A preparação para concursos públicos envolve muitos desafios e, dentre eles, o domínio da Língua Portuguesa se destaca como um dos principais. Isso porque, independentemente da área de atuação ou do nível de escolaridade exigido, essa é uma disciplina constante e decisiva em quase todos os concursos abertos.
Além dela ser a ferramenta primária de comunicação, a habilidade em português é vista como reflexo do profissionalismo e do conhecimento geral do candidato. Pensando nisso, preparamos um artigo com os principais assuntos de português para concursos e como você pode estudá-los. Veja!
Índice
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Qual é a importância de estudar português para prestar concursos?
O estudo aprofundado do português para concursos vai além da mera memorização de regras gramaticais. Ele se faz essencial por diversas razões, como permitir que o candidato se expresse de maneira clara e objetiva, compreender e interpretar textos de maneira eficiente, além de evitar erros que podem comprometer a sua pontuação.
Em provas discursivas, a importância se torna ainda mais evidente, pois uma boa redação pode ser o diferencial para a aprovação. Portanto, dominar a Língua Portuguesa é fundamental para quem quer ter sucesso nos concursos públicos.
Quais são os assuntos mais cobrados em português em concurso público?
Como comentamos, os concursos públicos no Brasil costumam ter uma ênfase considerável na Língua Portuguesa, refletindo a importância de uma comunicação clara e eficaz no serviço público.
Veja, a seguir, quais são os assuntos mais cobrados em português nos concursos!
Verbos
Os verbos são palavras que expressam ações, estados, fenômenos da natureza ou processos, ocupando uma posição central na estrutura das orações. Eles são essenciais para a construção de frases e textos, pois fornecem informações sobre o que está sendo feito, quem está realizando a ação e quando ela ocorre.
A compreensão e o uso correto desses verbos são fundamentais para a clareza e a precisão na comunicação. Assim, eles podem ser classificados da seguinte forma:
- verbos regulares: seguem um padrão de conjugação em todos os tempos, modos e pessoas. Exemplo: cantar, vender, partir;
- verbos irregulares: não seguem um padrão fixo de conjugação em algumas formas. Exemplo: fazer, ir, ser;
- verbos anômalos: são extremamente irregulares, mudando radicalmente em algumas formas. Exemplo: ser, ir;
- verbos defectivos: não são conjugados em algumas pessoas, tempos ou modos. Exemplo: abolir, falir;
- verbos abundantes: apresentam mais de uma forma de conjugação em algumas pessoas, tempos ou modos. Exemplo: aceitar/aceitado, imprimir/imprimido.
O estudo detalhado dos verbos, incluindo a sua classificação, conjugação e emprego corretos em contextos variados, é essencial para qualquer pessoa que deseja aprimorar a sua proficiência na Língua Portuguesa.
Para candidatos a concursos públicos, o domínio sobre os verbos não apenas facilita a resolução de questões de gramática, mas também contribui para a elaboração de textos claros e precisos, seja em questões discursivas ou na redação.
A seguir, vamos explorar alguns aspectos importantes dos verbos, particularmente relevantes para o estudo da Língua Portuguesa!
Tempos verbais
O conhecimento dos tempos verbais é crucial para a correta formação de frases e para expressar ações no tempo. Entender como e quando usar cada tempo verbal pode melhorar a qualidade da escrita.
Eles são divididos em:
- presente: indica uma ação que ocorre no momento atual;
- passado: dividido em pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito, expressa ações concluídas ou em andamento no passado;
- futuro: indica ações que ocorrerão após o momento da fala. Pode ser dividido em futuro do presente e futuro do pretérito.
Modos verbais
Os modos verbais são essenciais para expressar diferentes estados de ação, como certeza, dúvida ou ordem. Dominar o seu uso é fundamental para quem deseja ter uma escrita precisa e adequada.
Os modos verbais são:
- indicativo: expressa uma ação considerada real ou certa. Exemplo: “Ele trabalha todos os dias”;
- subjuntivo: indica uma ação possível, duvidosa ou hipotética. Exemplo: “Talvez ele trabalhe amanhã”;
- imperativo: expressa um comando, pedido ou conselho. Exemplo: “Trabalhe com dedicação”.
Pontuação
A pontuação é um aspecto crucial da escrita que ajuda a guiar a leitura, a estruturar o texto e a esclarecer o seu significado. O uso correto dos sinais de pontuação é essencial para a clareza, a coerência e a elegância do discurso escrito.
Cada sinal tem funções específicas na Língua Portuguesa e compreender essas funções pode melhorar significativamente a sua habilidade de escrita.
Vamos explorar, a seguir, os sinais de pontuação mais comuns e as suas principais utilizações!
Uso da vírgula
A vírgula é um dos sinais de pontuação mais versáteis e frequentemente utilizados na Língua Portuguesa. Sua principal função é separar elementos dentro de uma frase, podendo indicar uma pausa leve.
É utilizada para separar itens em uma lista, isolar expressões explicativas ou adjuntos adverbiais, separar orações coordenadas, principalmente quando não estão unidas por conjunções, e para indicar a elipse — omissão — de um verbo já mencionado.
O uso da vírgula requer atenção, pois uma vírgula mal colocada pode alterar completamente o sentido de uma frase, levando a possíveis ambiguidades ou mal-entendidos.
Uso dos dois-pontos
Os dois-pontos são empregados para introduzir uma explicação, uma enumeração, uma citação direta ou um discurso direto. Eles preparam o leitor para algo que será detalhado ou especificado imediatamente após a sua marcação.
Por exemplo, em listas detalhadas que seguem uma declaração inicial ou antes de uma fala de personagem em narrativas. Os dois-pontos podem ser considerados como um sinal de “atenção”, indicando que a informação seguinte está diretamente relacionada à anterior e a complementa de maneira significativa.
Uso do hífen
O hífen é um sinal de pontuação utilizado para ligar elementos compostos, como palavras compostas, prefixos e sufixos às palavras base e, em alguns casos, para unir pronomes átonos a verbos.
Desde 2019, com as regras do Novo Acordo Ortográfico, o uso do hífen sofreu alterações, especialmente em palavras compostas e na combinação de prefixos com palavras iniciadas por determinadas letras.
O hífen é fundamental para a correta formação e compreensão de termos compostos, pois a sua presença ou ausência pode modificar o significado da palavra, por exemplo, “re-entrar” versus “reentrar”. Além disso, ele é utilizado em números por extenso, em algumas locuções adverbiais, conjunções, preposições e em certas expressões de tempo.
Linguagem formal e informal
A distinção entre linguagem formal e informal é um aspecto fundamental da comunicação, refletindo o contexto, o propósito e a relação entre os interlocutores. Essa diferenciação influencia tanto a escolha do vocabulário quanto a estrutura das frases, podendo variar amplamente dependendo da situação.
Linguagem formal
É caracterizada por um estilo mais cuidadoso, estruturado e aderente às normas gramaticais. É frequentemente utilizada em contextos profissionais, acadêmicos, oficiais ou em qualquer situação que demande seriedade e precisão.
Esse tipo de linguagem evita abreviações, gírias, expressões coloquiais e opta por um vocabulário mais técnico ou específico quando necessário. A formalidade também se estende à estrutura das frases, que tendem a ser completas e bem elaboradas, refletindo clareza e objetividade.
A escolha por esse tipo de linguagem tem a intenção de expressar respeito pelo destinatário, transmitir credibilidade e autoridade ou por ser a convenção esperada em determinados documentos e situações, como trabalhos acadêmicos, comunicações empresariais, correspondências oficiais, discursos formais e em ambientes profissionais.
Linguagem informal
Já a linguagem informal é marcada pela espontaneidade e pela proximidade entre os interlocutores. É a linguagem do dia a dia, usada em conversas entre amigos, familiares e em situações que permitem uma expressão mais livre e descontraída.
A informalidade se manifesta por meio do uso de gírias, de expressões idiomáticas, de abreviações e, até mesmo, de erros gramaticais intencionais, que são aceitáveis dentro do contexto informal.
Além disso, esse tipo de linguagem permite maior flexibilidade na construção das frases, podendo incluir interjeições e uma estrutura sintática menos rígida. O objetivo aqui é a comunicação eficaz e confortável, valorizando a expressão pessoal e a construção de laços por intermédio do uso compartilhado de uma linguagem mais relaxada e acessível.
A habilidade de alternar entre linguagem formal e informal, de acordo com o contexto, é uma competência comunicativa importante. Saber quando usar cada tipo pode influenciar a maneira como a mensagem é interpretada. Em contextos profissionais ou formais, o uso da linguagem informal pode ser visto como falta de profissionalismo e de respeito.
Inversamente, o uso excessivo da formalidade em contextos informais pode criar uma impressão de distanciamento ou pretensão. Portanto, compreender a adequação da linguagem ao contexto, ao propósito da comunicação e a relação entre os interlocutores é essencial para uma comunicação efetiva e apropriada.
Tipologia textual
A tipologia textual é um conceito fundamental na linguística que se refere às diferentes formas que os textos podem assumir, baseando-se em suas características estruturais, de função e de contexto de uso. Entender as tipologias textuais é essencial para a análise, a produção e a interpretação de textos.
Como comentamos, existem diversos tipos de texto. Você vai encontrar o texto narrativo, o descritivo, o dissertativo, o instrucional e o expositivo.
O texto descritivo busca capturar e transmitir as características sensoriais de personagens, cenários ou objetos, podendo ser objetivo ou subjetivamente enfocado. O estilo dissertativo, prevalente em contextos acadêmicos e artigos de opinião, se concentra na argumentação e na exposição de ideias sobre um tema específico, sustentado por argumentos e evidências.
O texto instrucional orienta o leitor por meio de procedimentos ou ações, tipicamente utilizando verbos no imperativo, como em manuais ou receitas. Por fim, o texto expositivo se dedica à apresentação clara e objetiva de informações, sem buscar persuadir. É característico de materiais didáticos e notícias, facilitando a compreensão de temas diversos pelo leitor.
Abaixo, nós vamos destacar com mais ênfase o texto narrativo, confira!
Texto narrativo
O texto narrativo é uma das formas mais antigas e universais de expressão literária e de comunicação encontrada desde as antigas tradições orais até os modernos romances e filmes.
Essa modalidade textual tem como característica principal contar uma história, seja ela real ou fictícia, envolvendo personagens, um enredo, um cenário e um ponto de vista específico.
A narrativa é construída por intermédio de uma sequência de eventos organizados temporalmente, que se desenvolvem em torno de um conflito central, levando a um clímax e, eventualmente, a uma resolução.
Tipos de sujeito
Os tipos de sujeito na gramática da Língua Portuguesa são classificados de acordo com a presença ou a ausência e a clareza com que o sujeito é expresso em uma oração. Essa classificação ajuda a entender como as frases são construídas e como a informação é transmitida.
Vamos explorar os principais tipos de sujeitos em uma frase a seguir!
Sujeito determinado
O sujeito claro ou determinado é aquele que apresenta explicitamente o ser sobre o qual se declara algo. Ele pode ser classificado em simples, que possui apenas um núcleo, que é o elemento principal do sujeito, acompanhado ou não de adjetivos. Já o sujeito composto, que tem dois ou mais núcleos, expressa a ideia de pluralidade.
Sujeito indeterminado
O sujeito é considerado indeterminado quando a oração não deixa claro quem é o sujeito, isto é, quando não se pode identificar com precisão a quem ou ao que a ação verbal se refere. Isso pode ocorrer de duas formas principais, sendo:
- verbo na terceira pessoa do singular com o índice de indeterminação do sujeito (se);
- verbo na forma ativa sem um sujeito claro e sem o uso do “se”, geralmente com verbos que não admitem sujeito claro.
Sujeito Oculto
O sujeito oculto ou elíptico é aquele que não aparece explicitamente na frase, mas é facilmente identificável pelo contexto ou pela conjugação verbal. Ele geralmente é utilizado quando o sujeito já foi mencionado anteriormente ou quando o contexto da conversa deixa claro a quem ou ao que nos referimos.
Sujeito inexistente
Existem situações na Língua Portuguesa em que a oração não possui um sujeito, ou seja, não há quem ou o que realize a ação verbal. Isso ocorre principalmente com verbos que indicam fenômenos naturais, como o verbo haver no sentido de existir. E, por fim, o verbo fazer indicando tempo decorrido.
Dominar o português para concursos é um desafio que exige dedicação e estudo contínuo. Entretanto, com foco nos assuntos mais cobrados e uma preparação direcionada, os candidatos podem aumentar significativamente as suas chances de sucesso.
Para continuar se preparando para os certames de todo o país, conte com os conteúdos do nosso blog como o que fala sobre tipologia textual e é um dos conceitos que um concurseiro mais precisa saber!
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