Concurso para Oficial de Chancelaria do MRE: Nota de esclarecimento sobre a prova discursiva

Ministério Relações Exteriores (Oficial de Chancelaria do MRE )

Ministério Relações Exteriores- Brasília/DF

AOS ALUNOS QUE IRÃO FAZER A PROVA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, A SER APLICADA PELA FGV (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS):

Dos três textos que deverão ser elaborados pelos candidatos na prova discursiva, a FGV definiu apenas o resumo – os outros dois são uma incógnita. A Banca tampouco definiu previamente o número de linhas a ser utilizado em cada um dos textos. Ainda assim, fazendo uma leitura minuciosa do edital, é possível inferir como poderá ser a prova discursiva. Por isso, seguem alguns esclarecimentos sobre os três tipos de textos a serem produzidos:

Vamos desvendar o que diz o edital:

11.4 – A prova será composta por 3 (três) questões, que pretendem aferir competências diferentes no desempenho da língua. Cada questão valerá 20 (vinte) pontos, sendo 60 (sessenta) pontos a pontuação máxima obtida.
a) A primeira questão proporá a elaboração de um RESUMO: o candidato será avaliado por sua capacidade de síntese, por sua visão do que é essencial ou acidental no texto.
COMO SERÁ?
A Banca deve dar um texto – que poderá ser acadêmico, didático, ou mesmo jornalístico, para que o candidato o leia e o resuma – ou seja, que o condense em poucas palavras e (ou) estruturas sem perder a essência da informação.
Aqui, a Banca ainda poderá cobrar o tipo de discurso: ela fornece ao candidato um texto jornalístico e ele, ao fazer o resumo, já o torne adequado ao discurso acadêmico ou vice-versa.

b) A segunda questão proporá a ELABORAÇÃO DE UM TEXTO A PARTIR DE UMA SITUAÇÃO COMUNICATIVA REAL, verificando a criatividade e a capacidade de adaptar a formulação linguística a situações comunicativas específicas.
COMO SERÁ?
Neste caso específico, é possível aventar duas possibilidades:
1ª) A Banca pode apresentar um texto jornalístico ou literário – que contenha defeitos de estruturação, erros crassos de gramática, ou ainda problemas sérios de coerência – e propor ao candidato que o reformule (reescreva) e o adapte a um discurso formal, culto; em suma, apropriado ao universo dos textos do MRE.
2ª) A Banca propõe diretamente ao candidato que produza – mediante uma situação hipotética – um texto que obedeça às normas gramaticais e às regras da teoria literária no que tange ao tipo de texto proposto. Por exemplo, que produza uma carta argumentativa – manifestando-se contrário ou favorável – à acolhida, por parte do Brasil, de alguns refugiados sírios.

c) A terceira questão proporá as POSSÍVEIS INTERPRETAÇÕES DE UM TEXTO, privilegiando-se a busca e a identificação de estratégias linguísticas produtoras dos efeitos desejados.
A Banca pode apresentar um texto – acadêmico, didático, ou mesmo jornalístico – para o candidato extrair as possíveis inferências; e mais, discorrer sobre os caminhos utilizados pelo autor para escrever tal texto (por exemplo, por que ele usou uma antítese, que efeito ele desejava causar usando tal expressão; qual era a intenção do autor ao confrontar tais atitudes etc.) – ou seja, o que se cobrará aqui, além da interpretação/intelecção do texto é também a análise do discurso.

Professora Vânia Maria de Araújo

Licenciada em Letras, pela Universidade de Brasília (UnB). Ministra aulas de Interpretação de textos e de Redação Discursiva há mais de dez anos nos principais cursos preparatórios para vestibulares e concursos do Distrito Federal. Já trabalhou também em cursos de Belo Horizonte e Goiânia.

Detalhes:

Concurso: Ministério das Relações Exteriores (MRE)
Banca organizadora: Fundação Getulio Vargas
Cargos: Oficial de Chancelaria
Escolaridade: Nível superior
Estado: Provas em Brasília-DF, Rio de Janeiro-RJ, São Paulo-SP, Recife-PE, Porto Alegre-RS e Belém-PA e lotação em Brasília-DF
Número de vagas: 60
Remuneração: R$ 7.292,02
Inscrições: Entre 16 de novembro de 2015 e 16 de dezembro de 2015
Taxa: R$ 120
Data da prova: 31 de janeiro de 2016

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