Pós-graduação lato-sensu qualifica para dar aulas? VEJA!

Para se tornar professor, é necessário ter licenciatura ou ser formado em pedagogia. Certo ou Errado? Depende! Neste artigo vamos mostrar para você os diferentes pré-requisitos para atuar como professor no Brasil e como uma pós-graduação lato-sensu poderá te ajudar a atingir esse objetivo. Será que ela qualifica a dar aulas? Se sim, em que nível? Acompanhe o artigo para descobrir!

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Destaques:

Pós-graduação lato-sensu qualifica para dar aulas?

A resposta para essa pergunta é: sim, você poderá atuar como professor universitário de algumas instituições da iniciativa privada se tiver um diploma de pós-graduação lato-sensu. Contudo, é preciso observar que isso se aplica desde que o curso seja na mesma área da sua atuação. As aulas ministradas também deverão ser na sua área original de formação.

A situação é um pouco diferente para quem pretende atuar como professor da iniciativa pública. Afinal, em casos assim, o requisito mínimo é ter uma pós-graduação stricto-sensu. Ou seja, mestrado ou doutorado. Contudo, é comum que a exigência mínima para ingressar na carreira pública de professor universitário vista na maioria dos editais seja um diploma de Doutorado.

Então não é preciso ter licenciatura para dar aula no ensino superior?

Não, já que o as diretrizes estabelecidas pelo MEC para a educação superior são diferentes daquelas previstas para o ensino básico e médio. Dessa forma, mesmo sendo bacharel, ao conquistar sua pós-graduação, você está autorizado pela Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, atualizada) a lecionar para uma Instituição de Ensino Superior, observando as especificações do cargo fixadas por cada Instituição.

Posso atuar em uma área de formação diferente com a pós-graduação lato-sensu?

Não. A pós-graduação lato-sensu e também a Stricto-Sensu, são vistas pelo MEC como programas de formação continuada. Assim, não será possível ingressar em uma área completamente diferente da sua, desde que exija formação. Por exemplo: se você é formado em Comunicação, mas faz uma pós-graduação em Psicologia, não poderá atuar como psicólogo.

O que a pós-graduação permite é que você escolha e direcione o segmento dentro da sua atuação profissional. Assim, ao conquistar uma pós-graduação lato-sensu em Direito Público, por exemplo, sendo bacharel de Direito, você se torna especialista naquela área e a tendência é que seja contratado mais facilmente para posições desse ramo.

Como uma pós-graduação lato-sensu pode te ajudar a mudar de área?

Conquistar uma pós-graduação em outra área pode ser uma boa estratégia não só para quem quer expandir seus horizontes e beneficiar-se da multidisciplinaridade (existem muitos conhecimentos de áreas distintas que podem ser utilizados em conjunto para aumentar a produtividade em uma função).

Uma pós-graduação lato-sensu em outra área também pode iniciar, acelerar e motivar o seu processo de mudança de área. Afinal, iniciar uma graduação pode não ser possível no momento (devido a custos, tempo e outros fatores). Já uma pós-graduação lato-sensu é mais facilmente conciliável e pode ser concluída em poucos meses.

Daí, fixa-se a estratégia: quando você finalmente tiver a chance de fazer o seu curso de graduação na área pretendida, ao se formar, já poderá contar com um título de especialista na área de atuação da sua preferência.

Pós-graduação lato-sensu e a docência em outros níveis

Os outros níveis de educação, de acordo com a Lei 12.014 e a resolução Nº 2 do CNE , de 1 de julho do 2015, instituem os seguintes requisitos para atuação na carreira docente:

Educação Infantil e Ensino Fundamental I : compreende desde o primário até o 5° do ensino fundamental. Profissionais interessados em atuar nessa área deverão apresentar curso de graduação completo em pedagogia.
Ensino Fundamental II e Ensino Médio: a partir do 6° ano, o docente deverá ter licenciatura em sua área de formação para estar qualificado a ministrar aulas para crianças e adolescentes até o último ano do ensino médio.

Complementação pedagógica ou licenciatura?

A complementação pedagógica foi criada a partir da Resolução CNE/CEB Nº 02/97 e é reconhecida como critério de ingresso na carreira de educação básica, assim como o curso de licenciatura.

Essa medida foi criada originalmente em caráter emergencial, para suprir a demanda de professores em diversas áreas. Assim, costuma ser vista como uma alternativa mais rápida do que o curso de licenciatura para entrar no mundo da docência.

A carga horária de um curso de complementação pedagógica, de acordo com a legislação recente, deve ter uma carga horária mínima de 540 horas. Desse total, 300 deverão ser dedicadas à atividades práticas.

A complementação pedagógica tem a vantagem de ser um curso mais rápido do que a licenciatura, geralmente sendo concluída em um ano. Por isso, é uma opção escolhida por muitos profissionais da área de educação atualmente.

Pós-graduação lato-sensu e a carreira na educação

Mesmo que seu objetivo não seja trabalhar no ensino superior, ainda existem muitos motivos para se conquistar uma pós-graduação lato-sensu! Afinal, esses cursos capacitam e complementam a formação do profissional, aumentando o seu leque de competências e habilidades.

Ademais, a conquista uma pós-graduação lato-sensu (especialização) pode trazer outros benefícios, como:

Salários mais altos;
Maiores chances de ser promovido;
Adicionais salariais permanentes (para cargos públicos);
Chance de pontuar em Avaliações de Títulos e garantir o cargo público;
Maior destaque no mercado de trabalho e Autoridade Profissional.
Recolocação profissional.

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