Série Quebrando a banca FCC: Infecção do Trato Urinário Relacionada à Assistência à Saúde (ITU-RAS)

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25 de Outubro de 2017

Olá, alunos(as) da enfermagem brasileira! Selecionei para vocês questões da banca FCC relacionadas com a temática ITU-RAS. Esse tema é muito cobrado nas provas dessa banca e possui muitos detalhes importantes para serem observados. Comentei as questões utilizando o manual da ANVISA “Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde”, 2017.

Vamos nos aprofundar nessa temática?

1. (FCC/TRESP/2017) Foi solicitado ao técnico de enfermagem que realizasse a coleta de urina para exame Tipo I, de um paciente com cateterização vesical de longa permanência. Visando prestar uma assistência de enfermagem correta e segura o profissional deve

a) esvaziar a bolsa coletora, posicioná-la acima do nível da bexiga e coletar a urina diretamente do dispositivo de conexão, utilizando-se de técnica asséptica.

b) providenciar o fechamento do cateter vesical por duas horas e, após a limpeza do sistema coletor, retirar a amostra diretamente da bolsa coletora.

c) orientar o paciente a tomar dois copos de água, após duas horas, desconectar o tubo de drenagem e coletar a urina diretamente do cateter.

d) recusar a realizar o procedimento, pois de acordo com a legislação profissional, é vedado ao técnico de enfermagem a manipulação de cateter vesical de demora.

e) coletar a amostra através de aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção do dispositivo de coleta.

Gabarito: Letra e.

Comentário: O ideal é realizar a troca do cateter, mas, caso não seja possível, a ANVISA recomenda coletar a urina pelo injetor lateral, e nunca da bolsa coletora.

 

2. (FCC/TRF 4ª REGIÃO/2010) Durante o cateterismo vesical de demora, feminino, é necessário

a) colocar a paciente em posição de Sims para melhor visualização do meato urinário.

b) realizar a assepsia com solução tópica, aquosa e, em seguida, aplicar solução degermante.

c) utilizar sondas de calibres 6 a 8 em mulheres adultas.

d) introduzir a sonda até a saída de urina e progredir cerca de 3 cm para insuflação do balonete.

e) fixar a sonda na região suprapúbica, permitindo a contração dos músculos retroperitoneais.

Gabarito: letra d.

Comentário:

Letra a. Errado. A posição da mulher é em decúbito dorsal com as pernas fletidas e abduzidas (posição ginecológica).

Letra b. Errado. É o contrário: primeiro a solução degermante ou sabão; e, na sequência, a solução tópica.

Letra c. Errado. O tamanho apropriado deve ser o de menor calibre, mas, para adultos do sexo feminino, utilizamos na prática o tamanho de 10 a 14.

Letra e. Errado. Fixar corretamente o cateter no hipogástrio no sexo masculino e na raiz da coxa em mulheres.

 

3. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/2016) Paciente atendido no ambulatório em pós-operatório tardio de prostatectomia, faz uso de sonda vesical de demora que foi tracionada acidentalmente e deslocada para fora da uretra. Após o contato telefônico com o urologista do paciente, o médico solicita nova passagem da sonda vesical de demora pela equipe de enfermagem. De acordo com a Resolução COFEN nº 450/2013, no procedimento de sondagem vesical são recomendações, dentre elas

a) escolher cateter de maior calibre possível, que garanta a drenagem adequada, a fim de minimizar ocorrências de obstrução e reincidência de deslocamento.

b) garantir que o técnico de enfermagem e enfermeiro façam a inserção do novo dispositivo urinário, utilizando técnica asséptica.

c) orientar o paciente para manter a bolsa coletora na altura do abdome, evitando-se nova tração e deslocamento da sonda.

d) encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas trazem risco de cristalização após longos períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter.

e) considerar que no ambulatório, o procedimento de inserção de sonda vesical de demora seja feito com o uso de luvas de procedimento.

Gabarito: letra d.

Comentário:

Letra a. Escolher a sonda de menor calibre possível.

Letra b. Inserção de cateter urinário é privativo do enfermeiro.

Letra c. A bolsa coletora deve ficar abaixo do abdome.

Letra e. A inserção da sonda é feita com luva estéril.

 

4. (FCC/TRE-PR/2017) A execução do procedimento de Sondagem Vesical requer ações da equipe de enfermagem, observadas as disposições legais da profissão sobre competências. A Resolução do Conselho Federal de Enfermagem COFEN n. 450/2013 e o Parecer Técnico do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná COREN/PR n. 10/2015 estabeleceram que nesse procedimento

a) as soluções salinas são as mais indicadas para encher o balão de retenção.

b) a inserção do cateter vesical de alívio pode ser realizada pelo técnico de enfermagem.

c) a inserção dos dispositivos urinários seja realizada somente pelo enfermeiro treinado.

d) o sistema cateter-tubo coletor deve ser aberto, no mínimo, diariamente para evitar o risco de cristalização.

e) a bolsa coletora deve ser mantida 5 cm acima do nível de inserção do cateter.

Gabarito: letra c.

Comentário:

Letra a. Errado. Encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas, ou que contenham outros eletrólitos, trazem risco de cristalização após longos períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter.

Letra b. Errado. É privativo do enfermeiro treinado.

Letra d. Errado. O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto e, se necessário, deve-se manuseá-lo com técnica asséptica.

Letra e. Errado. Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, evitando refluxo de urina.

 

5. (FCC/TRT 9ª REGIÃO/2013) Ao efetuar a sondagem vesical de alívio em paciente adulto, sem alterações anatômicas, um dos procedimentos de enfermagem é

a) realizar a antissepsia da paciente do sexo feminino no sentido meato urinário para o ânus.

b) realizar o procedimento com o paciente do sexo masculino em decúbito lateral de sua preferência.

c) realizar a higiene íntima com solução de hipoclorito de sódio a 5%.

d) selecionar sonda de cateterismo vesical de número 2 a 4.

e) posicionar o pênis do paciente em ângulo de 30 graus em relação ao corpo para efetuar a inserção da sonda.

Gabarito: letra a.

Comentário:

Letra b. Errado. Realizar o procedimento com o paciente do sexo masculino em decúbito DORSAL.

Letra c. Errado. realizar a higiene íntima com solução de CLOREXIDINA ou outro, pois o hipoclorito não é utilizado para antissepsia, e sim para desinfecção de superfícies e artigos hospitalares.

Letra d. Errado. Selecionar sonda de cateterismo vesical de menor calibre possível, na prática utilizamos para mulheres de número 10 a 14 e para homens de 12 a 16.

Letra e. Errado. Posicionar o pênis do paciente perpendicular ao corpo para efetuar a inserção da sonda.

 

6. (FCC/TRT – 16ª REGIÃO (MA)/2014) Considere a seguinte situação hipotética:

Um técnico de enfermagem executa no paciente, sob supervisão e orientação do enfermeiro, as seguintes ações no procedimento de sondagem vesical:

  1. inserção do cateter vesical.
  2. colocação de solução salina no balão de retenção, sempre que necessário, para facilitar a deflação no momento da retirada do cateter.

III. monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação de líquidos.

De acordo com o Parecer Normativo para atuação da equipe de enfermagem em sondagem vesical, constante na Resolução COFEN n. 450/2013, é competência do técnico de enfermagem realizar o que está descrito em

  1. a) II e III, apenas.
  2. b) I, II e III.
  3. c) III, apenas.
  4. d) I e III, apenas.
  5. e) I e II, apenas.

Gabarito: letra c.

Comentário: As alternativas I e II estão erradas. A primeira, porque a inserção é privativa do enfermeiro, e a segunda porque não se usa soro, e sim água estéril.

 

Finalizamos nossos comentários sobre a ITU-RAS e as questões da FCC. Espero que você tenha gostado dessa nova abordagem das nossas questões por bancas!

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Fernanda Barboza é graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia e Pós-Graduada em Saúde Pública e Vigilância Sanitária. Atualmente, servidora do Tribunal Superior do Trabalho, cargo: Analista Judiciário- especialidade Enfermagem, Professora e Coach em concursos. Trabalhou 8 anos como enfermeira do Hospital Sarah. Nomeada nos seguintes concursos: 1º lugar para o Ministério da Justiça, 2º lugar no Hemocentro – DF, 1º lugar para fiscal sanitário da prefeitura de Salvador, 2º lugar no Superior Tribunal Militar (nomeada pelo TST). Além desses, foi nomeada duas vezes como enfermeira do Estado da Bahia e na SES-DF. Na área administrativa foi nomeada no CNJ, MPU, TRF 1ª região e INSS (2º lugar), dentre outras aprovações.

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