Se há algo que eu admiro em qualquer pessoa – seja ela um amigo, um colaborador, um professor, um político, um empreendedor, um religioso, um atleta, etc. –, é a humildade, virtude que, felizmente, por formação, educação e até obrigação, também faz parte da minha personalidade.
Quem é humilde costuma reunir outras virtudes, como sabedoria, nobreza, tolerância, gentileza e gratidão. Não se acha nem melhor nem pior do que ninguém; simplesmente age de forma cordial e respeitosa com todos: do mais simples operário às mais altas autoridades dos poderes de um país.
Muitos não sabem, mas a palavra humildade vem do latim humilitas, que, por sua vez, deriva de húmus, cujo significado é terra fértil, solo fértil. Curioso pensar que agir de forma humilde muitas vezes tem a ver com a criação de soluções simples – muitas vezes até óbvias – mas ao mesmo tempo perfeitas para resolver um dado problema. Em minha história pessoal, já deparei com gente que não entendia isso, a ponto de confundir minhas atitudes com fraqueza, covardia, ignorância ou sei lá o quê. Por sorte, essas pessoas a cruzar o meu caminho foram poucas; apenas algumas mais exibicionistas, arrogantes, soberbas, prepotentes e tolas. Felizmente, também, eu estava plenamente convencido de que, com as condições e as informações de que eu dispunha, a minha decisão era a melhor possível. E eu estava certo.
“Não há nada de errado em adquirir bens, mesmo os de luxo, desde que eles sejam fruto de trabalho honesto e digno e que se procure de alguma forma retribuir à sociedade o sucesso obtido.”
Há quem pense que ser humilde significa usar roupas velhas, não possuir bens nem ter autoconfiança. Mas não é nada disso, concurseiro! Não há nada de errado em adquirir bens, mesmo os de luxo, desde que eles sejam fruto de trabalho honesto e digno e que se procure de alguma forma retribuir à sociedade o sucesso obtido. E um detalhe sobre a autoconfiança: ela energiza, mobiliza e inspira; portanto, faz toda a diferença. Se estiver lado a lado com a humildade, pode levar à realização dos mais íntimos sonhos. Só precisamos ter cuidado para não pecarmos pelo excesso, deixando que a confiança em nós mesmos nos cegue.
“Um concurseiro humilde vive em paz, mesmo estando ciente de que está longe de saber tudo. Ele não vê problema algum em admitir que há gente que sabe muito mais do que ele, e não vê problema nisso porque também tem certeza do quanto pode aprender se trabalhar junto com quem está um passo adiante.”
Como diz Abilio Diniz, um dos empreendedores mais bem-sucedidos do Brasil, “humildade é saber ouvir, ter vontade de aprender, de sempre querer saber mais, pois você nunca sabe tudo”. Tal virtude, portanto, tem um valor especial no caso dos concurseiros. Um concurseiro humilde vive em paz, mesmo estando ciente de que está longe de saber tudo. Ele não vê problema algum em admitir que há gente que sabe muito mais do que ele, e não vê problema nisso porque também tem certeza do quanto pode aprender se trabalhar junto com quem está um passo adiante. Além disso, quem já está nessa estrada há mais tempo tem plena consciência de que, mesmo com orientação adequada e com o apoio dos melhores professores, ninguém saberá de tudo nunca. Isto é ter o espírito humilde: é reconhecer fraquezas, limitações; é admitir erros e pedir perdão, se for necessário.
“O senso de igualdade e de isonomia, independentemente da aparência, da formação, da raça, do sexo, das crenças, do grau de QI ou de QE, une as pessoas e quebra barreiras.”
Quando nos voltamos para o universo empreendedor e falamos de trabalho em equipe, de implementação de projetos, de busca por resultados, de aumento de produtividade, de como despertar mais motivação nos membros de equipes ou grupos, entendo que a melhor – talvez única – maneira de conquistar credibilidade e empatia é demonstrando para as pessoas envolvidas que se está no mesmo nível que elas. O senso de igualdade e de isonomia, independentemente da aparência, da formação, da raça, do sexo, das crenças, do grau de QI ou de QE, une as pessoas e quebra barreiras. É a humildade entrando em ação em mais uma esfera no campo profissional.
O que sei, amigo leitor, é que ser humilde pode até não tornar você nem melhor nem pior do que ninguém; mas que pode torná-lo diferente de muitos, ah, isso, pode! Sem contar que é muito bom quando, em um dia de estresse, de angústia mesmo – sabe aqueles dias quando parece que tudo dá errado? –, deparamos com alguém de elevado grau de humildade. Pessoas assim sabem ouvir e têm sabedoria para nos dizer as palavras certas, como se estivessem iluminadas por um espírito divino. Elas nos confortam – com cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade – e de alguma forma nos ajudam a superar as tristezas, os problemas, devolvendo-nos o sorriso e a confiança.
Para reforçar como é importante assimilar bem – e logo! – o conceito de humildade, gostaria de apresentar um belo trecho da obra “Alexandre, o Grande”, que relata os três últimos pedidos do rei da Macedônia (354-323 a.C), um dos mais poderosos impérios da Antiguidade:
À beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus três últimos desejos:
Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
Que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas…);
Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais eram as suas razões. Alexandre explicou:
Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a morte;
Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.
É isso, amigo. Continuemos juntos – e com humildade – rumo à conquista da carreira pública.
“O topo da inteligência é alcançar a humildade.” Textos judaicos
Bons estudos e GRAN sucesso,
Gabriel Granjeiro
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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.
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