Como fazer um recurso imbatível na discursiva da PF 2021

3 dicas imperdíveis para você se dar bem na fase de recursos e subir posições no ranking de classificação do concurso da Polícia Federal.

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Você está atento a todas as fases do concurso da PF?

A resposta de 99% dos candidatos vai ser um sonoro “SIM”. Afinal, candidato que se preze devora todo o edital e conhece suas diversas fases.

Passada a primeira etapa das provas, com certeza você deve estar treinando para o TAF e preocupado com a realização dos exames de saúde.

Mas será que você percebeu que o prazo de interposição de recursos da prova discursiva pode ser decisivo para você seguir em frente e ter mais folga nas etapas futuras (spoiler: SERÁ DECISIVO DEMAIS NESSE CERTAME!)?

Isso mesmo! A cada etapa do concurso, a disputa fica mais acirrada, e cada décimo conquistado passa a ser fundamental para você aumentar dezenas de posições no ranking de classificação (ou até mesmo centenas de posições).

Por isso, quero que você preste atenção nessa frase profética: “A FASE DE RECURSOS DE DISCURSIVAS DA POLÍCIA FEDERAL SERÁ DECISIVA”.

Especificamente no concurso da PF para os cargos de Agente, Escrivão e Papiloscopista, você deve ter em mente que essa etapa será decisiva pela quantidade de candidatos e, também, pelo tema que foi cobrado na prova discursiva.

Portanto, aqui vão três dicas para as quais você deve ficar atento para se dar bem:

 

DICA Nº 1 – VAI SER SUA ÚLTIMA CHANCE PARA MELHORAR POSIÇÕES NO RANKING DE CLASSIFICAÇÃO

Nesse momento, eu tenho uma boa notícia para dar, mas também existe uma má notícia por trás.

A boa notícia é que o pior já passou. As próximas etapas do concurso não vão te exigir mentalmente a ponto de você ficar sem dormir por não saber se vai subir ou cair na classificação final, ou seja, elas NÃO SERÃO MAIS CLASSIFICATÓRIAS.

Veja o quadro a seguir:

 

Obs: a P5 só serve para o cargo de Escrivão. Os cargos de Agente e de Papiloscopista não possuem prova prática de digitação.

 

Percebeu? Só a P1 e a P2 possuem caráter eliminatório e classificatório. Da P3 em diante, o caráter é apenas eliminatório.

Conclusão: nas próximas etapas, você terá apenas de se preparar para atingir os requisitos mínimos com o objetivo de não ser ELIMINADO, como, por exemplo, no TAF. Ufa!

Sendo assim, o perrengue todo que existe com a classificação ainda tem uma sobrevida com a FASE DE RECURSOS DA DISCURSIVA. E é agora que preciso te alertar e contar a má notícia.

A má notícia é que, se você ficar parado e confortável com a nota que tirou preliminarmente na prova discursiva, suas chances de continuar na posição obtida na classificação final são raríssimas (para não dizer nulas).

Ou seja, você precisa se mexer!

A janela de oportunidade para interpor recursos DEVE ser utilizada com inteligência para você não perder o território conquistado e subir posições preciosas no ranking, isto é: você tem de ser um CONCURSEIRO SAFO.

A lógica é simples:

1 – Você terá muitos concorrentes insatisfeitos com a pontuação da discursiva, isso é um fato.

2 – Esses candidatos incluirão seus apelos de revisão da prova discursiva no site da banca.

3 – Ao final, uma parte deles conseguirá alavancar a nota.

4 – Uns conseguirão poucos décimos, outros conseguirão bons pontos a mais.

Caso você fique parado assistindo tudo isso acontecer, o resultado mais provável desse movimento é que você seja ultrapassado por alguns vários concorrentes que estavam lá atrás na classificação com nota pior que a sua.

E o que você já deve estar prevendo acontece na real: VOCÊ VAI FICANDO LITERALMENTE PARA TRÁS!

No concurso da PF, não há espaço para CONCURSEIRO INOCENTE. Só vai passar quem tiver consciência de todas as batalhas que devem ser enfrentadas. E digo com toda experiência: a batalha da fase de recursos não pode ser negligenciada.

Vou te contar uma história pessoal. Talvez, ao ilustrar com meu caso, você perceba como a situação pode se desenrolar.

Já fui um concurseiro bem inocente (ênfase no “bem inocente”). No segundo concurso que prestei, disputei contra 1.700 pessoas as 19 vagas do edital. Tinha obtido a 17ª posição após o resultado preliminar. Ótimo! Dentro das vagas. Pulei de alegria e saí espalhando essa boa notícia para quem conhecia e para quem não conhecia. Aquilo representava o auge de um trabalho de seis meses de muita dedicação!

Mas eu esqueci de olhar à minha volta e não percebi que havia candidatos nas vagas remanescentes, atrás de mim, que estavam sedentos para entrar na lista dos 19 classificados dentro das vagas.

Acredite: achei que o meu já estava garantido. A confiança estava inabalável. Optei por não me movimentar para fazer o recurso da prova discursiva. 20 dias depois, saiu o resultado final e eu tinha caído para a posição 19.

Isto é, após os recursos, dois candidatos me ultrapassaram, e eu acabei ficando com a última vaga possível no edital.

Moral da história: uma pitada de inexperiência e um excesso de autoconfiança quase minaram as chances de eu assumir meu primeiro cargo público. Foi um gol de um concurseiro inocente que passou raspando na trave antes de entrar.

 

DICA Nº 2 – A BANCA DIVULGOU UM PADRÃO DE RESPOSTA PRELIMINAR EM QUE A ESCALA DE PONTUAÇÃO TENDE A SER BASTANTE SUBJETIVA

No padrão de resposta do concurso da PF, analisei que o que se espera do candidato não está tão claro. Isso significa que, quando a banca não ENQUADRA o candidato em nenhuma linha específica de conteúdo, abre-se a oportunidade para que haja maior subjetividade na correção do examinador da prova.

“Como é, professor Bruno? Não entendi essa história de que a banca necessitava ter uma linha específica”.

Calma, eu explico.

Em muitas provas dissertativas, a banca pede no enunciado que o candidato não deixe de abordar determinado item e, no padrão de resposta, inclui a escala de conceitos para que o EXAMINADOR possa dar pontuações coerentes com o que se espera encontrar no texto.

A lista abaixo indica como os quesitos 2.1, 2.2 e 2.3 dos aspectos MACROESTRUTURAIS (de conteúdo) são avaliados na prova:

Analisando rapidamente os conceitos acima, percebe-se que a banca separa os fortes dos fracos apenas com a diferença na menção final em “[…] mas não o desenvolveu adequadamente” e “[…] e desenvolveu-a adequadamente” em cada um dos três quesitos. Isso é muito pobre! Dá margem para subjetividade.

Perceba que a escala de conceitos que se encontra no padrão resposta é apenas de 0, 1 e 2.

 

Isso significa:

Conceito 0 = não respondeu

Conceito 1 = respondeu parcialmente

Conceito 2 = respondeu completamente

 

Em outras palavras, o candidato está refém de 0% da nota, ou de 50% da nota, ou de 100% da nota.

Essa indicação genérica de como o candidato se comportou no texto dá bastante pano para manga.

Você deve concordar comigo que existem muitas nuances possíveis entre 0% e 100% (da nota mínima à nota máxima). No entanto, a banca só colocou a possibilidade de ser metade (50%) para quem abordou parcialmente o tema.

A banca organizadora poderia ter escalonado em mais conceitos. Como sugestão, poderia ser: 0%, 20%, 40%, 60%, 80% e 100%.

Diante dessa fragilidade do padrão resposta é que entra o espírito do candidato insatisfeito quando ele acreditar que merece mais do que 50% da nota.

E aí, futuro Policial Federal? Entendeu onde está o grande indicativo de que vão chover recursos individuais na prova discursiva da PF?

Essa subjetividade pode acontecer na correção de muitas provas, porque ninguém teve tempo para explicar o que significa o termo “ADEQUADAMENTE” para cada um dos examinadores que corrigiram as mais de 4.507 redações do concurso.

Não dá para alinhar com todos eles que parâmetros de adequação são esses. Portanto, a linha de avaliação acaba se tornando genérica demais.

Em outras palavras: a falha está no seguinte: “o que pode parecer uma ABORDAGEM ADEQUADA para você pode não soar ADEQUADO O BASTANTE para mim, e vice-versa”.

O CESPE/CEBRASPE vacilou nesse padrão de resposta e inadvertidamente deixou muita margem para manobra. Sorte a sua, que tem conhecimento dessa informação preciosa.

Nesse momento, entra o PODER ARGUMENTATIVO DE APELAÇÃO na fase de recurso da discursiva.

É com essa informação que você tem de ancorar suas ideias e partir para aproveitar essa janela de oportunidade que a banca concede aos candidatos.

Perceba que a prova em si foi muito bem desenhada, contando com um enunciado interessante, além de excelentes pedidos feitos nos três tópicos. Porém, a subjetividade com que se tratou a escala dos conceitos faz com que seja inevitável a ação apelativa do CONCURSEIRO SAFO e que está atento às brechas deixadas na prova.

Fui claro em relação aos aspectos macroestruturais de conteúdo, não é?

Agora vamos aos aspectos gramaticais.

 

DICA Nº 3 – RECUPERE DESCONTOS NOS ASPECTOS MICROESTRUTURAIS/GRAMATICAIS DA PROVA, POIS SÃO FUNDAMENTAIS PARA MELHORAR SUA NOTA FINAL

Os aspectos microestruturais nada mais são do que a correção dos itens gramaticais feita pelo examinador, a saber: ortografia, morfossintaxe e propriedade vocabular.

Aqui é a hora em que o examinador verifica o domínio da norma culta formal, com atenção à estrutura sintática de orações e períodos; o uso de elementos coesivos; a concordância verbal e nominal; a pontuação; a regência verbal e nominal; o emprego de pronomes; a flexão verbal e nominal; o uso de tempos e modos verbais; a grafia e a acentuação.

No momento em que você está escrevendo a dissertação, os aspectos microestruturais não precisam ser o foco da atenção.

“Claro, professor Bruno, pois todos sabem que o foco está no conteúdo do texto, que representa quase a totalidade dos pontos da prova. Isso é óbvio!”. Ok.

Os aspectos microestruturais funcionam na prova dissertativa com o papel que eu chamo de “SUGADORES DE PONTUAÇÃO”.

Ou seja: o aspecto gramatical para a banca CESPE/CEBRASPE é o responsável por descontos na nota da dissertação e pune quem comete muitas falhas.

Atente-se para o fato de que alguns descontos podem acarretar um bom impacto na nota final, principalmente se o examinador tiver apontado 10 ou mais erros nas suas linhas.

Duvida? Então veja o exemplo de uma candidata (que pediu para ficar no anonimato), que tirou nota máxima em conteúdo (macroestrutura) na última prova da PRF (aquela mesma que aconteceu algumas semanas atrás), mas que não levou a pontuação de 20,00 (que era a nota máxima), porque se verificaram 17 linhas com erros gramaticais.

Veja como ficou a grade de correção dela:

 

 

Cada erro de grafia ou de morfossintaxe que ela cometeu teve um impacto grande no cálculo, fazendo com que a nota final deixasse de ser 20,00 pontos e passasse a ser 17,73 pontos. Ui! Essa doeu!

Ela deixou de ter a chance de gabaritar 100% da nota e obteve algo em torno de 88% da nota máxima. O aspecto microestrutural foi responsável por subtrair aproximadamente 12% da nota dessa candidata.

E acredite: houve perda significativa de posições no ranking de classificação do concurso devido ao desconto desses 2,27 pontos!

O recado é claro: observe o que a banca apontará em cada linha do texto nos aspectos gramaticais, pois cada décimo importa! Portanto, dê atenção aos aspectos microestruturais da prova dissertativa da PF. Recurso no aspecto microestrutural pode representar estar dentro ou estar fora dos classificados.

 

RESUMINDO:

As três dicas são:

  1. Você só terá mais essa chance de conseguir escalar sua nota no ranking do concurso da PF. Não desperdice essa janela de oportunidade. Se joga no recurso!
  2. Preste atenção no enquadramento que você obtiver dos conceitos de correção nos itens 2.1, 2.2, 2.3 do aspecto macroestrutural da prova, pois existem grandes chances de estarem subavaliados pelo examinador.
  3. Não negligencie os décimos que podem ter sido descontados no aspecto microestrutural. A parte gramatical pode e deve ser objeto da apelação quando não há justificativa razoável para a diminuição.

Não seja um CONCURSEIRO INOCENTE, siga os seguintes passos para se dar bem:

  1. Analise sua prova e a grade de correção e as compare ao padrão de resposta divulgado no site do CESPE/CEBRASPE.
  2. Verifique os possíveis erros do examinador com um amigo, um colega ou um mentor experiente em concursos e elenque aqueles itens avaliados que chamam sua atenção para a revisão de pontuação.
  3. Monte seu recurso e envie para a banca em tempo hábil. Geralmente, o prazo de submissão do recurso no sistema se encerra às 18h do dia seguinte ao da prova. Não deixe para a última hora, porque o site fica congestionado.

Atenção! É possível aprender a interpor recurso na prova discursiva assistindo vídeos de professores que explicam como fazer. Seja direto e objetivo no pedido à banca, embasando-se bem e procure fugir de usar uma linguagem demasiadamente coloquial ou demasiadamente formal (equilíbrio é tudo).

Pode não ser fácil elaborar um recurso para quem está fazendo isso pela primeira vez, mas não é impossível.

Se você considerar essa tarefa difícil demais, há a possibilidade de contratar um especialista para fazer seu recurso. Conheço alguns bons professores que prestam esse serviço, cumprem rigorosamente seus prazos e são referências na área, com histórico de majoração em diversos certames.

Dica final: um auxílio profissional pode te ajudar enormemente nessa etapa caso você tenha recursos financeiros. Pense nisso!

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Por fim, espero que tenha gostado do texto e que esteja conseguindo manter o foco nesse período difícil em que vivemos.

Sugiro que você conheça a nossa equipe de Gran Xperts para te auxiliar com as suas metas de estudo e a organização do seu processo de aprendizado para acelerar sua entrada no serviço público.

Espero que tenha gostado das dicas e que esteja consciente da importância que a nota da discursiva tem na manutenção ou na SUBIDA DA SUA POSIÇÃO NO RANKING DA CLASSIFICAÇÃO do certame.

Não perca a oportunidade de entrar em contato com a nossa equipe de Gran Xperts para que possamos te auxiliar nesse processo, para que cada batalha seja vencida com mais facilidade.

 

Para qualquer dúvida nessa fase ou indicação de especialista em recurso, você pode entrar em contato comigo:

 

– mandando um e-mail para prof.brunopimentel@gmail.com;

– enviando um direct no Instagram em https://www.instagram.com/prof.brunopimentel/; ou

– dando um “oi” para mim no Telegram https://t.me/profbrunopimentel.

Foco na missão, guerreiro!

Você é capaz.

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Para quem não me conhece: sou Bruno Pimentel, Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC) do Tesouro Nacional.

Realizo coaching no Gran Cursos Online. Sou da equipe de estrelas do Gran Xperts. Sou membro da Sociedade Latino Americana de Coach (SLAC) e certificado em coaching com a certificação Professional Coach Certification – PCC®.

Tenho 11 anos de experiência como servidor público federal, e logrei êxito em diversos certames federais e estaduais com as bancas: CESPE/CEBRASPE, FCC, FGV e ESAF.

Possuo mestrado e sou especialista em discursivas com foco em Estudos de Caso e em Peças Técnicas: elaboro temas, corrijo textos e dou consultoria no tema.

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