Minha história em concursos públicos

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2 de Agosto de 2018

Minha história em concursos públicosOlá, pessoal! Meu nome é Thiago Rodrigues de Freitas, tenho 27 anos e faço parte da equipe de Coach para concursos e certames públicos do Gran Cursos Online! Hoje vim aqui contar um pouco da minha história no mundo dos concursos para vocês.

Atualmente, sou Analista Judiciário – Área Administrativa do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, encontrando-me cedido ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região – TRT 10 (DF e TO) para o exercício do cargo em comissão de Assessor para Apoio ao Primeiro Grau. Até chegar aqui, tive várias outras experiências com concursos.

Tudo começou em 2009, quando fiz meu primeiro concurso público aos 18 anos, para o cargo de Atendente de Reintegração Social, da Secretaria de Justiça do Distrito Federal (hoje chamado de Atendente de Reintegração Socioeducativo, vinculado à Secretaria da Criança). Para se ter uma ideia, na época, eu não sabia nem sequer a diferença entre Direito Administrativo e Direito Constitucional, ou seja, eu estava partindo realmente do zero.

O resultado não podia ser outro: não consegui ficar nem entre os 1000 primeiros e não fui nomeado. Confesso que fiquei chateado, já que saí da prova achando que tinha acertado tudo e que “estava tudo no papo”.

Depois disso, fiquei um tempo sem estudar, por volta de um ano inteiro, até que veio a notícia de que o concurso do MPU estava prestes a sair e que, por ser um órgão muito grande, a tendência era chamar muita gente. Aqui eu já havia entrado na faculdade – estava indo para o 3º semestre do curso de Direito, então eu estava com uma noção um pouco melhor acerca da divisão didática das disciplinas, notadamente das jurídicas.

Assim, peguei o edital do último certame do MPU e comecei a estudar por ele. Em menos de um mês depois, veio o balde de água fria: não bastasse ter sido cobrado conteúdo completamente distinto daquele cobrado na última prova, as matérias jurídicas, com as quais eu tinha mais familiaridade, perderam força, e as matérias de administração ganharam maior relevância. Mesmo assim, não me deixei abater e aceitei o desafio, estudando com mais seriedade do que em 2009. Contudo, tal qual no concurso da SEJUS, tive um péssimo desempenho.

Novamente, fiquei bem abatido e chateado com meu desempenho, o que me levou a parar por mais um longo período. Fiz algumas provas que apareceram pelo caminho, sem as levar muito a sério, mas foi o que me impediu de esquecer por completo o que havia estudado.

Meses depois, minha reserva financeira havia acabado, daí foi quando REALMENTE percebi que não poderia mais ser “concurseiro de edital” e que precisaria focar em carreiras com similitude de matérias, levando as coisas a sério. Nessa época, a maioria dos concursos para tribunais estava expirando e, como já tinha uma boa base de matérias jurídicas e de matérias administrativas, vi aí uma boa oportunidade.

Comecei a estudar e logo saiu o edital do TSE, que foi publicado na minha semana de provas da faculdade. Por sorte, logo na semana seguinte, entrei de férias e pude me dedicar integralmente a ele. A minha grande dúvida era para qual cargo prestar a prova, se para analista judiciário da área judiciaria ou da área administrativa, além, é claro, do cargo de técnico judiciário da área administrativa, que era o meu foco no momento. Por mais que eu estivesse cursando Direito, optei pelo analista da área administrativa, em vista da semelhança das matérias com as do cargo de técnico.

Estudei bastante e o resultado final foi: 815ª posição para técnico e 62ª para analista. Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Triste porque minha necessidade financeira era imediata – eis o motivo de focar no cargo de técnico, já que ainda estava no 5º período do curso de Direito e não poderia assumir um cargo de nível superior tão cedo – e o fato de ter ido tão mal indicava que precisaria continuar a estudar para outros concursos. Porém, estava feliz pelo meu desempenho na prova de analista, considerando que eu sequer era formado (perdi várias posições na etapa de avaliação de títulos por isso) e estava bem classificado, com chances de ser nomeado dentro de alguns anos.

Após esse resultado, apesar de ter ido mal para técnico, percebi que estava no caminho certo e que era apenas questão de tempo até minha primeira nomeação. Em seguida, saiu o concurso para o CFM. O certame, apesar de não ser da área de tribunal, cobrava praticamente as mesmas matérias, então não podia deixar passar em branco. Fiz a prova e o resultado foi muito bom, fiquei na 11ª colocação. Fiquei bem feliz com isso, afinal, é uma excelente posição, mas, pelo CFM possuir uma estrutura muito pequena, talvez as nomeações não me alcançassem.

Pouco tempo depois, saiu o concurso do TST. Era uma oportunidade de ouro, pois, por tradição, é um concurso que nomeia muita gente. Estudei muito e o resultado foi a 179ª posição. Mais uma vez fui dominado por um sentimento ambivalente, feliz porque as chances de ser nomeado eram muito boas, mas triste porque eu precisava imediatamente de dinheiro e não seria nomeado tão cedo.

Continuei nos estudos e logo vieram os editais da PRF e do IBAMA, que, assim como no CFM, não eram concursos da área de tribunal, mas eu não podia deixar passar em branco por já ter experiência com as matérias cobradas. Nesse meio tempo, saiu também o edital do CNJ. Como estava estudando com uma certa regularidade, consegui excelentes resultados: 3ª colocação na PRF, 5ª no IBAMA e 96ª no CNJ. Fiquei extremamente feliz, já que, agora, eu poderia dar uma certa relaxada, porque finalmente seria nomeado logo na primeira leva.

A partir de então, senti uma das melhores sensações que um concurseiro pode sentir: escolher para qual órgão você vai trabalhar. Entrei primeiro na PRF e decidi ficar por lá até ser nomeado no TST. Foi uma temporada de muito aprendizado naquele órgão, pelo qual tenho muito apreço e que aprendi a respeitar bastante depois de conhecer de perto a sua importância para o desenvolvimento do país. Tenho excelentes lembranças de lá (e bons amigos, é claro).

Enquanto estava lá, saiu o concurso da Câmara dos Deputados. Prestei a prova para o cargo de Agente de Polícia Legislativa. Foi uma época difícil, já que eu estava trabalhando o dia todo, fazendo o estágio obrigatório da faculdade, escrevendo minha monografia e estudando para o certame aos finais de semana. Mas não desisti: me dediquei bastante e estudei o máximo que pude (cada minutinho que eu tinha livre eu tentava aproveitar fazendo uma questão ou relendo algum conceito).

Fui muito bem na prova objetiva, mas, pela primeira vez, reprovei em uma redação. Confesso que fiquei chocado. Sempre tirei excelentes notas nas provas discursivas, ganhando várias posições, mas dessa vez me dei muito mal. Lembro como se fosse hoje: a redação valia 35 pontos, a nota mínima era 20, e eu havia ficado com 18,49. Conversei com um professor de atualidades (a redação era sobre a crise da Rússia com a Ucrânia em relação à região da Crimeia), e ele me ajudou a elaborar o recurso.

O CESPE acatou o recurso e subiu minha nota para incríveis 19,44 pontos, ou seja, não mudou absolutamente nada.

De qualquer forma, duas coisas me serviram de aprendizado nessa prova:

  • Quando a gente quer de verdade, a gente arruma tempo para fazer. Nessa época, eu acordava 6:00 para ir trabalhar e retornava para casa 23:00, depois da faculdade. Nos finais de semana, fazia cursinho de manhã e de tarde, de modo que, para lazer e descanso, só me sobrava sábado e domingo depois das 18:00.
  • Toda matéria tem sua importância. Sempre direcionei meus estudos para matérias de maior peso e deixei matérias como atualidades em segundo plano, o que foi meu maior erro. Como eu não tenho o hábito de assistir aos noticiários televisivos (minha TV nem sequer possui antena, só serve como extensão do meu monitor para eu ver seriados), eu deveria ter separado um tempo para saber sobre as principais notícias que estavam em voga naquele momento. Eu só sabia “por alto” sobre essa briga pela Crimeia, o que me impossibilitou de fazer um texto mais profundo sobre o tema. Minha arrogância ao julgar “perda de tempo” estudar atualidades me levou ao fracasso.

Aprendi as lições e a vida seguiu. Após um ano e meio na PRF, fui nomeado para o TST e optei por ir. Outro órgão de que tenho orgulho de dizer que fiz parte. A diferença que eu mais senti (além do acréscimo salarial, obviamente) foi a questão da jornada. Sair de uma jornada de 8 horas diárias para uma de 6 horas é uma maravilha que não tem como explicar. Voltar a ter tempo para os familiares e amigos não tem preço. Foi uma época boa, pude me dedicar à parte final da faculdade e terminar minha monografia com mais calma.

Assim, me formei e, poucos meses depois, nos últimos meses de validade do certame, fui nomeado para Analista no TSE. No tempo perfeito. Se fosse antes, eu não poderia assumir, por não ter nível superior completo. Se fosse depois, o concurso expiraria a validade.

O mais engraçado é que, quando eu recebi a ligação do pessoal do TSE, eu não parava de pensar que, lá em 2012, quando saiu o resultado final do concurso, eu fiquei matutando “poxa vida, meu Deus, por que eu não me dei bem para técnico? Eu preciso passar num concurso para ontem, eu trocaria fácil o resultado de analista pelo de técnico”.

Não sei a crença de vocês, mas eu acredito em Deus e, nesse dia, eu percebi como os planos dEle são perfeitos, ainda que não consigamos ver de imediato. Se Ele tivesse aceitado minha barganha, eu não teria continuado a estudar, já que estaria “com o burro na sombra”, não teria tido a experiência que tive nos outros órgãos, feito os amigos que fiz, e estaria exatamente onde hoje estou, mas recebendo um salário um pouco menor.

Enfim galera, esse é um pequeno resumo da minha trajetória “concurseirística”. Pulei algumas experiências para não ficar algo muito extenso e cansativo. Espero que esse texto lhes tenha sido útil de alguma forma e que vocês, assim como eu, não desistam, porque, como eu mostrei, nem sempre as coisas acontecem da forma e no tempo que gostaríamos, mas podem ter certeza de que acontecem do jeito que deveriam e do melhor modo possível.

Quem planta, um dia colhe.

Thiago Rodrigues


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2 de Agosto de 2018