“Seja qual for o conteúdo do momento presente, aceite-o como se você o tivesse escolhido. Sempre trabalhe com ele, não contra ele. Torne-o seu amigo e aliado, não seu inimigo. Isso vai milagrosamente transformar toda a sua vida.” – Eckhart Tolle, autor best-seller alemão
Quantas vezes nos vemos em uma encruzilhada em que pensamos: “E agora, o que eu faço”? Sabemos que temos problemas para resolver, escolhas para fazer, decisões para tomar, dívidas para quitar, mas nos sentimos confusos e incapazes de reagir até mesmo a situações que não são novas para nós e com as quais já lidamos antes de forma bastante tranquila. A imagem que vemos é a de um paredão a nossa frente. Temos medo, pois não dispomos de todas as respostas, embora sejam muitas as nossas perguntas. Sentimos aquele familiar frio na barriga, um arrepio na espinha, e o estômago parece não funcionar bem. Estamos quase entrando em pânico.
É, amigo, em cada fase da vida, sobretudo quando deparamos com os grandes desafios que lhe são próprios, ficamos cheios de dúvidas, entramos em crise e nos sentimos fracos e encurralados, sem saber que rumo tomar. Às vezes, nossa percepção é a de que não sabemos nem o que estamos fazendo com a vida, esse incrível presente divino. Ora, se você já se sentiu assim ou está se sentindo assim neste momento, não se desespere. Há uma razão bastante simples para isso: você está vivo. Então calma, que está tudo dentro do esperado.
Em geral, não percebemos, mas a cada passo que damos, deixamos uma marca permanente em nossa história; a cada avanço em nossa caminhada, lançamos uma semente que abre novas possibilidades de trajetória. Cada decisão que tomamos ou deixamos de tomar nos aproxima ou nos afasta completamente de nosso destino, seja ele o que planejamos para nós mesmos, seja o que foi traçado para nós independentemente de nossa vontade. Cabe lembrar – ou relembrar –, enfim, que o futuro é consequência do que fazemos no presente. Por isso é tão importante refletir bem antes de agir.
Primeiro, vamos admitir que a vida é imprevisível e que as coisas podem acontecer repentinamente, para o bem ou para o mal? Veja bem: não se trata de uma suposição, mas de uma certeza. Tenha coragem, cuide de si mesmo com carinho e trate bem a vida e as pessoas.
Quero, então, fazer dois acordos com você. Primeiro, vamos admitir que a vida é imprevisível e que as coisas podem acontecer repentinamente, para o bem ou para o mal? Veja bem: não se trata de uma suposição, mas de uma certeza. Tenha coragem, cuide de si mesmo com carinho e trate bem a vida e as pessoas.
Analise com tranquilidade os fatos e procure enxergar além deles. Uma vez ou outra, você concluirá que um acontecimento aparentemente ruim é, na verdade, uma bênção, um livramento, uma cutucada que o fará agir, uma prova da sua força, um teste do seu poder de oração e de reação.
Minha segunda proposta é: vamos deixar de reclamar das coisas como elas são? Defendemos sempre que, na trajetória de quem tem propósitos e busca a realização de algo maior, tudo pode acontecer, e não faz sentido escorar-se na imprevisibilidade da vida. Analise com tranquilidade os fatos e procure enxergar além deles. Uma vez ou outra, você concluirá que um acontecimento aparentemente ruim é, na verdade, uma bênção, um livramento, uma cutucada que o fará agir, uma prova da sua força, um teste do seu poder de oração e de reação. Cabe aqui um ensinamento do Dr. Roberto Shinyashiki: “Viva para surpreender a si mesmo e não aos outros”.
Ora, caro leitor, se suas raízes são sólidas, seus valores são íntegros, seus propósitos são coesos, não duvide: no tempo certo você terá uma colheita abundante e abençoada. “Entendi, Gabriel, mas o que fazer quando não se sabe o que fazer?”, você pode perguntar. Para isso, sugiro alguns passos:
1º) Procure se sentir confortável com o fato de a vida ser, sim, um tanto desconfortável e imprevisível. Não pretendo fazer você acreditar que essa é uma resolução fácil; quero apenas que comece a trabalhar a aceitação disso. Você administrará a ansiedade tendo essa compreensão. Uma boa ferramenta é passar para o papel a situação-problema, extraindo-a do campo das ideias e usando sua intuição e sabedoria para avaliar o que de bom e mau você está fazendo para resolvê-la. Dessa autoanálise surgirão pistas e opções de ação ou reação. Registre, por oportuno, a lição do mestre Stephen Kanitz: “Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes”.
2º) Busque seu propósito. Para alcançar a sabedoria, é preciso primeiro conhecer a si mesmo, descrever as próprias forças e fraquezas, enunciar seus valores, sua missão, seu grande propósito de vida. Depois, há que administrar bem o volume de informações disponíveis, focando a atenção naquilo que faz mais sentido, tem mais significado e importância. Procure levar a cabo o princípio de Pareto segundo o qual 80% dos problemas advêm de 20% das causas; isto é, há muitos problemas sem importância diante de outros mais graves. Para adquirir conhecimento verdadeiro, faça uma avaliação do que sabe, reconheça o que não sabe e parta em busca daquilo que lhe falta.
3º) Movimente-se. Faça qualquer coisa, mas saia da inércia. Mova o corpo e ponha a mente para trabalhar. Treine, aperfeiçoe-se. Faça sacrifícios. Depois de se colocar em movimento, em algum momento você lerá, escutará ou verá algo que lhe dará um insight. E isso, acredite, pode mudar tudo. As suas lutas de hoje serão seus testemunhos de amanhã.
4º) Aceite as consequências dos seus atos. Se você falhar, aceite a falha e siga em frente. Não há nada produtivo em mergulhar na culpa. Seja responsável por suas decisões e falhe, sim, mas para a frente. Parece óbvio, mas não custa repetir: responsabilidade é diferente de culpa. Culpa deriva de um pensamento punitivo, ao passo que responsabilidade vem de um pensamento salutar de não se vitimizar nem, tampouco, se punir. Aprenda com os erros e corrija o percurso.
5º) Concilie tudo isso e confie. Aceite que a vida é, sim, imprevisível. Mas aceite isso com a certeza de que, se você está de fato seguindo o seu propósito, movimentando-se, aceitando as consequências dos seus atos e dando o seu melhor, está fazendo tudo que há para fazer. Confie em si mesmo e no futuro, pois a alternativa não o ajudará em absolutamente nada. Quebre o ciclo da incredulidade que talvez atormenta a sua vida e expanda a sua capacidade de acreditar. Ouse se entregar um pouco mais, pois a fé é uma entrega.
Não sei se fui útil em minhas dicas. Talvez elas sejam apenas uma gota no oceano do conhecimento. Contudo, como diria nossa querida Madre Tereza de Calcutá: “Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor”.
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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.