Como foi o TPS?

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O Teste de Pré-Seleção (TPS) de 2016, prova da Primeira Fase do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), não surpreendeu os candidatos que estudaram bem e mantiveram os nervos no lugar. O exame seguiu o mesmo padrão das edições anteriores, o que é excelente, pois favorece aqueles que realizam estudos com disciplina, sempre com foco em conhecer bem o formato das questões, além do conteúdo.

Façamos uma análise por disciplina. A prova de Língua Portuguesa foi extensa e intensa, conforme antecipado por nós em diversas ocasiões e também nas aulas do Gran Cursos Online. Seus 56 itens divididos em 14 questões (quase metade das 31 do período da manhã) exigiram dos candidatos bastante atenção, mas que em geral poderiam ser resolvidos com bom senso.

O controle emocional seria, portanto, ingrediente ainda mais importante do que o conhecimento de questões gramaticais. Daí porque costumo sugerir que essa prova fique para o final do período matutino, pois normalmente os candidatos ficam um pouco mais nervosos ao abrirem o caderno de provas.

Política Internacional, como igualmente se previa, teve caráter mais eclético. O exame cobrou conhecimentos históricos (especialmente da política externa brasileira), de atualidades e conceituais (de Teoria das Relações Internacionais).

Geografia seguiu a mesma linha. Foram apenas 5 questões, mas que exigiram estudos relacionados também com questões de História e da contemporaneidade governamental, como a Política de Defesa Nacional. Eis aí outra dica para ter-se sempre presente: a inter-relacionalidade das disciplinas do CACD. Essa conexão é particularmente intensa nestas duas últimas matérias supracitadas.

À tarde, ufa, o TPS ficou mais fácil, né? Só que não! Para quem não estudou bem Língua Inglesa, era difícil improvisar. As mesmas dicas de Português valem para esta prova. Cinco textos de relativa complexidade (ou alta, de acordo com os conhecimentos que se tem do idioma), desgastam e exigem elevado grau de atenção. Para quem tem menos familiaridade, o melhor seria deixar essas questões para o final. Mesmo aos que sabem mais Inglês, era preciso bastante atenção para não deixar escapar nenhum detalhe (em geral, aí está a resposta).

Em História do Brasil, novo desgaste. Foram apenas 6 questões, mas todas iniciadas com pequenos textos de abertura e 4 longos itens para definição de Certo ou Errado. Ou seja, cobrança de extenso conteúdo e exigência de boa preparação. Não há outra maneira de se estudar História que fuja da necessidade de se meter a cara nos livros.

O mesmo vale, evidentemente, para História Mundial. A prova teve mais questões do que a anterior (11 no total), porém mais curtas. Muito conhecimento da disciplina foi exigido. E estudá-la vale bastante a pena, pois o conteúdo pode cair indiretamente também nos exames de Política Internacional, Geografia ou mesmo Português e Inglês. Engana-se, portanto, quem lhe dedica menos atenção porque não está entre as provas discursivas da Terceira Fase do CACD.

Finalmente, Noções de Direito e Direito Internacional Público e Noções Economia, são, no meu entendimento, as disciplinas menos exigidas no TPS (daí serem boas alternativas para quem decide inverter a ordem de tratamento dos temas na Prova Objetiva da tarde.

Esses dois últimos exames foram, como costumam ser, bem conceituais e cobraram pouco ou nenhum conhecimento de atualidade. Não estou, obviamente, afirmando que o bom candidato ao CACD deva dispensar a leitura de jornais, periódicos ou portais de notícias, mas com certeza não seria aí que estaria a resposta ao que foi demandado no TPS em Direito e Economia.

E você? O que achou do TPS? Convido a deixar seus comentários e dizer, caso tenha feito nosso intensivão de reta final, quão útil foi nosso curso para sua preparação e o que podemos fazer para aperfeiçoá-lo para as próximas edições do CACD.

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Prof.Jean Marcel Fernandes – Coordenador Científico

Jean MarcelNomeado Terceiro Secretário da Carreira de Diplomata, em 14/07/2000. Serviu na Embaixada do Brasil em Paris, entre 2001 e 2002. Concluiu o Curso de Formação do Instituto Rio Branco, em julho de 2002. Lotado no Instituto Rio Branco como Chefe da Secretaria, em julho de 2002. Serviu na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, Setor Político, entre 2004 e 2007. Promovido a Segundo Secretário, em dezembro de 2004. Concluiu Mestrado em Diplomacia, Instituto Rio Branco, em julho de 2005. Publicou o livro “A promoção da paz pelo Direito Internacional Humanitário”, Fabris Editor, Porto Alegre, em maio de 2006. Promovido a Primeiro Secretário, em junho de 2006. Concluiu o Curso de Aperfeiçoamento em Diplomacia do Instituto Rio Branco, em março de 2007. Concluiu o Curso de Doutorado em Direito Internacional pela Universidade de Buenos Aires, Argentina, em julho de 2007. Serviu na Embaixada do Brasil em Washington, Setores Econômico e de Promoção Comercial (Chefe), entre 2007 e 2010. Publicou o livro “La Corte Penal Internacional. Soberanía versus justicia universal”, Editoriales Reus/Zavalía/Temis/UBIJUS, Madrid/Buenos Aires/Bogotá/México, D.F., em novembro de 2008. Condecorado com a Ordem do Rio Branco, Grau de Oficial, em abril de 2010. Assessor do Embaixador Antonio Patriota, na Secretaria-Geral das Relações Exteriores, em junho de 2010. Chefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial (MRE), desde agosto de 2011. Diretor do Departamento de Financiamento e Promoção de Investimentos no Turismo (DFPIT – Ministério do Turismo), 2013-2014. Chefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial (MRE), atualmente. A Divisão de Operações de Promoção Comercial do Itamaraty é responsável pela promoção de exportações brasileiras e promoção do turismo estrangeiro no Brasil. Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP).

 

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