Medo versus fé

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02 de outubro4 min. de leitura

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.” Elbert Hubbard, filósofo e escritor norte-americano

Nosso último artigo foi sobre a fé, atributo que nos dá coragem e força para vencer os nossos medos e realizar os nossos mais ousados sonhos, como o de conquistar uma vaga no serviço público. É a fé, testada a todo instante, que nos mantém vivos, fortes, determinados, perseverantes e focados em nossas metas e objetivos. Sem a crença em nós mesmos ou em algo maior – a fé no sentido mais amplo da palavra, como explicamos em nossa conversa anterior (confira AQUI) –, é impossível obter êxito, seja no que for.

No texto de hoje, conversaremos sobre o sentimento oposto ao da fé: o medo. Falaremos um pouco sobre os receios que todos nós sentimos de vez em quando, como o de morrer ou, simplesmente, de ficar doente, e de outros de ordem mais, digamos, “mundana”, como o de receber críticas ou o de perder o emprego e passar necessidade. E quem nunca ficou com a garganta seca e o coração apertado só em pensar na perda de um amor ou no fracasso em um projeto importante? Como você vê, alguns desses medos são bastante razoáveis, mas outros podem não passar de fantasmas criados pela nossa imaginação, pelo nosso subconsciente.

Experimente pesquisar em um dicionário o significado da palavra “medo”. Segundo o Dicionário Aurélio de Português Online, por exemplo, medo é o “estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, reais, hipotéticas ou imaginárias”. Outras acepções possíveis são: “ausência de coragem” e “preocupação com determinado fato ou com determinada possibilidade”. Para o Dicionário Aulete Digital, o sentimento pode ser definido também como “ansiedade diante de uma sensação desagradável, da possibilidade de fracasso”. Note que todas essas definições trazem em comum o conceito de possibilidade: possibilidade de falhar, possibilidade de algo dar errado. Ou seja, a base do medo costuma ser algo hipotético; algo que pode ou não acontecer; algo, portanto, que (ainda) não é real.

“…enquanto você hesita e está indeciso, cedendo aos seus medos, um concorrente mais corajoso – ou menos medroso, como queira – toma o seu lugar na fila e conquista a vaga que poderia ter sido sua.”

Pensando bem, o que dá origem ao medo é a indecisão. A hesitação, por exemplo, em largar a carreira para empreender – pela possibilidade de o negócio dar errado – ou, no caso de muitos dos meus leitores, em começar a estudar para concurso público – pela possibilidade de nunca ser aprovado – é o combustível que se combina à dúvida para formar… o medo. O pior nesse contexto, amigo concurseiro, é que, enquanto você hesita e está indeciso, cedendo aos seus medos, um concorrente mais corajoso – ou menos medroso, como queira – toma o seu lugar na fila e conquista a vaga que poderia ter sido sua. Afinal, a realidade é cruel e não dá crédito aos indecisos, confusos ou medrosos.

É claro que, em algum momento da vida, todo ser humano será acometido por algum medo, ou mesmo pela combinação de vários deles. Além disso, sabemos muito bem que o temor é uma condição importantíssima para a sobrevivência humana. A ausência dele resultaria em morte certa em inúmeras situações. No entanto, temos de estar atentos para perceber quando o medo deixa de funcionar como uma ferramenta que a mente põe em ação para assegurar o nosso bem-estar e quando ele passa a servir de âncora que nos impede de crescer e de avançar rumo à realização dos nossos sonhos.

Se constatarmos que nossos temores estão nos paralisando gratuita e desnecessariamente, precisamos estar aptos a acionar outra ferramenta poderosíssima da mente humana: o autocontrole. Será chegada a hora de afastar pensamentos negativos e de resgatar a fé e a coragem para seguir em frente. Não se esqueça, leitor amigo: você pode controlar os seus pensamentos; você pode dominar os seus temores mais profundos.

“Quando alguém está dominado pelo medo, corre o risco de se afogar em dúvidas e de sucumbir à indiferença, à ansiedade e à indecisão.”

Percebe como o medo em excesso nos priva até mesmo de sonhar? Quando alguém está dominado pelo medo, corre o risco de se afogar em dúvidas e de sucumbir à indiferença, à ansiedade e à indecisão. Precaução demais leva ao pessimismo e à falta de autoconfiança, e nada de bom pode sair disso, concorda? Se a situação chegar a esse extremo, só uma boa dose de entusiasmo para nos catapultar desse ciclo autodestrutivo; só o bom senso para nos reerguer e nos ajudar a recuperar a capacidade de raciocínio, a ambição, a imaginação, a ousadia, a iniciativa na busca por fartura, conforto, prosperidade; felicidade plena, enfim.

Mas você deve estar se perguntando: Como evitar o medo paralisante? A resposta é uma só: preparando-se para as situações que o desencadeiam. Um bom método é simular essas situações e, então, treinar todas as formas de enfrentá-las. O segredo, concurseiro, é conhecer bem o inimigo; é acumular informações e conhecimento sobre ele. Faça isso e você experimentará a sensação de dever cumprido. Dê o seu melhor, nas condições que você tiver no momento, e fique em paz consigo mesmo (leia AQUI um artigo sobre esse assunto). O medo é reduzido com a sensação de que se fez todo o possível.

Trocando em miúdos: se você, candidato a concurso público, ainda não domina a técnica de fazer provas, ainda não conhece a banca examinadora do seu concurso, ainda está por fora dos critérios de correção e de desempate constantes do edital, ainda não se preparou para o tempo de duração da prova estudando durante período equivalente ou ainda não domina os pontos mais importantes e mais cobrados pela banca, infelizmente está caminhando para, no dia da prova, ser tomado – e paralisado – pelo medo e reprovar. Portanto, comece imediatamente a mudar essa realidade.

“Não tenha medo de errar; tenha medo de não tentar.”

Enfim, amigo leitor, em alguma medida, é inevitável e até salutar ter medo. O que você não pode permitir é que ele domine todo o seu ser e destrua os seus sonhos. Não tenha medo de errar; tenha medo de não tentar. Só quando dominamos os nossos medos e as nossas inseguranças e turbinamos a nossa coragem e a nossa fé, reunimos os requisitos para vencer os obstáculos, derrubar os muros, construir as pontes e, finalmente, obter a tão sonhada aprovação em concurso.

Vamos juntos, com o medo sob controle, em direção ao novo cargo público!

“O maior erro que você pode cometer é o de ficar – o tempo todo – com medo de cometer algum.” Elbert Hubbard

Gabriel Granjeiro

PS: Siga-me (moderadamente, é claro) em minha página no Facebook e em meu perfil no Instagram. Lá, postarei pequenos textos de conteúdo motivacional. Serão dicas bem objetivas, mas, ainda assim, capazes de ajudá-lo em sua jornada rumo ao serviço público.

Mais artigos para ajudar em sua preparação:


Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.

 

 

 


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