Estudo pós-edital: erros que cometemos (parte 5)

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No artigo anterior, falamos sobre o sétimo e oitavo erros que cometemos quando iniciamos os estudos pós-edital: não aproveitar a véspera da prova; preocupar-se com os outros concorrentes. Se você ainda não viu o artigo, veja! =)

Agora, abordaremos outros pontos importantes.

9º ERRO: acreditar em fórmulas mágicas

 

“Compre agora meu livro: passe em qualquer concurso sem estudar.”

“A metodologia é “felomenal”!!! Criada pelos estudiosos de Harvard.”

“Basta colocar os livros por baixo do travesseiro enquanto dorme e aprende por osmose.”

“E não é só isso!!! Comprando agora, você leva inteiramente grátis o memorizator 100K. Um aparelho inovador que faz você gravar tudo que seus olhos veem!!!”

Pessoal! Não podemos entrar nessa… Fórmulas mágicas, métodos inovadores e fantásticos não existem, pelo menos quando falamos de concursos públicos. O que te faz passar, atingir seus objetivos, é o trabalho diário. Manter-se estudando e seguindo uma metodologia de estudos eficaz.

Aliás, é bom diferenciarmos metodologia de técnica de estudos. Técnicas de estudos são coisas do tipo: mapas mentais, fichamentos, resumos etc… Elas podem funcionar para uns e para outros não.

Mapas mentais, por exemplo. Eu, Professor Rodrigo Silva, não tenho competência e capacidade para construí-los. Também não faz sentido para mim ficar fotografando-os visualmente. No entanto, existem diversos alunos meus que os fazem e aprendem com eles. Excelente!!!

Por outro lado, as metodologias de estudos são, ao menos deveriam ser, eficazes para todos. Tratam de sistemas de planejamento e organização dos materiais para serem absorvidos em determinado tempo. O estudo por ciclos é um exemplo de metodologia. Nele, avaliamos todo o material a ser “digerido” e dividimos as matérias proporcionalmente em ciclos que duram, no máximo, uma semana.

As técnicas servem para memorizar ou aprimorar um determinado aprendizado, são pontuais. As metodologias indicam o caminho completo a ser trilhado. Nada impede que técnicas de estudos sejam utilizadas dentro da metodologia.

Mas, frisemos, são o suor e as lágrimas do trabalho árduo e constante que farão com que o sucesso seja nosso ponto final. Não há vitória sem isso!!!

10º ERRO: não aprender com seus erros

Certa vez ouvi, ou li, que é maravilhoso aprender com nossos erros…. Mas o bom mesmo é aprendermos com os erros dos outros. Não é?

Se alguém está na rotina de estudos há algum tempo e não consegue atingir bons resultados, fique atento! É preciso avaliar o entorno desse processo, pois algo não flui como deveria.

Lembro que, após obter grandes resultados em concursos públicos (tendo sido o primeiro colocado entre mais de 540 mil na PRF em 2002), fiquei 9 anos “parado”, ou seja, não prestei e nem estudei para nenhum certame. Mas pensava:

“Fui o primeiro colocado entre mais de 540 mil!!! Passo em qualquer concurso que quiser!!!”

Pois é… Essa presunção foi um grande erro… Para piorar a situação, meu primeiro concurso, após a inatividade, foi para advogado da Caixa Econômica Federal e bati na trave, por um ponto não fui para a segunda fase. Isso só fortaleceu minha ideia anterior.

Ocorre que, depois de um ano inteiro de resultados pífios, percebi uma coisa: o “mundo dos concursos” havia mudado. Aquela forma de me preparar há 10 anos não servia mais. Precisava me reinventar.

Ao vestir as sandálias da humildade, como se diz por aí hoje, entendi que era hora de um novo planejamento capaz de me trazer de volta ao caminho das vitórias. Olhei para o mercado, visualizei algo aqui e ali e criei uma nova forma de estudar. Planejei, executei, controlei e avaliei minha caminhada. Assim, consegui passar para Analista Legislativo da Câmara dos Deputados.

A história breve representa muito bem o erro que aqui quero passar como experiência. Vejo muitos alunos, bons alunos, obterem diversos resultados ruins e insistirem em continuar estudando da mesma forma. Isso me lembra uma frase, por vezes atribuída a Einstein, de autoria incerta:

“Loucura é esperar resultados diferentes fazendo as mesmas coisas.”

Quando olho para trás e vejo minha longa caminhada em concursos públicos, verifico que esse foi meu grande diferencial. Sempre que fracassei, soube retirar ensinamentos da derrota para seguir em frente de um jeito diferente. E, assim, saí da reprovação em meu primeiro vestibular para chegar a um dos cargos mais cobiçados no serviço público.

 

Já pensou em fazer coaching?

Vamos que vamos!!!

Um abraço.


Rodrigo Silva

Analista Legislativo da Câmara dos Deputados. Aprovado diversos concursos públicos, destacando-se o primeiro lugar na Polícia Rodoviária Federal, Banco do Brasil e Técnico de Controle Interno na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.


 

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