Toda atividade humana possui uma parte teórica e outra, prática. Portanto, saber o que é e saber o que ou como fazer são coisas diferentes, um conhecimento bipartido. Por exemplo, a construção de um prédio: há coisas que apenas o engenheiro poderá fazer (cálculos, verificações, estruturas etc.), mas há outras em que um mestre de obras é insubstituível (lidar com os funcionários, escolher e verificar os materiais etc.). Por analogia, podemos dizer que conhecer as regras de produção de uma tese (trabalho, projeto ou prova) e as normas de redação não garante, por si só, que a tese sairá boa.
“Saber fazer provas é bastante diferente de saber a matéria, mesmo que, para ser aprovado, seja necessário haver uma associação de ambos.”
Saber fazer provas é bastante diferente de saber a matéria, mesmo que, para ser aprovado, seja necessário haver uma associação de ambos. A realização de uma prova, exame, entrevista ou concurso público também possui seu know-how específico. O conhecimento funciona como uma arma e as técnicas de estudo e realização de uma prova são as maneiras de utilizar/manejar essa arma para que seja utilizada da melhor maneira possível. Uma coisa é saber a matéria; outra, bem diferente, é saber como usá-la; uma coisa é saber a resposta; outra é saber comunicá-la. Um aluno que saiba 50% da matéria e 20% de como usá-la e transmiti-la em uma prova terá mais sucesso do que aquele que sabe 100% da matéria, mas não tem ideia de como colocá-la no papel ou transmiti-la para o entrevistador ou examinador, por faltarem técnicas a esse conteúdo. Quem não conhece um amigo que sabe tudo, mas vive tirando notas baixas? Ou ainda aquele outro que tira boas notas, mas que, aparentemente, não sabe nada? Ou um professor que sabe muito a matéria, mas não sabe ensiná-la, e cuja aula é difícil de acompanhar?
Na preparação para concursos, além de saber a matéria e de saber usá-la (transmiti-la e sistematizá-la), a velocidade da aprendizagem também é muito importante.
Aprender é uma coisa, aprender otimizadamente é outra. Todos são capazes de aprender, mas nem todos sabem como fazê-lo em menos tempo. Na preparação para concursos, além de saber a matéria e de saber usá-la (transmiti-la e sistematizá-la), a velocidade da aprendizagem também é muito importante. Se em uma entrevista de emprego for determinado a dois candidatos que memorizem o conteúdo de uma folha de papel, e um o fizer em cinco minutos e outro em uma hora, certamente se verificará que o primeiro é mais eficiente; se alguém tiver de fazer uma prova e souber se preparar bem em duas horas, vai poder ir ao cinema, relaxar, curtir com a família. Se outro precisar do dia todo para estudar, perdeu o cinema, a saída com amigos, o dia com a família.
Por fim, se é possível aprender a matéria para passar em concurso público em um ou dois anos, por que levar quatro ou cinco? Como eu disse antes, uma coisa é aprender a matéria, outra é como aprender a matéria em menos tempo e da melhor maneira possível.
Por mais que se estude, será preciso desenvolver uma técnica especial para fazer as provas e isso se adquire basicamente por três modos:
- com o tempo, pelo sistema de erro e acerto – o que pode, em última instância, levar a grande frustração pelas inúmeras tentativas;
- com uma inteligência superior nata que ajude o indivíduo – costumo dizer que não são os gênios que são aprovados em concursos públicos, mas aqueles que se dedicam e pagam o preço de sua aprovação;
- com o estudo de técnicas específicas sobre como aprender, como aprender mais rápido e como utilizar melhor os conhecimentos – que é recorrer a técnicas e exercitar sua forma de fazer provas.
Qual é o melhor? O primeiro modo, como disse, até que funciona, mas exige muito tempo (que, normalmente, não se tem). O modo mais fácil me parece o segundo, mas ele depende da sorte e, para concursos, não se pode contar com a sorte. Assim, o melhor modo é com certeza o terceiro, pois é acessível a todos e produz resultados com rapidez e eficiência. Se você nunca se preocupou em aprender a aprender, e quer alcançar melhores resultados, está na hora de modificar sua forma de agir; consequentemente, atingirá objetivos maiores.
“Não deixe para contar com a sorte ou “fazer provas para testar”; estude com técnica, empenhe-se e persiga seu objetivo.”
As técnicas são muitas, desde memorização, em mapas mentais, que utiliza mais o apelo gráfico, até efetivamente a técnica de aprendizagem acelerada, leitura dinâmica e outros, mas todas devem partir da motivação para estudar e do objetivo de ser aprovado. Não deixe para contar com a sorte ou “fazer provas para testar”; estude com técnica, empenhe-se e persiga seu objetivo. Essa é, sem dúvida, a melhor maneira de conquistá-lo.
Confira a palestra do professor William Douglas sobre Como Passar em Provas e Concursos:
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Willian Douglas é conhecido nacionalmente como o Guru dos Concursos. É Juiz Federal, Titular da 4ª Vara Federal de Niterói – Rio de Janeiro. Proferiu palestra para mais de 1.400.000 pessoas. Autor best-seller, vendeu mais de 1.000.000 de livros. Possui larga experiência na realização de provas e concursos públicos, sendo aprovado em diversos certames, entre eles: Juiz de Direito/RJ (1º colocado), Defensor Público/RJ (1º colocado), Delegado de Polícia/RJ (1º colocado), Professor de Direito, na Universidade Federal Fluminense – UFF (4º colocado) Analista Judiciário/TRF da 2ª Região (5º colocado) e Juiz Federal/TRF da 2ª Região (8º colocado).
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Um verdadeiro ouro suas palavras. Obrigada.
So disse o óbvio
Botelho, seu fedelho.
Com esse “óbvio ” ai do Willian já passei em 8 concursos…. tem gente que acha que alguém vai ensinar uma fórmula mágica pra passar….é no óbvio que está o segredo.