Faça falta!

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19 de Setembro de 2022

Se eu não existisse, faria alguma falta no mundo?

Não sei você, mas eu, de tempos em tempos, me obrigo a pensar sobre isso. É o tipo de reflexão que renova minha vontade de ser e agir grande. Mais que isso, reforça em mim a consciência de que, se pretendo mesmo deixar algum legado memorável após minha passagem pela Terra, preciso me esforçar para efetivamente fazer a diferença no mundo. Isso explica por que é tão importante para mim sentir que estou ajudando a mudar vidas, seja dos alunos do Gran, seja dos quase 2 mil colaboradores e professores que – direta ou indiretamente – dependem do meu trabalho.

Vou ser bem sincero com você: quando chegar a minha hora de partir, espero fazer falta aos que ficarem. Não, não sou nenhum ególatra, do tipo que adora a si mesmo e a mais ninguém; tampouco desejo o sofrimento de quem quer que seja. Longe disso. Apenas gostaria de ser lembrado, e não por minhas conquistas materiais, mas pelas decisões acertadas que tenha tomado e pela ajuda que espero haver prestado a quem necessitava. Mais precisamente, gostaria que, ao pensarem em mim, as pessoas evocassem minhas qualidades de espírito, como, por exemplo, minha amorosidade, minha decência, meu senso de justiça e o respeito que sempre fiz questão de dedicar a todos.

Em resumo, eu ficarei imensamente feliz se um dia as pessoas se lembrarem de mim pelo meu caráter.

É, então, este projeto que me move: deixar minha marca no mundo. Estou falando de deixar de recordação uma vida que valeu a pena ser vivida, isto é, que não foi desperdiçada com futilidades ou maus sentimentos. Felizmente, como dizia Sêneca, “a vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas”. Ora, se a única certeza que temos é de que todos partiremos um dia, então a oportunidade para construirmos nosso legado é uma só: esta vida; nenhuma outra. É crucial, portanto, trabalhar duro desde já para que o fim de nossa existência física não passe em branco e um dia as pessoas sintam a nossa falta. No bom sentido, entende?

Em outras palavras, acredito que todos temos potencial para mudar um pouco o mundo e, assim, fazer da humanidade herdeira de nossa obra. Com isso em mente, já faz uma década que trabalho arduamente, às vezes beirando as 15 horas por dia. Obviamente, tempo por tempo não gera resultado, mas ao menos revela a intenção – sincera – de ajudar um monte de gente a fazer coisas boas, úteis, significativas para outro montão de gente. Agindo assim, espero orgulhar o Criador por ter me dado a dádiva da vida sem eu ter feito nada para merecê-la.

Também almejo chegar ao fim da minha passagem por aqui com a certeza de que fiz por onde, de que não me apequenei nem congelei diante de obstáculos e dificuldades. Até porque – e já falamos sobre isso em outra oportunidade – os problemas não devem ser normalizados nem suportados indefinidamente, mas enfrentados e resolvidos o quanto antes. A resiliência e a determinação também são qualidades memoráveis e inspiradoras, afinal.  Isso vale para mim e vale para você.

Então, viva sua vida temendo passar por ela sem deixar nenhum legado. Abomine a inutilidade, a superficialidade, a mediocridade, o vazio. Viva a vida que vale a pena, trabalhando duro a fim de um dia se tornar fonte de inspiração para a sua família, para a sua comunidade, para o seu país, para o mundo.

Como provoca o filósofo Mario Sérgio Cortella, “qual é a tua obra?”. A minha está em eterna construção e acho que jamais será concluída. Sem problema, porque a ideia é que ela impacte muita gente no caminho mesmo.

E a sua, qual é?

“Como nada vamos levar, que deixemos coisas que não estraguem, não apodreçam, não sejam objeto de disputa odiosa, nem gerem fratricídio.” – Mario Sérgio Cortella, filósofo e escritor, na obra “Viver em paz para morrer em paz: se você não existisse que falta faria?”

 

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