Vários estudos apontam para um elevado índice de transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, entre os estudantes, sobretudo naqueles que se encontram no terceiro ano do ensino médio e os universitários do primeiro ano. O que denota a fundamental importância de um serviço de orientação ao aluno nas escolas e universidades, para assistência nas questões acadêmicas, vocacionais e pessoais com o objetivo de prevenir ou minimizar esses transtornos, situação que leva a prejuízos pessoais e sociais, bem como ao afastamento do curso. Contudo, cada professor, também, pode fazer a sua parte nesse sentido, fornecendo aos seus alunos algumas orientações que venham a facilitar o seu desempenho durante o curso. Dentre as medidas preventivas de maior relevância destaca-se a orientação ao aluno de como estudar de forma organizada, mantendo a sua qualidade de vida.
As notas não medem uma pessoa, nem constituem a única medida de avaliação do desempenho de um aluno. São um instrumento avaliador bastante imperfeito daquilo que ele aprendeu em seus vários cursos. As pessoas podem aprender muito e adquirir uma boa instrução sem obter notas altas, e alguns estudantes, que só tiram conceito A, podem concentrar-se tanto em fazer o que é preciso, só para tirar boas notas.
Diversas pesquisas demonstram que os alunos que receberam orientação sobre métodos de estudo tiraram notas melhores, com menos tempo gasto em estudar. Bons hábitos de estudo possibilitam fazer-se mais em menos tempo. O tempo que se economiza pode ser dedicado às coisas que gosta de fazer. Aprender e estudar não são necessariamente obrigações desagradáveis. Um meio de obter satisfação com o estudo é saber o que aprender e como fazê-lo.
O principal fator para um bom desempenho escolar é a qualidade do estudo e não a quantidade.
Existe aquele estudante que está sempre atrasado com os trabalhos da faculdade. Não é que ele não tente estudar. Toda noite, após o jantar, vai para o quarto e pega um livro. Quase sempre acontece alguma coisa que o interrompe; o telefone toca, ou alguém tem um problema pessoal urgente para discutir com ele ou não consegue encontrar o livro que deseja. Quando finalmente começa a estudar já está com tanto sono, que não consegue concentrar a atenção. Outras vezes, passa quatro a cinco horas seguidas estudando uma única matéria e esquece das outras, pensa nelas apenas às vésperas das provas. Ele não aprendeu a organizar seu tempo para um estudo eficiente. Logo, a primeira providência a tomar, e a mais importante, é organizar um planejamento de vida, incluindo um horário de estudo. Um horário bem planejado poupa tempo, eliminando os movimentos desnecessários.
Gerenciar o tempo significa estabelecer e seguir um plano de vida que vise organizar e priorizar os estudos em um contexto de atividades competitivas como o trabalho, a família, a saude, a atividade física, o lazer, entre outras, com qualidade de vida.
Diretrizes:
1. Monitore seu tempo
2. Reflita sobre como utilizar o tempo.
3. Saiba quando estiver perdendo tempo, quando o estudo não está sendo eficaz.
4. Saiba quando estiver produtivo.
5. Realize um breve relaxamento antes de iniciar o estudo.
Plano de estudo eficaz:
1. Durma o suficiente de 6 a 8 horas/noite.
2. Tenha uma dieta bem balanceada e tome um café da manhã reforçado, contudo se você for daquelas pessoas que não consegue comer logo cedo pela manhã, coma ao menos uma fruta.
3. Programe no seu horário momentos de lazer, para realizar atividade física, coisas que gosta de fazer, etc..
4. Priorize as tarefas.
5. Prepare-se para as discussões e debates antes da aula.
6. Programe o tempo para rever o material da palestra imediatamente após a aula.
Lembre-se: o esquecimento se dá dentro de 24 horas em que não houve revisão.
7. Programe quarenta a cinqüenta minutos de estudo, seguido de mais ou menos dez minutos de descanso ou de outra atividade, é o mais indicado.
8. Escolha um local para estudo em que não ocorram distrações.
9. Busque “períodos onde o silêncio impere”. Contudo, quando precisar estudar em local e momentos que não disponha de silêncio, é possível abstrair-se de todo e qualquer barulho se você envolve todo o seu cérebro na atividade de estudo, utilizando os sentidos durante a leitura, ou seja, visualize, sinta, ouça o que está lendo, crie imagens mentais do que está escrito no texto, dê movimento à sua imagem. Essa técnica aumenta a concentração durante a leitura e auxilia na retenção do conteúdo estudado.
Exemplo:
Você está lendo um texto que fala sobre os rios brasileiros, observe as imagens apresentadas na página, veja as águas se movimentando, ouça o barulho das águas, pode até sentir seu corpo molhado, associe as imagens aos tipos de rios, identifique as diferenças entre eles.
10. Programe tanto quanto possível horas de estudo durante o dia.
11. Estabeleça uma revisão semanal e procure aproveitar cada “tempinho” para pequenas revisões.
Você já parou para calcular quanto tempo você pode estar perdendo no engarrafamento, na espera de uma pessoa que se atrasa? Quando somar trinta minutos de um, com quinze minutos de outro, dez que ficou batendo papo com colega, e por aí vai, no mínimo você perdeu uma hora, na qual poderia utilizar para realizar revisões rápidas, bastando para isso, apenas, estar com pequenos resumos de lembrança (estilo “pesca”) ou com um mapa mental e aproveitar esse tempo para ler.
Essa uma hora que ganhou pode aproveitar para cuidar mais de você, ou realizar uma atividade de lazer, etc.
12.Previna-se para não se tornar escravo de seu planejamento. Faça um planejamento que você possa cumprir e comece com pequenos horários e depois aumente na medida em que perceber que pode fazê-lo sem problemas. A satisfação em “riscar” uma tarefa executada pode gerar um sentimento de realização, até mesmo de um sentimento gratificante de missão cumprida!
13. Você pode destinar menos tempo aos assuntos mais fáceis e mais tempo aos que considera difícil.
14. Geralmente as pessoas aprendem mais e lembram-se melhor, quando o estudo é feito em várias sessões, do que quando é concentrado em uma única sessão.
15. Mantenha a tranqüilidade quando ocorrerem desvios ocasionais do horário. À medida que variarem as exigências poderá mudar as horas de estudo, aumentá-las ou diminuí-las.
16. Lembre-se de pôr no seu horário o tempo que gasta para se preparar para sair, o horário de acordar e dormir, o momento das refeições, de realizar atividade física, tempo de deslocamento do trabalho ou da escola para casa, reserve um tempo para as atividades extras; como ter que realizar pagamentos ou se tiver que realizar alguma tarefa doméstica. Prever esses horários que não podem ser utilizados para estudo aumenta o estímulo.
17. É preciso especificar para cada hora/estudo a disciplina que vai estudar.
18. Lembre-se, nosso cérebro tem avidez por coisas novas, são elas que alimentam, que ampliam a sua capacidade. Assim, é importante que diversifique as disciplinas a estudar por turno, ou seja não se preocupe em concluir todo o conteúdo de uma única matéria naquele turno, divida o tempo para duas ou mais, de acordo com a sua necessidade, além dos intervalos de 10 minutos. Dessa forma, você consegue manter um estudo mais equilibrado entre os diversos conteúdos e obtem um maior rendimento cerebral.
19. Ponha seu horário num local onde possa olhar para ele: no caderno, sobre a mesa, no seu quadro de avisos, na porta do guarda-roupa ou até mesmo no espelho.
20. Lembre-se: Nenhum método é eficaz na ausência de motivação, portanto, reflita sobre o porquê você precisa aprender determinado conteúdo, os benefícios que irá alcançar, crie a imagem mental desses benefícios alcançados, relembre, periodicamente, esses benefícios, visualizando a imagem motivadora que você criou e sinta a gostosa sensação de vitória.
POUCO TEMPO , MUITAS MATÉRIAS:
Nessa situação, preparar-se adequadamente para o estudo, e a organização do mesmo é fundamental para que alcance a sua meta. Precisa estar motivado e disposto. Dessa forma, procure relembrar, visualizar o seu motivador, o porquê precisa estudar aquele conteúdo, organize seu ambiente, eliminando fatores que podem desviar a sua atenção, disponha sobre a mesa todo o material de apoio que venha a precisar, como dicionário, livros, apostilas, etc. Habitue-se a estudar sempre sentado e com a coluna ereta para favorecer a nutrição cerebral e obter uma maior concentração.
A determinação do tempo a ser disponibilizado para o estudo de cada matéria é de extrema importância, bem como priorizar algumas coisas, em detrimento de outras e aproveitar os pequenos intervalos para breves revisões, além de estabelecer horário para revisões dos conteúdos anteriores.
Faça um breve relaxamento para eliminar as tensões.
Lembre-se de envolver os sentidos durante a leitura.
Primeira leitura:
É uma leitura rápida e superficial, apenas para obter uma idéia do que se trata o texto, observe as figuras, tabelas, etc.
Ao término dessa leitura, feche os olhos e tente lembrar de alguma palavra ou informação que ficou. Anote, sem preocupar-se com nenhuma ordenação lógica.
Segunda leitura:
Esta leitura deve ser concentrada, permite pausas para pensar, analizar, compreender, procurando explicar para si mesmo o que leu. Lembre-se de dividir o seu texto em parágrafos numerados ou identificados com adesivos para ampliar a memorização com associação mnemônica.
Ao término dessa leitura, feche os olhos novamente, tente relembrar e anote o que consegue lembrar do que leu, reescreva da forma que entendeu. Agora você pode escolher uma palavra ou frase que melhor resuma o que voce compreendeu e anote no seu mini-resumo ou monte um mapa mental para as suas revisões futuras.
Você pode realizar uma terceira leitura se perceber que ainda não compreendeu completamente o conteúdo, ou que não consegue lembrar ou responder uma ou mais das perguntas:
o que (fato, de que se trata)
quem (sujeito)
quando (tempo)
onde (local)
como (forma como ocorre)
conclusão (resultado)
Exemplo:
Texto
“À medida que as pessoas vivem cada vez mais, a questão de preservar a energia mental na meia idade e além dela se torna importante. Há um crescente interesse – e um profundo otimismo – em manter e até aumentar a capacidade cerebral dos idosos. Com a ajuda de novos e eficazes instrumentos da biologia molecular e imagens do cérebro, neurocientistas do mundo inteiro têm literalmente observado a mente em funcionamento. Estão descobrindo, quase todos os dias, que muitas crenças negativas sobre o envelhecimento do cérebro não passam de mitos.”
o quê= manter e aumentar a capacidade mental
quando= na meia idade e além dela
conclusão= envelhecimento cerebral é um mito
Referências:
-
Como Estudar para ser Aprovado em Concursos e Exames – Prof. Mathias Gonzalez
-
Como Estudar – James Deese e Ellin K. Deese
-
Manual de Orientação para Professores e Estudantes – O Segredo dos Gênios – Renato Alves
-
Mantenha o seu cérebro vivo – Lawrence C. Katz, Ph. D. e Manning Rubin.
Fonte: http://www.megainteligencia.com/page4
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