É possível estudar sem tempo?

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22 de fevereiro5 min. de leitura

Você trabalha de 6 da manhã a 11 da noite, chega em casa morto de cansado e vai direto pra cama dormir? E no dia seguinte começa tudo de novo? Se a sua vida é assim e você tem muita vontade de passar em um concurso público, talvez este texto seja para você.

Você deve estar se perguntando: “Com uma vida assim, como vou arrumar tempo para estudar para concurso?”.

Vou compartilhar com vocês a minha experiência de concurseira. Sempre tive muito claro para mim que queria ser servidora pública. Então, assim que comecei a minha graduação em Pedagogia na Universidade de Brasília (UnB), comecei a me perguntar como eu estudaria para concurso.

Eu fazia Pedagogia, curso noturno (afinal de contas, a minha realidade não permitia que eu ficasse quatro anos apenas estudando. Eu tinha que trabalhar também. Caso eu optasse pelo curso diurno, seria mais difícil conciliar a jornada de trabalho e estudo). Logo arrumei um emprego na área de educação infantil, em uma creche. Pense em um emprego cansativo, lidando com 30 crianças, em idade de até 5 anos, de 7:15 da manhã até 5 horas da tarde. Pensou? Pois é. Para piorar, a creche era do outro lado da cidade, então eu acordava por volta das 5:30 da manhã para pegar o ônibus, saía da creche às 17 horas, entrava em outro ônibus, dessa vez para a UnB, onde eu ficava até às 22:30, pegava outro ônibus para chegar em casa por volta de 23:30. Essa era a minha rotina.

Apesar da correria, algo me deixava tranquila, eu pensava: “calma, Jeanne, você é jovem, a hora de trabalhar pra valer é agora”. Essa realidade em que eu vivia servia de estímulo para que eu quisesse mudar de vida.

Você deve estar pensando: “Tá, mas a gente não ia falar de tempo? Não tô entendendo, você não tinha tempo”.  Não, não tinha mesmo, ou pelo menos acreditava que não tinha. Rs… Mas então saiu o edital para o Departamento de Polícia Federal, aquele cargo de agente administrativo. E como eu, naquela época, já tinha muita admiração pelo órgão, comecei a me perguntar: “como eu vou fazer para estudar?”.

Então, eu comprei o material de estudo (uma apostila pesadíssima que eu levava pra todo lado) e decidi que todo o tempo que eu tivesse livre eu estudaria. Passei a estudar enquanto estava no ônibus (lendo ou escutando um áudio). Passei a estudar também no meu horário de almoço (eu tinha uma hora e quinze minutos de tempo disponível para almoçar, eu almoçava em 15 minutos (às vezes em 12, rs…) e depois levava uma carteira de estudos para o fundo do terreno da creche, um jardim (era uma creche enorme) e estudava lá durante a hora restante. Estudava também no ônibus a caminho da UnB, estudava no horário de intervalo da aula na UnB e estudava mais um pouco no ônibus enquanto voltava para casa. Às vezes eu chegava ao cúmulo de colocar um áudio de concurso (geralmente a gravação da Constituição Federal) para tocar enquanto eu estava dormindo. Eu pensava: “Vai que eu absorvo alguma coisa enquanto estou dormindo” (se eu absorvi, nunca vou saber rs…).

Dessa maneira, consegui reunir cerca de 3 horas diárias de estudo, que eu tinha que dividir entre os estudos para concurso e os estudos da UnB.

Nesse pouco tempo que tinha disponível de estudo, algo bem interessante acontecia. Eu percebia que meu estudo era de muita qualidade, que a minha mente absorvia tudo o que podia.  Era como se eu tivesse conseguido programar a minha mente com a seguinte mensagem: “Aprende agora, porque você só pode aprender agora, então aprende!”

Eu não tinha tempo a perder, eu não podia vacilar, estava competindo com pessoas que tinham até 12 horas de estudo diária. Aquela falta de tempo criou um senso de urgência em mim. E foi assim, encontrando e transformando as minhas aproximadamente 2 horas de estudo disponíveis em tempo de muita qualidade, que eu comecei a ser aprovada em concursos.

É claro que não foi fácil, precisei abrir mão de muitas coisas, principalmente dos bate-papos com os colegas no horário de almoço ou até mesmo no ônibus. Mas valeu a pena, ô se valeu.

Então, se eu puder deixar algumas dicas para quem tem uma vida muito atribulada, com pouco tempo e sonha em ser servidor público, seriam as seguintes:

  1. Analise a sua agenda e perceba o tempo que você tem livre: no transporte, no almoço, entre uma aula e outra da faculdade etc.
  2. Tenha um material de estudo de qualidade.
  3. Adeque o seu material de estudo a sua realidade. Já que não pode ler enquanto está dirigindo, coloque um áudio para tocar no seu sistema de som.
  4. Pense em tarefas do seu dia a dia que podem ser otimizadas para fazer com que você ganhe alguns minutinhos. Gestão do tempo anda junto de organização. Sabe aquela demanda do seu trabalho que está acumulada há semanas e, por estar acumulada, todo dia toma 5 horas de trabalho? Ou quem sabe aquela gaveta onde você acumula o seu material de estudo, que te faz perder 15 minutos todo dia só para encontrar a lapiseira?
  5. Observe os seus ladrões de tempo: WhatsApp, redes sociais, novela. A ideia não é que você tenha uma vida espartana e sofra de tanto estudar sem nenhuma possibilidade de diversão. Não, não é isso, a ideia é que até a sua diversão seja de qualidade e controlada. Ao invés de ver e responder tantos amigos nas redes sociais, marque um horário de qualidade de uma ou duas horas, com dois bons amigos por semana. Olha a dica extra: há muitos aplicativos disponíveis que ajudam a mensurar o tempo que você utiliza em todos os aplicativos do seu celular (conheço o RealizD). Ver o primeiro relatório desses aplicativos mostrando o tempo que você consome nas redes sociais pode ser um bom choque de realidade.
  6. Use todo o tempo que você tem livre. Tenha sempre um material de estudo em mãos. Hoje você pode baixar os aplicativos de concurso no seu celular. Então, se está na fila do banco, em vez de abrir o Instagram, abra o Gran Cursos Online e estude. Na minha época de estudos para concurso, o único aplicativo disponível no celular era aquele jogo da cobrinha (urgh!).
  7. O primeiro órgão onde trabalhei foi a Polícia Federal, o que permitiu que eu comprasse meu primeiro carro (um fusca). Depois que cheguei ao TJDFT, tive uma redução de carga horária de trabalho (de oito para seis), o que amenizou um pouquinho mais a minha vida. No STJ, onde atualmente trabalho, tenho tido outros benefícios. Enfim, cada órgão me ajudou um pouquinho.

Trouxe o exemplo acima para ilustrar a próxima dica: comece com concursos mais tranquilos, “mais fáceis”. Faça a sua escalada. Cada vez que muda de órgão, você adquire um pouco mais de conforto, como, por exemplo, a probabilidade de ter uma carga horária menor, a possibilidade de comprar um carro, coisas que vão facilitando a sua vida e permitindo que você alcance sonhos maiores.

A pergunta de coaching que fica ao final deste texto é:

Você aproveita de verdade o seu tempo de estudo?

Espero ter contribuído. Até a próxima!

JEANNE NOGUEIRA

Servidora pública desde 2007. Já esteve na Polícia Federal e no TJDFT. Atualmente é servidora da Escola Corporativa do STJ. Obteve aprovação também no concurso do Ministério da Agricultura e Pecuária. É master coach e pós graduada em coaching. É formada em pedagogia pela Universidade de Brasília. Consultora comportamental, possui formação em Programação Neurolinguística e em diversos outros temas voltados ao desenvolvimento humano.

 

 

 


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