“Gabriel, estou me sentindo para baixo, sem conseguir pensar direito no meu futuro. Aliás, o que vejo nele não me agrada nem um pouco, pois parece que sou sempre incapaz de controlar os meus sentimentos… O que devo fazer?” Recebo variações desse desabafo e inquietação com bastante frequência. Pensando sobre o assunto, resolvi conversar com você sobre formas de agir naqueles momentos de apatia pelos quais costumamos passar de vez em quando. Minha ideia é dividir alguns dos meus aprendizados até aqui, já que não foram poucas as ocasiões em que vivi acelerado e logo em seguida recebi a inevitável visita do senhor Desânimo.
Sentir-se abatido um dia ou outro é absolutamente normal. Afinal, sentimentos vão e vêm e, da mesma forma que o envelhecimento, a morte, o movimento do sol, o humor do chefe e o clima lá fora, estão fora do nosso controle. Ora, se é inútil tentar mudar qualquer coisa relacionada a eles, só nos resta procurar entender como amor e ódio, alegria e tristeza, otimismo e desânimo vão se formando dentro de nós e assim, quem sabe, passar a lidar melhor com o problema.
Ninguém pode controlar 100% os próprios sentimentos, mas basta observá-los por alguns instantes que logo se percebe a textura e a energia deles se esvaindo lenta porém continuamente. O meu principal conselho, então, é assumir uma postura consciente sempre que um novo sentimento começar a dar sinal. Tente observar o processo se desenrolando como em um filme no qual outra pessoa, e não você, é o protagonista. Assista aos sentimentos bem ali, à sua frente, se aproximando e depois se dissipando tal qual as nuvens no céu. Note como tudo se dá sem a interferência de ninguém. E conclua por si mesmo como até os piores sentimentos em algum momento se vão.
Para que eles sigam seu curso, o melhor a fazer é não levá-los como uma verdade permanente, sob pena de reanimar os que já estavam esmorecendo. Quem nunca experimentou a sensação de estar tranquilo e ser subitamente invadido por uma sucessão de emoções ao se lembrar de algo do passado? Uma vez ou outra isso pode ser até bom – nada como reviver a euforia que vem na esteira de uma memória de infância, por exemplo. Outras vezes, baixar a guarda pode ser bem nocivo. É preciso, acima de tudo, ter consciência de que não nos resumimos a um sentimento; nem mesmo a um conjunto deles. Ninguém pode ser reduzido a uma história que a mente conta para que tudo faça algum sentido.
Aliás, você já se deu conta de que nossos pensamentos parecem se agarrar ao passado ou ao futuro; jamais ao momento atual? Pois bem. A melhor forma de lidar com isso é forçar a sua mente para o presente – que, afinal, é quando tudo acontece – e lutar para mantê-la aqui. Seja firme nesse propósito e note seus pensamentos finalmente repousando. Aproveite a paz e tranquilidade que se seguirem, mas com sabedoria e sem perder de vista a eventual necessidade de tornar a agir proativamente.
Como você deve imaginar, autoconhecimento é fundamental na luta contra a apatia. Meditação e boas doses de ócio reparador também: além de contribuírem para nossa conexão com nós mesmos, são de enorme utilidade nos momentos de ansiedade e insegurança, por exemplo. Quando você alcança essa consciência, pelo treino diário, logo percebe uma calma progressiva que lhe permite invocar bons pensamentos e sentimentos mais produtivos.
“Mas, Gabriel, quanto mais eu tento esvaziar a minha mente, repousar na tranquilidade, meditar, mais pensamentos – com sentimentos não tão positivos – parecem surgir.” Acalme seu coração, meu amigo, pois isso também é completamente normal. Veja, quando nos concentramos em esvaziar a mente, estamos, na prática, gerando no mínimo mais um pensamento, que pode, sim, ser a porta de entrada para outros. Parece um contrassenso, mas não é. O jeito é, ao notar que começou a divagar, retomar o propósito inicial, reiniciando o processo de desaceleração.
Empatia, afeto, carinho, afeição, amor, entre outros sentimentos positivos, dão o ar da graça entre aqueles que cultivam a calma e a autocompaixão. Uma mente compassiva e serena está a um passo de vencer qualquer fonte de desânimo, ao contrário de uma consciência contaminada por pensamentos negativos, para a qual o mundo lá fora parece sempre, sempre sombrio.
Vamos juntos, lidando com o desânimo sempre que necessário, resilientes na contínua busca por uma existência plena e cientes de que sentimentos ruins fazem parte da vida. De nós se espera apenas que os administremos nos limites de nossa humanidade.
“A própria alma deve ser feliz e confiante, elevada acima de todas as circunstâncias.” – Sêneca
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