Vencendo a inconstância

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O texto que escrevo neste momento marcará o 400º artigo semanal publicado em nosso blog. Esse tempo todo, não deixei passar uma única semana sem uma nova mensagem para os meus seguidores, independentemente dos múltiplos desafios e acontecimentos inesperados que surgiram no caminho. Não raro, me vi sem inspiração e incerto sobre que tema abordar, e recentemente cheguei a pensar: “É isso, desta vez não vou conseguir… É hoje que quebro a sequência.” No entanto, fico feliz em dizer que sempre encontrei uma maneira de prosseguir.

Você sabe que sou muito mais esforçado que talentoso. Para complicar mais um pouco, meu grau de exigência em relação à qualidade das minhas mensagens é elevado, então só publico quando tenho certeza de que o padrão do artigo está à altura do esperado. Isso, por si só, amplifica o desafio, de modo que sinto ter alguma autoridade para ajudar quem esteja precisando de mais constância na vida. Afinal, se fazer algo sistematicamente por 1 ano já é difícil, o que dizer quando a rotina se estende por 7 anos e meio?

Ter constância é uma tarefa particularmente árdua quando levamos em conta o contexto atual da humanidade. Ali pela segunda metade do século XX, entramos na chamada “era da informação”, também conhecida como “era digital”. As informações vêm e vão o tempo todo, e num piscar de olhos podemos ficar desatualizados. Isso se reflete, é claro, no comportamento das pessoas. A hiperconectividade é um desses reflexos; trata-se da necessidade de estar conectado à internet e às redes sociais o tempo todo. Outro efeito é a impaciência. As pessoas simplesmente têm pressa e parecem ter perdido a capacidade de persistir. Estamos testemunhando um grande mal que caracteriza nosso tempo: cada vez menos gente consegue continuar algo que começou.

Em outras palavras, o mundo está repleto de iniciantes. Pessoas que se matriculam na academia todos os anos, frequentam o primeiro mês e depois abandonam. Também há quem comece firme numa dieta, perca algum peso e passe a se sentir melhor, mas tem dificuldade em manter o hábito. E, obviamente, há quem se jogue com determinação num projeto de aprendizado, estude com afinco por algumas semanas para em seguida desistir ou perder o ritmo.

A verdade é que não adianta apenas começar algo. Qual a vantagem de dar um “tiro”, o tal do sprint, e em seguida diminuir a marcha ou torná-la irregular?

Então, fica a pergunta: como vencer a inconstância? Tenho algumas dicas para você, todas de ordem prática. Vamos a elas?

  1. Não vá com muita sede ao pote.

Um erro comum entre os que iniciam qualquer projeto é almejar a perfeição da noite para o dia. Ora, ninguém aguenta uma rotina insana por muito tempo. A evolução deve ser gradual. Então, se a prática de atividades físicas regulares nunca foi do seu feitio, não invente de querer treinar de segunda a segunda; do contrário, tudo que você conseguirá nesse processo será uma lesão. Em vez de ser tão radical, prefira treinar 2 ou 3 vezes por semana no início e vá ganhando ritmo antes de aumentar a frequência e a intensidade dos exercícios.

Da mesma forma, se você nunca foi um aluno estudioso, não será de hoje para a amanhã que isso mudará, com sua rotina subitamente se transformando em 5 ou 6 horas diárias. Mude o hábito aos poucos, dedicando-se 1 ou 2 horas por dia nas primeiras semanas e intensificando aos poucos o esforço. Pode ter certeza: talvez até demore um pouco, mas chegará o momento em que você começará a gostar do seu novo ritmo.

  1. Saiba que a trajetória jamais será linear.

Não se iluda: nem todos os dias serão bons. Há quem pense que agir com constância seja o mesmo que funcionar como um robô que faz tudo conforme o planejado e sem nunca falhar. Não é bem assim. Veja o meu caso: alguns artigos redigi com bastante antecedência enquanto outros produzi no limite do prazo. Alguns fluíram com incrível facilidade da minha mente para a tela do computador, ao passo que outros consumiram horas e horas do meu fim de semana apenas para eu decidir sobre o que escrever.

Algo parecido acontece com quem decide estudar para concursos públicos. Haverá dias em que ele não estudará como gostaria, e está tudo bem. O importante é a consistência; é o aprendizado regular e sistematizado; é a evolução na direção certa.

  1. Trate o tempo como seu ativo mais valioso.

Se existe algo que me aborrece de verdade, é perder tempo, sobretudo quando não sou eu o culpado disso. Valorizo demais o meu tempo, até porque o percebo como escasso. Com a dinâmica atribulada do dia a dia, fui desenvolvendo uma cultura pessoal de honrar cada minuto disponível. E, veja, não me refiro a trabalhar ou produzir sem parar. Sou humano, então me concedo preciosíssimos momentos de descanso em casa, na companhia da minha família, mas com um detalhe importantíssimo: fui eu que escolhi “perder” esse tempo.

A chave está em nós mesmos decidirmos o que fazer e quando fazer. Não permita que ninguém decida por você como usar o seu tempo. Seria um erro grave.

  1. Monitore o seu desempenho.

É significativamente mais fácil manter a constância em qualquer atividade quando se nota algum progresso. O ser humano é movido pelo desejo de melhorar. Se você já praticou atividades físicas, deve saber do que estou falando. Cada pequeno avanço é importante para retornar no dia seguinte à academia apesar da tentação da cama quentinha em casa… A depender do caso, cada quilo perdido ou mesmo um pequeno ganho de massa muscular basta para renovar a força de vontade.

Nos estudos, é igualmente relevante ir acompanhando o próprio desenvolvimento. Nada como constatar que hoje se consegue responder corretamente uma questão que ontem parecia dificílima. No meu contexto aqui, no blog, uso como ferramenta de medição do meu desempenho o feedback dos alunos. Tento ler todos, e o prazer que vem com a percepção de que o esforço está valendo a pena é indescritível!

  1. Crie mecanismos de pequenas recompensas.

Conseguiu cumprir uma meta de estudos desafiadora?  Então se permita assistir a um episódio de sua série favorita. Fechou uma semana inteira observando direitinho a sua dieta? Então pode comer aquele docinho no sábado. Não dá para ser rigoroso em tudo. Poucas pessoas aguentam isso. Conceda-se pequenos prazeres, mas sem se esquecer de que eles são a exceção, não a regra. Nada de agir como aqueles que assistem a 8 episódios de uma série em troca de apenas 1 hora de estudo.

Encerro com um agradecimento. A você que tem me acompanhado neste espaço, minha mais profunda gratidão. Sem os milhões de visitas ao blog e as cerca de 100 mil respostas aos e-mails recebidas ao longo destes 7 anos e meio, eu não teria encontrado o estímulo necessário para persistir.

Continuo comprometido com meu projeto de oferecer conteúdo de valor a você. Se Deus me conceder saúde, força e sabedoria, seguirei firme nesse propósito por muitas e muitas semanas ainda. Permanecerei constante, e espero que você também. Lembre-se: a constância vale bem mais que picos de dedicação. Sempre.

P.S.: Siga-me (moderadamente, é claro) em meu perfil no Instagram. Lá, postarei pequenos textos de conteúdo motivacional. Serão dicas bem objetivas, mas, ainda assim, capazes de ajudá-lo em sua jornada rumo ao serviço público.

Mais artigos para ajudar em sua preparação:

  1. Talento vale, mas esforço conta em dobro
  2. Dê um reset na sua vida
  3. Sucesso no (aparente) fracasso
  4. Você tem de tomar uma decisão!
  5. Em busca da realização
  6. Amor como propósito
  7. Sempre tem um jeito
  8. Faz parte…
  9. Tempo, o concurso da vida
  10. A conquista sendo conquistada
  11. O Iceberg da Aprovação
  12. Porta fechada, portão aberto
  13. Conselhos do meu EU futuro
  14. Fé nos momentos difíceis
  15. Há um tempo certo para todas as coisas
  16. A motivação supera a inteligência
  17. Imagine uma nova história…
  18. Vença o desânimo
  19. O lado perigoso da comparação
  20. Quando se sentir fraco…

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