Em certas fases da vida, especialmente naquelas em que somos mais cobrados, é comum nos perguntarmos se enfrentar tantas e tamanhas dificuldades faz parte. “É normal sofrer esse mal-estar emocional que estou sofrendo agora? Ou será que estou fazendo algo errado? Seria eu o culpado por tudo isto?” Reflexões como essas são importantes. Sobretudo quando se trata de grandes projetos, é crucial compreender o que faz e o que não faz parte do processo. Esse entendimento encoraja nas adversidades e orienta eventuais novas decisões que precisem ser tomadas.
Quando nos lançamos em busca de algo grandioso, importante e desafiador, é natural sentir ansiedade, angústia e até medo. Hesitar também. Tudo isso faz parte. Chorar por conta de uma grande decepção? Faz parte. Fazer escolhas embasadas em evidências sólidas e sofrer a frustração de mais tarde concluir que eram equivocadas? Faz parte. Ter de abrir mão de algo importante com foco em outra coisa ainda mais significativa? Faz parte. Passar por períodos de tristeza e desamparo? Faz parte. Cometer erros, sofrer derrotas e desestabilizar-se temporariamente? Faz parte. Experimentar perdas e ver abrir uma ferida dolorosa no peito que insiste em não cicatrizar não importa quanto tempo passe? Faz parte.
Tudo isso é inerente a estar vivo, entende? Afinal, a vida é uma jornada cujos protagonistas às vezes transitam por vias bem pavimentadas, outras se aventuram em estradas de terra e esburacadas. Não raro o caminho atravessa longos desertos, e sem atalhos disponíveis… Haverá pontos para hidratação nessa longa maratona? Sim, haverá, mas boa parte do percurso será árido mesmo. É o preço que se paga ao decidir viver intensamente e ser autor de grandes feitos.
Nessa intensa corrida, acredite, o maior rival é a própria mente. Em dado momento, a linha de chegada parecerá inalcançável, e o competidor será tentado a desistir. Mas é tudo fruto da imaginação trabalhando para fazê-lo ceder ao cansaço. Os mais fortes apertarão o passo e, se não for possível, concluirão a prova caminhando ou mesmo rastejando. Sem problema, desde que se mantenham em movimento por mais alguns metros…
No contexto de uma empresa – no qual, digamos, “tenho alguma propriedade para falar” –, o líder entrará em cena para ajudar os liderados na superação de conflitos, dúvidas e incertezas. Ele precisará, então, ser fonte de inspiração se quiser mesmo motivar as pessoas para que deem o seu melhor. Mas desventuras também farão parte de sua trilha. Na rotina diária, ele enfrentará dias ruins permeados de dissabores e de conversas difíceis. Faz parte. Compreender isso é essencial, sob pena de se tornar um líder fraco e incapaz de desempenhar bem o papel que se espera dele.
No caso do concurseiro, faz parte aceitar a dura certeza de que algumas renúncias serão imprescindíveis. Almoços em família, festas com os amigos ou mesmo pequenos prazeres como passar horas em frente à tevê se tornarão menos frequentes se o objetivo é levar a sério o projeto de se tornar servidor público. Viver com menos conforto a fim de guardar dinheiro e poder investir na preparação, pagar inscrições ou até viajar para os locais de prova também faz parte. Sensação de isolamento, de solidão? Em algum grau, faz parte, desde que haja sabedoria para perceber quando é hora de equilibrar um pouco as coisas…
E o que não faz parte? Para quem precisa ter foco, cometer reiteradamente os mesmos erros não faz parte. Para quem deveria se importar apenas com o essencial, direcionar energia para algo de menor relevância não faz parte. Falta de amor-próprio, procrastinação, hábitos nocivos, acomodação, paralisia? Nada disso faz parte. Aceitar menos do que merece, envolver-se em relacionamentos tóxicos, cercar-se de pessoas que contaminam o ambiente com negatividade? Não faz parte. Seguir a estrada da vida olhando constantemente pelo retrovisor? Não faz parte. Viver o agora sem se preocupar a sério com o futuro? Entre os exitosos não há espaço para agir assim. O fato é que nada disso conduz ao sucesso, à realização pessoal ou profissional, à felicidade.
Tudo lhe parece difícil, complicado, ou mesmo demorado? É sinal de que a sua busca é por algo grandioso. Talvez você precise reavaliar o caminho que tomou e ajustar a rota. Ou talvez seja caso de mudar alguns hábitos… Quem sabe não é hora de aprofundar o seu conhecimento, ir além do que já se tornou senso comum segundo sua percepção? Ver-se diante do dilema entre continuar correndo numa dada direção, já bem familiar, e tomar outro rumo que, embora desconhecido, talvez se revele melhor; isso também faz parte, entende?
Então tomemos a melhor decisão possível e sigamos juntos, conscientes de que alguns imprevistos e infortúnios farão, sim, parte da nossa jornada. Importa saber que alguns deles serão determinantes para novos avanços, ou mesmo para súbitas guinadas, mas nem todos ditarão o nosso futuro. No contínuo processo de crescimento e amadurecimento, compreender isso também – e eu grifo – precisa fazer parte.
“A arrogância e displicência devem sabiamente ceder lugar à humildade de ouvir, ponderar e, às vezes, considerar as sábias opiniões que recebemos das pessoas que nos cercam. Por outro lado, é importante filtrar preciosas e relevantes sugestões e distingui-las de meros palpites ou opiniões.” – Amyr Klink, 67, navegador e escritor
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