“Ninguém é digno do oásis se não aprender a atravessar seus desertos.” –Augusto Cury
A vida é uma constante travessia. Vivemos em êxodo contínuo, em deslocamentos ininterruptos, atravessando aquilo que podemos chamar de nosso deserto pessoal para sair em busca da terra prometida, do lugar que nossos maiores sonhos nos reservam – até, é claro, virem outros sonhos, outras buscas, outros ciclos… O fato é que, enquanto existirmos, seremos convidados a iniciar e reiniciar processos de superação, a transpor estágios que exigirão – a todo instante – proatividade, coragem e determinação.
Talvez nunca fiquemos completamente prontos, talvez nunca sejamos totalmente merecedores de nossa Canaã, pois faz parte da natureza humana sofrer eternas transições e passagens. Não tem problema. O que vale é a travessia em si. É olhar para o horizonte sem fim, sentir o vento quente no rosto e consentir em passar pelas experiências, boas ou ruins, que nos aguardam no deserto que é a antessala do paraíso. É aceitar que enfrentaremos tempestades de areia, sede e fome e que pode não aparecer ninguém disposto a nos socorrer. É lidar bem com a ideia de que em parte do caminho não haverá sinal de internet, muito menos GPS, de sorte que nosso guia serão as estrelas ou o próprio instinto de sobrevivência.
E aí, tem coragem de fazer as malas e partir?
Antes de você decidir, tenho de alertá-lo: o percurso em solo árido pode ser mais longo do que se imagina. Como em toda caminhada, situações inesperadas, indesejadas, imprevisíveis, acontecerão. Espere até mesmo o aparecimento de bezerros de ouro, falsos ídolos que tentarão desviá-lo do seu propósito original. Será duro, mas você tem de resistir.
Para chegar à terra prometida, há um preço a ser pago, que inclui afastar-se um pouco de algumas pessoas, até das mais queridas, além de abandonar certos lugares que se costumava frequentar, tudo para viver na companhia praticamente exclusiva de si mesmo. A solitude é o imposto a ser recolhido por quem almeja chegar ao lar idealizado, e empenho, trabalho diário, zelo, perseverança, paciência e fé estão inclusos no pacote.
E então, já se decidiu? Vai se arriscar no deserto ou prefere continuar escravo da sua zona de conforto? De minha parte, decidi já faz alguns anos enfrentar o inóspito deserto para alcançar o destino que tracei para mim. Hoje, acho até que a estrada que venho trilhando me pertence. É bem verdade que algumas vezes cheguei a duvidar de que ela me levaria aonde eu desejava ir, mas o que tenho agora é a possibilidade de continuar, com a certeza de que um rio só chega ao mar depois de ter recebido outros cursos d’água pelo caminho.
Se você escolheu encarar o deserto, sair do estado de letargia e percorrer todos os altos e baixos da vida, saiba que pode contar conosco. Estaremos com você, como afluentes que desembocam no rio e com ele atravessam as grandes amplitudes térmicas. E não se engane: serão muitas as travessias. Então, apenas faça o que tem de fazer. O resto não importa.
“Podemos sofrer no deserto e, no entanto, amá-lo. De resto, é por causa desse sofrimento que o amamos.” – Antoine de Saint-Exupéry
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