Diplomatas estudam a vida toda

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24 de abril3 min. de leitura

DiplomatasAssim como um médico, que precisa continuar estudando ao longo de toda sua carreira para manter-se atualizado, a carreira diplomática é um prato cheio para quem gosta de estudar. Claro que do mesmo jeito que existem médicos que nunca mais tocam em livros depois que deixam a faculdade, há diplomatas que abandonam os estudos tão logo deixam a cadeira do Instituto Rio Branco – IRBr, mas os bem-sucedidos certamente estão entre os que nunca deixam passar novas oportunidades de capacitação.

Conforme vimos em outros artigos, a carreira diplomática exige de todos a aprovação em três cursos para a progressão profissional: o Curso de Formação (logo que aprovado no CACD); o Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas – CAD (para a promoção de Segundo a Primeiro-Secretário) e o Curso de Altos Estudos – CAE (exigência aos candidatos a promoção à classe de Ministro de Segunda Classe)[1].

Ainda no IRBr, fora os três cursos supracitados, obrigatórios ao longo da carreira, os diplomatas têm a sua disposição diversos cursos opcionais, como os de idiomas estrangeiros (desde os mais básicos, como inglês, francês e espanhol, aos mais exóticos, como russo, chinês e árabe); outros oferecidos ocasionalmente (exemplos: cerimonial e promoção comercial); além de palestras com acadêmicos e autoridades brasileiras ou vindas do exterior.

Para os diplomatas que trabalham com temas específicos, alguns governos estrangeiros ou organismos internacionais frequentemente oferecem cursos ligados a suas instituições. Por exemplo, os governos do Japão e da China costumam convidar grupos de diplomatas que acompanham os assuntos políticos e econômicos de seus países a estudar seus idiomas e aspectos de suas culturas em seus territórios. A Organização das Nações Unidas também disponibiliza capacitações variadas sobre determinados temas, como desarmamento, direitos humanos e meio ambiente.

Os diplomatas brasileiros podem também – e são estimulados a isso pelo Itamaraty – matricular-se em cursos que tenham afinidade com a diplomacia, tanto no Brasil como no exterior. É comum, por exemplo, um candidato ao Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata passar no exame antes de concluir um curso de Mestrado ou Doutorado em andamento durante sua preparação. Já diplomatas, muitos concluem esses cursos antes da primeira remoção ao exterior.

Ainda mais comum é diplomatas aproveitarem a passagem por uma Embaixada, Consulado ou Missão junto a organismo internacional no exterior para iniciar cursos de pós-graduação. Eu mesmo sou exemplo vivo disso. Em minha primeira remoção, quando servi na Embaixada do Brasil na Argentina, cursei e conclui, com incentivo do Ministério das Relações Exteriores, um Doutorado em Direito Internacional na Universidade de Buenos Aires. O ingresso nessas instituições acadêmicas no exterior muitas vezes é até facilitado pela organização, que costuma ser melhor avaliada quando tem em seu corpo discente alunos estrangeiros.

Muitos CACDistas têm dúvidas sobre o momento de ingresso na carreira diplomática quando esse plano esbarra em projetos acadêmicos que lhes deixam hesitantes sobre a conclusão antes ou depois do Concurso. Creio que este artigo pode ajudar a esclarecer que o Itamaraty não dificulta a vida daqueles que querem estudar, muito pelo contrário. Não há motivo, portanto, para adiar a preparação ao CACD. Junte-se à equipe do Gran Cursos Online e mãos à obra!

 

[1]                Veja mais detalhes de cada um desses cursos em: http://blog.vouserdiplomata.com/o-instituto-rio-branco-e-formacao-continuada-dos-diplomatas/


Prof.Jean Marcel Fernandes – Coordenador Científico

Jean MarcelNomeado Terceiro-Secretário na Carreira de Diplomata em 14/06/2000. Serviu na Embaixada do Brasil em Paris, entre 2001 e 2002. Concluiu o Curso de Formação do Instituto Rio Branco em julho de 2002. Lotado no Instituto Rio Branco, como Chefe da Secretaria, em julho de 2002. Serviu na Embaixada do Brasil em Buenos Aires – Setor Político, entre 2004 e 2007. Promovido a Segundo-Secretário em dezembro de 2004. Concluiu Mestrado em Diplomacia, pelo Instituto Rio Branco, em julho de 2005. Publicou o livro “A promoção da paz pelo Direito Internacional Humanitário”, Fabris Editor, Porto Alegre, em maio de 2006. Saiba +


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