A Rebeldia dos Sonhos

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Hoje quero compartilhar com você uma reflexão muito especial sobre algo que mudou minha vida e que, tenho certeza, pode mudar a sua também. Estou falando do poder dos sonhos. Não dos sonhos como devaneios vazios, mas como fogo interior que nos move a realizar o impossível. Sonhar é uma das mais puras expressões do ser humano. Graças à capacidade de imaginar além do concreto, conseguimos vislumbrar novos horizontes e desafiar os limites da rotina.

Quem assistiu ao belíssimo “Sociedade dos Poetas Mortos” deve se lembrar da clássica cena do professor John Keating dizendo: “Estou em cima da minha
mesa para lembrar que devemos constantemente olhar para as coisas de uma maneira diferente.”

Às vezes, é preciso mesmo mudar de perspectiva para encontrar o caminho da realização. Como CEO do Gran, aprendi que temos de manter esse olhar
curioso, criativo e resiliente sobre as coisas e os fatos da vida. É isso que nos
permite, por exemplo, enxergar possibilidades onde outros veem apenas
obstáculos.

E o que pode ser mais criativo e autêntico que um sonho? Sonhos nos
conectam com nossa essência mais profunda, com aquilo que realmente nos
motiva. O maior poder deles não está, portanto, em sua realização imediata,
mas no movimento que eles geram dentro de nós. Eles desencadeiam um
processo de reconexão com nossos maiores desejos, aqueles que a rotina
acelerada nos faz esquecer, sabe? Sonhar, nesse sentido, é lembrar quem
somos, é reafirmar o que queremos da vida, é encontrar o caminho de volta
para aquilo que nos faz sentir verdadeiramente vivos.

Para dizer o mínimo, sonhos nos permitem escapar, ainda que por alguns
momentos, das pressões externas e das expectativas da sociedade sobre nós.
Sonhando, ignoramos temporariamente as barreiras do mundo real, abrindo
espaço para imaginar quem podemos nos tornar, sem as amarras da
objetividade. Um pouco de “loucura” criativa vai bem para rompermos com as
limitações que nós mesmos nos impomos. Quem sabe assim descobrimos
caminhos que o pensamento puramente racional jamais encontraria?

Como lembra o mestre eternizado por Robin Williams, “não importa o que lhe
digam; palavras e ideias podem mudar o mundo.” E podem mesmo. Você que
está se preparando para concursos sabe bem disso. Do campo das ideias, os
sonhos são nossa resistência. Quando tudo parece incerto, quando os ventos
sopram contra nós, são eles que oferecem alguma segurança em meio à
tempestade. Eles são a força que nos impulsiona a continuar mesmo quando o cansaço e o medo ameaçam pôr tudo a perder.

E sonhar é, sem dúvida, um ato de coragem. Requer a audácia de enfrentar o
desconhecido, desafiar o presente com a visão de um futuro puramente
imaginado. Muitos dos maiores feitos da humanidade surgiram de sonhos que pareciam verdadeiros contrassensos no início. Veja o exemplo de Santos Dumont e sua ideia “absurda” de fazer o homem voar. Considerado lunático no início, insistiu até ser bem-sucedido em seu projeto. Hoje, milhares de pessoas cruzam os céus diariamente, tudo graças ao sonho de um homem.

De fato, a história não é feita por quem toma o caminho mais fácil, mas por
aqueles que têm a ousadia de imaginar o inimaginável e de agir para concretizar o impossível. Isso nos leva ao ponto crucial: entender que os
sonhos, sozinhos, não mudam nada. Eles são um ponto de partida, uma
semente, mas o que faz a diferença é a ação que inspiram, a determinação de
transformá-los em realidade.

Sonhar é um ato subversivo, um rompimento com a estagnação. É a negação
de que as coisas devem ser como sempre foram. E não deve ser um refúgio
para escapar do mundo, mas uma força que nos liberte do medo de agir. Não
há progresso sem risco, sem a disposição de errar e de falhar. O sonho não é
um passaporte para o sucesso, mas um convite para a jornada – com todos os
percalços que ela venha a apresentar.

Reconheço que sonhar, nesse sentido, pode ser um pouco desconfortável.
Encarar o vasto horizonte da vida traz, sim, incertezas e medos. Paradoxalmente, porém, é nesse desconforto que reside nossa maior
oportunidade de crescimento. O medo de falhar existe e é natural, mas a
verdadeira tragédia seria deixar que ele nos impedisse de tentar.

Por isso, mais que um convite, quero fazer um apelo a você que chegou até
aqui: não se contente em apenas sonhar. Olhe para seus sonhos de uma
perspectiva diferente hoje. Questione-se sobre o que pode fazer, agora mesmo, para começar a transformá-los em realidade. Seja protagonista da sua própria história.

E lembre-se sempre das sábias palavras do professor Keating: Carpe Diem
aproveite cada dia, cada oportunidade, cada momento para fazer sua vida
extraordinária.

Gabriel Granjeiro – CEO e sócio-fundador do Gran. Reitor e professor da Gran Faculdade. Acompanha de perto o universo dos concursos desde muito cedo. Ingressou nele, profissionalmente, aos 14 anos. Desde 2016, escreve artigos semanalmente para o blog do Gran. Formou-se em Administração e Marketing pela New York University Stern School of Business. Em 2021, foi incluído na prestigiada lista da Forbes Under 30. Autor de 4 livros que figuraram entre os best-seller da Amazon Kindle.

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