“Proporcionar felicidade e fazer o bem; eis a nossa lei, a nossa âncora de salvação, o nosso farol, a nossa razão de ser.” – Henri Frédéric Amiel, filósofo suíço
O grande comunicador Silvio Santos é autor de um dos pensamentos mais compartilhados nas redes sociais. A lição que o pequeno texto transmite é belíssima, e seria muito bom que todos a incorporássemos a nossa filosofia de vida. Peço licença para fazer dele a introdução de nossa conversa de hoje. Diz o apresentador: “Quem tem razão – forte ou fraco – vence sempre. O bem sempre vence o mal, o mal vence por alguns minutos, por pouco tempo. Não teríamos nenhuma razão para viver, mesmo que tudo acabe em pó, se o mal vencesse o bem”. Não preciso nem dizer que concordo plenamente com essa entre outras tantas lições do Silvio, não é? Esse homem simples e que hoje é tido como um dos mais carismáticos comunicadores da história da tevê brasileira me é tão inspirador que já foi tema de um dos meus artigos. Leia aqui (link).
Dito de outra forma, na mensagem sobre o bem acima do mal, Silvio Santos ensina que, quando uma pessoa vive apenas plantando o mal e conspirando contra pessoas de bom coração, dedicadas e trabalhadoras, em algum momento colherá rancor, frustração, dor, desgraça; enfim, experimentará uma verdadeira morte em vida. O mal até tem o poder de tirar as pessoas do rumo, do caminho certo em direção à realização dos sonhos, do sossego. Consegue, sim, em algum grau, entristecê-las, acuá-las e deixá-las desconfiadas. Mas nunca vence quem tem força, fé, paciência e firmes convicções; quem trabalha duro, com inteligência e persistência; quem é imparável e constante. Ah, não vence mesmo!
Pode até não parecer, dadas as péssimas notícias que lemos nos jornais e assistimos na tevê todos os dias, mas o fato é que tudo tem evoluído nos últimos anos, séculos e milênios. Por mais que tenhamos a impressão de viver no caos, na verdade o mundo tem melhorado e inúmeras pessoas têm contribuído e cooperado para que o bem prospere e vença o mal. Basta lembrar que não faz muito tempo, cerca de cem anos atrás – em alguns lugares, até menos –, não havia o menor respeito pela vida humana nem mesmo nas sociedades mais prósperas e consideradas desenvolvidas. A selvageria prevalecia.
Sei que tragédias ainda acontecem todos os dias e que nosso país, em particular, sofre bastante com elas. Claro que fico triste com tudo isso. No entanto, você e eu temos de reconhecer que sobrevivemos a tempos muito mais sombrios na terra. A evolução talvez tenha ocorrido a passos mais lentos do que gostaríamos, mas precisamos reconhecer que já vemos, sim, a tal luz no fim do túnel.
Nem por isso devemos nos dar por satisfeitos. É preciso continuar a fazer o bem para nós mesmos. Isso significa estudar, trabalhar, sonhar e todas as demais ações e atitudes que costumam ser tema de nossas conversas neste espaço. E é preciso continuar a fazer o bem para nossa família, para nossa comunidade, para nossa cidade, para nosso estado, para nosso país. Em resumo, para todos que cruzarem o nosso caminho. É preciso fazer o bem sobretudo se estivermos investidos em cargo público, cujo fim mediato é exatamente o bem comum.
Cada um de nós tem a própria consciência, que orienta nossa escolha entre o bem e o mal, o certo e o errado, o justo e o injusto, o que é moral e o que é imoral. Você também tem a sua, e é muito importante que, ao optar pelo bem, pelo certo, pelo justo, pelo que é moral, sua decisão seja sentida, percebida e assimilada apenas internamente. Nunca a anuncie ou propague aos quatro ventos, sob pena de tirar dela a autenticidade. Ceder à vaidade de mostrá-la ao mundo significa que você está apenas disfarçando o mal, travestindo-o de bem. Mas todos sabemos que a verdade sempre se revela, não é? Pode até demorar, mas a máscara do hipócrita sempre cai.
Amigo leitor, pode confiar: as toxinas que o agente do mal produz são parcialmente deglutidas por ele mesmo. Não há como escapar. Mesmo que leve algum tempo, o veneno volta e se derrama sobre a cabeça do malfeitor. É a lei do Universo. Acredito tanto nessa verdade que me preocupo até demais em vigiar meus atos e pensamentos para não levar o Universo a conspirar contra mim, devolvendo em dobro os males que eventualmente eu produza ou os efeitos das decisões ruins que eu posso tomar sem perceber. Luto, sim, em batalhas diárias, para que tudo conspire a meu favor, ajudando-me a concretizar os meus projetos e sonhos.
E luto assim porque sei que a grandeza da vida não é estar bem quando tudo corre às mil maravilhas. Nada disso. A magnitude da vida está em sermos golpeados a ferro e fogo e nos curarmos das feridas; reside na superação de sentimentos como tristeza, decepção e irritação; é percebida quando conhecemos “as profundezas dos infernos” e somos capazes de escapar dali com nossas próprias pernas.
Nada como sair para dar uma volta, desautomatizar o olhar e enxergar tudo de bom que está ao nosso redor. Você já se deu conta do quão grandioso é o topo de uma montanha? Já notou a beleza das cores com as quais a natureza colore uma flor ou um animal? Já percebeu o impactante contraste que há entre o azul do céu e o branco das nuvens? Não? Então olhe à sua volta e prove a incrível sensação que é observar o Universo em toda a sua plenitude. Da mesma forma, pratique uma boa ação e sinta o calor que inunda o coração na sequência. Reconheça o mal por baixo da máscara do bem, enfrente-o e derrote-o por meios lícitos e honestos, e reconheça como essa vitória é gratificante.
“Não adianta ansiar por um mundo sem maldade, porque o mal existe, e pronto. Precisamos aprender a conviver com ele e a vencê-lo sempre que bater à nossa porta.”
Não adianta ansiar por um mundo sem maldade, porque o mal existe, e pronto. Precisamos aprender a conviver com ele e a vencê-lo sempre que bater à nossa porta. Amaldiçoar a tudo e a todos é infrutífero. Outra verdade, caro leitor, é que na vida não adianta ter pressa, pois tudo tem o seu tempo. Devemos estar atentos aos sinais que o mundo dá e notar que as pequenas graças começam a acontecer bem antes de realizarmos nossos mais íntimos desejos.
Se você está passando por um momento de provação ou sente que o mal está levando vantagem na sua vida, no seio da sua família, na sua comunidade, lembre-se da lição de Fernando Sabino: “No fim tudo dá certo, e, se não deu certo, é porque ainda não chegou ao fim”. Persista, que ficará tudo bem.
Batalhe para ser e agir grande, para fazer o bem e para o bem, sem se importar com reconhecimento ou recompensa imediata. Doe sem querer nada em troca. A vida é feita de círculos e ciclos. Por isso, cuidado com o que você deseja para o outro. Como ensina a sabedoria popular, “o feitiço pode virar contra o feiticeiro”. É uma verdade: o bem só se paga com o bem.
Então sejamos do bem e para o bem!
Se plantarmos o bem, em algum momento ele crescerá mais do que o mal. Clichê? Possivelmente, mas ser clichê não significa estar errado, e não vejo outra forma mais prudente de encarar a vida. Concorda?
Se sim, comente abaixo: “Tudo coopera para o bem!”.
“E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo certo colheremos, se não desanimarmos.” – Gálatas 6:9
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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.