Psicologia jurídica: o que faz, onde atua e salário

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A psicologia jurídica é um cruzamento entre a Psicologia e o Direito, já que estas duas áreas trabalham com a conduta humana em uma situação específica. Questões como saúde mental, estudo de personalidade e comportamento são alguns dos temas que juntam ambas as áreas. 

É importante que esse profissional tenha conhecimentos dos direitos civil, penal e trabalhista, além de também estar atento aos campos da psicologia do menor e da família, da delinquência, da policial e penitenciária. 

Para saber mais detalhes acerca dessa carreira, assim como as áreas de atuação e a remuneração, continue a leitura!

O que se faz na psicologia jurídica?

A psicologia jurídica atua com suspeitos de crimes e com as vítimas. De acordo com a Resolução CFP Nº 14/2000, as atribuições do profissional desta área são: 

  • contribuir como mediador em processos judiciais com conflitos de natureza familiar, social, trabalhista e de consumo; 
  • prestar assistência e orientação às vítimas;
  • trabalhar dentro de penitenciárias dando amparo aos detentos;
  • participar de grupos de prevenção ao crime e reabilitação de pessoas em situação carcerária que estão próximas da saída;
  • orientar famílias e grupos em situações de vulnerabilidade socioeconômica;
  • contribuir durante o processo judicial para elucidação das motivações do crime, produção de provas e na parte do testemunho. 

Essa é uma profissão que possui uma grande demanda no mercado para os seus serviços, por conta do entendimento de que os crimes também podem ser frutos de fatores psicossociais e sócio ambientais. 

Dessa forma, há muitas áreas de atuação, já que não necessariamente é preciso trabalhar diretamente com processos judiciais e produção de provas. 

Onde a psicologia jurídica atua? 

O psicólogo jurídico pode trabalhar tanto nos tribunais quanto nas varas da justiça, sendo elas: 

  • Vara da Infância e Juventude;
  • Vara do Trabalho;
  • Vara da Fazenda Pública;
  • Vara Cível;
  • Vara da família;
  • Vara criminal.

Também é possível atuar em casas de detenção para menores de idade, presídios, câmaras de conciliação e defensoria pública. Qualquer ambiente jurídico é passível de ter um psicólogo jurídico para colaborar no decorrer das ações. 

Qual o salário da psicologia jurídica?

Segundo o Glassdoor, o salário de um psicólogo jurídico é, em média, R$ 7.750. Essa variação se dá pela formação, pela pós-graduação, pelo estado em que o profissional exerce sua profissão e pelo ramo que ele optou. 

Quais são as áreas da psicologia jurídica?

Apesar da psicologia jurídica já ser uma categoria da psicologia no geral, ela pode ser dividida em mais 4 ramos. Veja quais são!

Psicologia civil

As atribuições deste profissional estão relacionadas a disputas e processos legais, como divórcio, guarda, interdição, etc.

Psicologia criminal

Aqui, o psicólogo atua no meio do Direito Penal com a atenção para comportamentos perigosos. Ele costuma ser mais comum em casos envolvendo abusos de crianças e adolescentes.

Psicologia no sistema prisional

Nesse caso, o foco é trabalhar a saúde mental da população carcerária e preparar os presos para a reintegração na sociedade após o cumprimento da pena.

Avaliação psicológica forense

A principal responsabilidade do psicólogo é dar suporte para as partes operadoras da lei na produção de evidências, testemunhos e perfis comportamentais. 

Todos os ramos da psicologia jurídica exigem muita dedicação e, principalmente, cuidado por lidar com pessoas vulneráveis e em situações de fragilidade. 

Qual é o perfil de um psicólogo jurídico?

Dentro dessa perspectiva, é importante saber que um psicólogo jurídico precisa ser atento, cuidadoso e empático. É a partir desse conjunto de habilidades que ele conseguirá lidar com todas as demandas que podem surgir no trabalho. 

Cada ramo possui suas peculiaridades, portanto, trabalhar com prevenção com adolescentes, por exemplo, exige algumas habilidades mais afloradas do que quando se trabalha com saúde mental de pessoas encarceradas. 

É importante se manter atualizado e estar atrás de novos cursos, pós-graduações e especializações para ser um profissional que auxilie o próximo. 

Como se tornar um psicólogo jurídico?

O primeiro passo para se tornar um psicólogo jurídico é fazer a graduação em Psicologia. Uma vez com o diploma de Bacharel em Psicologia, é essencial tirar seu registro no Conselho Regional de Psicologia (CRP) para poder exercer a profissão. 

Em seguida, é muito recomendável que você procure por uma especialização em psicologia jurídica para começar a ter contato mais profundo com as temáticas da carreira e ir entendendo como lidar com as situações e o que elas envolvem. 

É possível também solicitar no CRP, o título profissional de especialista em psicologia, prestando o próprio concurso do Conselho e tendo experiência de, no mínimo, dois anos na área. 

Montar um networking consolidado e continuar procurando por cursos relacionados ao tema, também são muito importantes para se manter dentro do mercado e sempre atualizado. 

Como você pôde ver, a psicologia jurídica é uma das carreiras que envolve o atendimento a pessoas que estão em alguma situação de fragilidade social. Para saber mais sobre profissões desse meio, continue acompanhando nosso blog!

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