“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode se dar fora da procura, fora da paixão e da alegria de estudar.” (Paulo Freire)
Não é de hoje que a ciência tem investigado as técnicas de estudo para descobrir quais delas são as mais eficazes para a compreensão de textos e a aprendizagem do vasto conteúdo cobrado, por exemplo, nos exames de conselhos de classe, no Enem, nos vestibulares e, claro, nos concursos públicos. Quanto mais os cientistas se aprofundam nas pesquisas, mais cai por terra a ideia de que resumir, grifar, recorrer a mnemônicos e elaborar mapas mentais, entre outras técnicas populares no Brasil, são as únicas e mais eficientes formas de consolidar conhecimentos.
“O que a ciência sinaliza é que, das dez técnicas mais mencionadas nessas pesquisas, três podem ser consideradas melhores ou mais eficientes quando o objetivo é aprender o suficiente para gabaritar provas, por exemplo.”
Da análise de mais de seiscentos trabalhos acadêmicos, entre teses, monografias, trabalhos de conclusão de curso etc., o que a ciência sinaliza é que, das dez técnicas mais mencionadas nessas pesquisas, três podem ser consideradas melhores ou mais eficientes quando o objetivo é aprender o suficiente para gabaritar provas, por exemplo. É o que conclui o artigo publicado na revista acadêmica “Psychological Science in the Public Interest”.
De imediato, o artigo traz um dado surpreendente. Algumas das técnicas mais usuais em terras tupiniquins foram classificadas como as de menor utilidade. É o caso da produção de resumos, do grifo de passagens do texto, dos mnemônicos, das imagens mentais para melhor apreensão dos conteúdos e da releitura dos textos. Três outras práticas a que costumamos recorrer foram elencadas como de utilidade moderada: interrogação elaborativa, autoexplicação e estudo intercalado. Por fim, o teste prático e a prática distribuída foram as duas técnicas que alcançaram o mais alto grau de utilidade. Em outras palavras, os dados da pesquisa confirmam a impressão geral de que a resolução maciça de questões – um dos pilares do nosso método de estudo para concurso público – é extremamente eficaz para a aprendizagem.
É claro que, assim como não é possível definir com precisão quanto tempo de estudo é necessário para garantir a aprovação em um disputado concurso público, não se pode afirmar categoricamente que uma dada técnica é mais ou menos recomendada do que outra para uma aprendizagem efetiva. Quando se trata de pedagogia e de psicologia, não estamos diante de ciências exatas.
“…por que é tão difícil chegar a um padrão ideal de técnicas e recomendações quando o assunto é a aprendizagem? Porque cada um dos estudantes – e, em nosso contexto, dos candidatos – tem seu próprio ritmo, seu próprio tempo e sua própria bagagem de conhecimentos acumulados ao longo de sua vida acadêmica, do colégio à faculdade.”
Mas por que é tão difícil chegar a um padrão ideal de técnicas e recomendações quando o assunto é a aprendizagem? Porque cada um dos estudantes – e, em nosso contexto, dos candidatos – tem seu próprio ritmo, seu próprio tempo e sua própria bagagem de conhecimentos acumulados ao longo de sua vida acadêmica, do colégio à faculdade. Cada indivíduo tem suas particularidades, que influenciam diretamente na definição do que pode ou não funcionar para ele.
O artigo da revista torna públicos os resultados de uma pesquisa científica. Todavia, não custa reiterar que, a despeito dos dados que ela apresenta, temos de levar em conta que cada pessoa desenvolve o próprio estilo e cria o próprio ritmo de estudo de acordo com o tempo, os recursos e o potencial de que dispõe. Portanto, ninguém deve se sentir obrigado a mudar a maneira como estuda, mas é bom estar ciente de que existem ferramentas reconhecidamente capazes de ajudar na potencialização do saber.
“… ninguém deve se sentir obrigado a mudar a maneira como estuda, mas é bom estar ciente de que existem ferramentas reconhecidamente capazes de ajudar na potencialização do saber.”
Longe de mim querer afirmar, aqui, que esta ou aquela estratégia é a mais indicada para os seus estudos ou para a assimilação do vasto conteúdo do edital que você decidiu enfrentar. O nosso papel é informar, motivar e sugerir, sempre com base em nossas observações e nos inúmeros relatos de que dispomos em nossos bancos de dados. É por isso que, neste artigo, nossa proposta é, à luz da ciência e aproveitando o momento de grande espírito olímpico que nos inspira a Rio 2016, enumerar quais são as técnicas de estudo que a ciência comprovou serem dignas de medalhas, respectivamente, de bronze, de prata e de ouro. Vamos a elas.
A medalha de bronze vai para a senhora “Autoexplicação”.
A técnica da autoexplicação provou ser útil para a aprendizagem de conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com as próprias palavras para si próprio. O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se aplicada durante o aprendizado em vez de depois do estudo. A ideia é criar um texto que seja compreensível até por uma criança. Lembra-se disso? Falamos a respeito em um de nossos últimos artigos. Veja o link aqui.
A medalha de prata vai para o senhor “Estudo intercalado”.
Os cientistas também investigaram se é mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou se é melhor intercalar diferentes tipos de conteúdo de modo mais aleatório. A conclusão foi de que a intercalação tem mais utilidade quando o aprendizado envolve movimentos físicos e tarefas de caráter cognitivo. É o caso das ciências exatas, por exemplo. O principal benefício da intercalação é manter a pessoa estudando por mais tempo. Em síntese, a ciência sugere o estudo de três ou quatro disciplinas por dia, em intervalos que variem de trinta a cinquenta minutos por matéria. As primeiras horas do dia devem ser dedicadas aos conteúdos considerados mais difíceis e a noite aos mais fáceis. Atualmente o cronograma de estudos em nossa plataforma online já leva isso em consideração. Saiba mais sobre essa ferramenta aqui.
Agora, o momento por que todos esperavam: a medalha de ouro vai para o senhor “Teste prático”.
A resolução de testes práticos mostrou-se a mais eficiente entre aquelas que já são consideradas as melhores técnicas de estudo. Os dados revelaram que esse método é até duas vezes mais eficaz do que os outros. No caso específico da preparação para concurso público, recomenda-se a resolução do máximo possível de questões de provas anteriores. E não nos referimos apenas às provas anteriores do cargo para o qual você está estudando, mas a qualquer tipo de questão que você encontrar pela frente, não importa de que concurso. A maneira mais prática de realizar testes é por meio de sistemas desenvolvidos especificamente para isso. Em outras palavras, faça uso de uma plataforma que lhe permita montar o simulado por banca, por concurso, por assunto, por ano etc. Para isso temos o nosso “Gran Cuca”, plataforma disponível gratuitamente para todos os alunos com mais de 230 mil questões de concursos. Você pode acessar, clicando aqui.
Aí está, amigo, o resumo desse interessante trabalho sobre técnicas de estudo. Trata-se de uma contribuição que não pode ser ignorada, dada a seriedade com que a pesquisa abordou o tema. Você que está na luta por uma vaga no serviço público e leva a sério a preparação para as provas pode e deve se apropriar das conclusões a que ela chegou. Aplicá-las nos estudos pode ser o grande diferencial que levará você à conquista do seu tão desejado cargo público.
Mas lembre-se sempre: o estudo deve ser encarado como trabalho, a exigir obediência a regras rígidas de horários, de cronogramas, de metas. Organize-se e use a ciência a seu favor. Não tem erro.
“Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se sabe, saber que se sabe. Aquilo que não se sabe, saber que não se sabe. Na verdade é este o saber.” (Confúcio)
Bons estudos e até semana que vem!
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Gabriel Granjeiro
Diretor-Presidente do Gran Cursos Online
Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há quase 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.
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