Finalizando a revisão do calendário de vacinação infantil

A revisão do calendário de vacinação infantil encerra com um panorama detalhado das imunizações aplicadas nos primeiros anos.

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26 de Março3 min. de leitura

Olá pessoal! Tudo bem? Sou a professora Débora Juliani, farmacêutica, especialista em Análises Clínicas e faço parte do time de professores do Gran Concursos.

Este é o quarto (e último) artigo da nossa verdadeira “saga” pelas vacinas que compõe o calendário de vacinação infantil. Se você ainda não leu os três primeiros, não deixe de conferir. No primeiro (https://blog.grancursosonline.com.br/calendario-vacinacao-infantil/), abordamos as vacinas que o bebê toma ao nascer e no segundo (https://blog.grancursosonline.com.br/o-que-voce-precisa-saber-sobre-vacinacao-infantil/).) as vacinas dos 2 meses. No terceiro, falamos das vacinas do terceiro e sexto mês de vida!

Chegou a hora de avançarmos para as vacinas aplicadas no bebê aos 9 meses de vida e aos 12 meses de vida, conforme o esquema a seguir:

Começando pelos 9 meses idade em que além da terceira dose da vacina contra Covid-19, temos também a vacina contra a febre amarela. Trata-se de um imunizante de vírus vivo atenuado, que diferente das demais vacinas injetáveis que vimos até agora, possui como via de aplicação, o tecido subcutâneo

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir da picada dos vetores, os mosquitos da espécie Aedes aegypti (sim, eles mesmos, os “mosquitos da dengue”), infectados. Porém, no Brasil, o ciclo da doença é majoritariamente silvestre, com transmissão por meio dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados no país em 1942 e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.

Importante destacar que é uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo evento suspeito deve ser prontamente comunicado/notificado, em até 24 horas, às autoridades locais competentes, que por sua vez, seguem o fluxo de notificação até o Ministério da Saúde.

As manifestações clinicas da febre amarela não são suficientes para o médico fechar o diagnóstico, sendo necessária a confirmação laboratorial por meio da realização de exames de sangue.

Para o diagnóstico na fase inicial da doença, dentro de 7 dias a contar do início dos sintomas, período no qual o vírus ainda está presente na corrente sanguínea, utiliza-se a reação em cadeia da polimerase (PCR) para a pesquisa direta do vírus. Já nas fases mais avançadas, o vírus deixa de circular na corrente sanguínea, mas surgem os anticorpos circulantes IgG e IgM específicos, que podem ser detectados nos testes sorológicos, pelo método de ELISA, por exemplo. Vale lembrar que os anticorpos da classe IgM marcam a fase aguda da infecção, enquanto os da classe IgG indicam uma exposição passada ou ainda o status de imunização pós vacinação.

Chegando aos 12 meses, teremos as doses de reforço das vacinas pneumocócica 10-valente (lembrando que a 1ª dose foi aos 2 meses e a 2ª dose aos 4 meses) e da meningocócica C (lembrando que a 1ª dose foi aos 3 meses e a 2ª dose aos 5 meses). Teremos ainda a aplicação da Tríplice viral, o imunizante de vírus vivos atenuados, aplicado por via subcutânea, que confere proteção contra sarampo, caxumba e rubéola.

O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à morte e que é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Sua transmissão ocorre por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar e os principais sinais e sintomas da doença são os famosos exantemas (manchas vermelhas) no corpo e a febre alta (acima de 38,5°).

A caxumba é uma infecção viral aguda e contagiosa, que comumente afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. A transmissão ocorre por via aérea, por meio da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. Uma vez infectada e curada da caxumba, a pessoa tem imunidade permanente contra o vírus. Essa proteção vitalícia também é garantida pela vacinação, que é a melhor e principal forma de prevenção e que inclusive é responsável pela drástica redução nos números de casos da doença no Brasil.

Finalmente, falando da rubéola, uma doença aguda, de alta contagiosidade e importância epidemiológica devido à ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. 

A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e feto natimorto, e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras). Justamente por este motivo, a importância da vacinação contra rubéola na infância é tão grande, pois assegura que na idade reprodutiva, as mulheres estarão imunizadas contra a doença!

Agora sim finalizamos este estudo! Percorremos em detalhes todas as vacinas aplicadas no primeiro ano de vida do bebê, que compõe o calendário de vacinação infantil. Espero que tenha gostado do conteúdo e que continue a estudar com o time do Gran Concursos. Temos cursos on line voltados para os editais dos principais concursos e residências do Brasil e estamos prontos para lhe ajudar a conquistar a sua tão sonhada vaga. Um forte abraço!

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