Dores nos joelhos em mulheres (condromalácia). O que fazer?

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15 de Fevereiro de 2018

Um dos problemas de quem está treinando para o TAF são as dores nos joelhos, principalmente o treino de corrida. E uma das principais causas dessas dores é uma patologia chamada de condromalácia ou condropatia patelar, também chamada de síndrome do joelho de corredor.
O Que É Condromalácia?
É uma patologia que ocorre devido à perda de líquido da articulação do joelho e ao desgaste da cartilagem, podendo ser agravada para um quadro de artrose.
Por Que Eu Sinto Dores?
A patela é um osso que fica solto na articulação da coxa com a perna. Ela entra em contato com o osso da coxa (fêmur) nos movimentos de flexão e extensão. Assim, com a perda desse líquido, a cartilagem não exerce sua função protetora de impedir o atrito entre os ossos. No entanto, como a cartilagem não tem inervação nervosa e tem pouca irrigação sanguínea, o candidato não sente dor devido à condromalácia em si, mas, principalmente, devido às inflamações da região.
Quais São as Causas dessa Patologia?
A patela perde o alinhamento ao ficar fora de seu trilho da tróclea. Esse desalinhamento da patela é devido a diversos mecanismos que não estão relacionados apenas à região do joelho, mas a todo o membro inferior e à região do quadril.
O movimento do joelho é também influenciado pelo quadril e o pé, o que fica claro ao analisarmos o ângulo Q (ângulo formado por uma linha que passa pela espinha ilíaca até o centro da patela).
Esse ângulo acaba sendo maior nas mulheres devido à maior largura do quadril, ocasionando a entrada dos joelhos para dentro (geno valgismo).
Essa entrada dos joelhos para dentro acaba forçando a patela para fora (lateralização) e conduzindo o desgaste da cartilagem. Quanto maior o ângulo Q, maior a tendência à lateralização da patela.
Porém, com a flexão do joelho (quando o joelho dobra), o ângulo Q diminui bastante, tendendo a zero, devido à rotação interna da tíbia. Isto é, quanto mais dobrado o joelho, mais o quadríceps faz o alinhamento da patela com o tendão. Ou seja, o exercício de agachamento não é o problema.
Portanto, o problema é realizar exercícios de musculação de flexão e extensão do joelho antes do momento da entrada da patela na sua articulação com a tróclea, onde ocorre a lateralização da patela.
Outra atenção é que, durante os movimentos de adução/abdução do fêmur, são controladas pelas musculaturas do quadril.
Ou seja, a musculatura abdutora do quadril, em especial do glúteo médio, tem um trabalho fundamental na estabilização do joelho e na manutenção do equilíbrio.
O glúteo médio fraco causa movimentos errôneos do gesto da corrida e da caminhada (marcha de Trendelemburg), o que aumenta a condromalácia.
Outra importante musculatura a que poucos dão atenção é a musculatura abdominal no tratamento da condromalácia. O músculo reto abdominal e os oblíquos têm função de estabilização do tronco e da pelve, e o reforço dessa musculatura demostra melhorar essa patologia.
Outra preocupação é a menor ativação da musculatura posterior da coxa (músculo da parte de trás da coxa) pelas mulheres. Quando essa região da musculatura posterior da coxa é pouco ativada, aumenta-se a força nos ligamentos do joelho pela maior desestabilização da coxa com a perna.
O Que Pode Ser Feito para Melhorar ou Minimizar as Causas?
Melhor do que combater os efeitos com remédios, anti-inflamatórios, é combater as causas.
Algumas sugestões:
1) Reforce bastante os músculos abdutores da coxa, os posteriores da coxa e os músculos abdominais para maior estabilização do eixo quadril-joelho-pé.
2) Ao realizar exercícios com peso para membros inferiores, atente-se para não esticar a perna completamente.
3) Evite o excesso de exercício de impacto, como a corrida. Sabemos que o treino para o TAF deve ser específico, ou seja, deve ser treinada a aptidão cardiorrespiratória com o treino de corrida. Mas deve ser feito um planejamento altamente periodizado com o volume/intensidade muito bem estudados.
4) Já que é necessário o treino de corrida, treine a forma correta da técnica de corrida para evitar a piora do quadro.
5) A utilização de cinesiotape e de estabilizadores do joelho na região do joelho tem demonstrado diminuir as dores e aumentar a estabilização da região.
6) Evite usar saltos altos. A panturrilha sofre um encurtamento e, consequentemente, menor estabilidade do joelho.


Professor Dr. César Marra – CREF 1542/G – DF
Especialista em Fisiologia do Exercício
Mestre em Educação Física
Doutor em Saúde Pública



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