparação para o próximo concurso. Além das orientações de uma equipe altamente qualificada (diplomatas e especialistas), que irá destacar e desvelar os principais tópicos de cada disciplina, você contará, ainda, com as preciosas dicas sobre as particularidades da banca CESPE, um ano de acesso ao conteúdo, visualizações ilimitadas e outros diferenciais. Com esse curso você se prepara de forma antecipada e eficaz!
Olá Jean. Eu não entendia nada de Diplomacia, mas bateu uma curiosidade. Uma das primeiras coisas que achei foi sua entrevista pro Gran Cursos e logo me interessei. Tenho 18 anos e pretendo começar uma faculdade de história. Eu não paro de pensar nessa carreira de diplomata, tanto que deixei um pouco de lado a possibilidade de estudar para medicina em uma federal. Na boa, nada mais enche tanto meus olhos como o Itamaraty, tem tudo a ver comigo. Mas tenho umas dúvidas que não consigo resposta em nenhum lugar ainda. Lá vai.
Se um diplomata vai para outros país, ele costuma levar móveis para esse outro país? Por exemplo, se você passa 2 ou 3 anos em cada lugar, é comum a pessoal ter que renovar a mobília de sua nova casa e vender na hora de ir embora? Ou não, há um meio não tão caro ou até mesmo custeado pelo Itamaraty na hora da remoção para levar suas coisas sem preocupação de peso ou volume?
Outra dúvida: Sou um cara muito família. Estou analisando se realmente vale a pena passar metade da minha carreira longe dos pais, irmãos e avós. Mas pelo menos planejo passar os primeiros 10 a 15 anos da carreira só no exterior, para depois poder viver tranquilamente no Brasil enquanto subo na carreira, planejo isso pelo menos né rsrsrs. Mas pelo que sei existem muitos escritórios do ministério pelo país mesmo. Minha família é em grande parte carioca, então seria crucial saber se posso trabalhar no escritório do Rio de Janeiro enquanto estou no Brasil. É fácil essa remoção? Posso trabalhar em um país, e depois voltar facilmente para o Rio?
A parte da mudança é mais um curiosidade mesmo, mas preciso mesmo saber se posso morar perto da minha família enquanto estiver no Brasil, pois não tenho muita vontade de morar por tanto tempo em Brasília além do tempo necessário para o início da carreira.
Ainda não me decidi de uma vez por casar com o CACD por questões como essa. Então responda por favor com muita sinceridade e carinho rsrsrs. Sua entrevista foi essencial na hora de conhecer o CACD.
Abraços!